A importância da geração de resíduos de estabelecimentos de serviços de saúde (RSS)

CAPITULO I

1. INTRODUÇÃO

1.1. Apresentação do Tema

O estudo do tema visa mostrar os cuidados que as instituições geradoras de resíduos dos serviços da saúde (RSS) devem ter para com os lixos gerados.

Voltando a um passado não muito distante, mas precisamente no ano de 1979, o Ministério do Interior, baixou a portaria n. 063, onde foram impostas as instituições da área da saúde a obrigação da incineração dos resíduos gerados, porém, no ano de 1991, o Conama - Conselho Nacional do Meio Ambiente, órgão ligado ao governo federal, desobrigou a incineração dos mesmos, devido à falta de incineradores em operação no Brasil.

Durante décadas o problema foi agravando-se e a preocupação com o assunto foi sendo crescente, tendo maior ápice no ano de 1995, onde começou a ser discutido o assunto com mais intensidade. Nesta época foram criadas classificações para os resíduos produzidos na área de saúde, como forma de gerenciá-los adequadamente, já que no Brasil na mesma época tinha-se mais de 30 mil unidades de saúde, produzindo resíduos e fazendo a destinação em vazadouros a céu aberto.

A partir de então, começou-se a ser levantados alguns pontos importantes sobre os resíduos gerados pela área hospitalar, através de pesquisas realizadas por diversos profissionais da área. Começou-se a questionar até que ponto os resíduos hospitalares comparados aos resíduos domiciliares e industriais, são mais ou menos perigosos. Ficou então comprovado através dos estudos realizados que é menor a periculosidade de infecções nos resíduos hospitalares, devido à estrutura que se tinha criado na época para o trato dos resíduos da área da saúde, porém, durante o passar do tempo criou-se uma cultura que os resíduos hospitalares são mais perigosos que os domiciliares e industriais, principalmente após o surgimento da AIDS, que foi um marco da década de 90.

A importância de abordar e pesquisar o assunto na época, está no fato de que a partir daquele momento foi possível identificar que o governo fiscalizava as instituições de saúde com relação aos resíduos gerados, mas não tinha a mesma preocupação com os resíduos gerados pelas áreas industriais e com os resíduos domiciliares, que são causadores de sérios malefícios à saúde humana, já que são descatados resíduos dos mais diversos tipos em locais impróprios sem nenhuma medida de prevenção para diminuir seus riscos. Cita-se como exemplo, o grande número de fraldas descartáveis e papel higiênico que são descartados nos resíduos domiciliares, contendo sangue que poderia vir transmitir muitas doenças, sem falar ainda nos resíduos químicos que são encontrados nos lixos industriais, tais como, ácidos, solventes, formaldeído e outros materiais perigosos.

Na atualidade não se vê muito progresso com relação aos resíduos domiciliares, continua-se descartando resíduos de maneira inadequada que trazem os mesmos problemas a saúde humana como há dez anos. Para os resíduos industriais têm-se alguns progressos devido à nova mentalidade de administradores, aliado com a fiscalização mais atuante de nossos