A papisa Joana
Por: Ana Carla Barbieri • 18/9/2015 • Resenha • 2.482 Palavras (10 Páginas) • 336 Visualizações
Universidade Paulista - UNIP
Curso: Ciências Contábeis 3º Período
Resenha - Filme: A Papisa Joana
Sanke Wortmann é diretor, roteirista e ator alemão. Dirigiu em 2003 seu mais bem sucedido título: O milagre de Berna e de 2007 até sua estreia no cinema em 2009 trabalhou no projeto A Papisa Joana.
Johanna Von Ingelheim nasceu em meados de 830 D. C., em uma época em que prevalecia a lei do direito romano, onde o homem, pai ou irmão mais velho, chefe da família, detinha todos dos direitos sobre as mulheres, inclusive o direito à vida. As mulheres nesta época eram tolhidas dos direitos que julgamos básicos em nossa civilização atual inclusive os direitos intelectuais. Era considerado antinatural uma mulher ter desejo de se alfabetizar, a alfabetização era exclusividade única para os homens.
É neste contexto que nasceu Johanna Von Ingelheim, que entraria de uma forma obscura para a história da igreja católica como A Papisa Joana.
parto extremamente difícil que quase levou à óbito mãe e filha, assim nasceu Joana pra descontentamento de seu pai, que esperava um terceiro menino.
Joana era filha de um reverendo da igreja católica e de uma ex-pagã saxônica. Desde o princípio foi renegada pelo pai, tida como uma maldição por não ser menino, como seus dois irmão Mathews, o primogênito e João, o filho do meio.
Em uma época em que as mulheres eram proibidas de estudar, Joana aprendeu a ler e escrever em latim com a ajuda de seu irmão Mathews que repassava à ela as lições que aprendia na escola.
De temperamento extremamente rude, em um tempo em que os homens detinham o direito da vida e da morte das esposas e filhas, o pai de Joana por diversas vezes maltrata a esposa diante dos filhos porque não aceitava o passado e os deuses ditos pagãos da esposa e acusava-a constantemente de bruxaria. Quando o irmão mais velho de Joana, Mathews, adoece e depois morre, o pai acusa a esposa pela morte do filho, pelo fato de, as escondidas ainda reverenciar seus deuses antigos.
A chegada de um professor vindo da Grécia chamado Asclepios faz com que o pai de Joana precise tomar uma decisão que lhe é extremamente difícil, permitir que Joana frequente a escola em troca de seu filho João também estudar.
João é mais velho que Joana, mas é menos inteligente e o professor de pronto se dá conta do potencial de Joana e só à ela lhe interessa lecionar.
Depois de alguns meses de estudo, principalmente sobre filosofia e dos grandes filósofos, Asclepios é transferido, deixando Joana com medo de não mais estudar.
Antes de ir embora, Asclepios presenteia Joana com o livro A Odisseia de Omero, livro esse considerado pagão pelo pai de Joana que a obriga a apagá-lo, diante da recusa da mesma, ela é espancada pelo pai, o que a leva a beira da morte.
Depois que Joana se recupera, Surge na vila um cavaleiro, a mando de Asclepios com a missão de levar Joana para estudar na Escola Religiosa da Catedral de Dorstadt, uma das melhores da época, o pai recusa, dizendo que isso era antinatural, que apenas seu filho João poderia estudar e mesmo contra a vontade do menino, o envia junto com o cavaleiro rumo a escola.
Na mesma noite, Joana decide fugir de casa e se encontrar com o irmão para barganhar a inda de ambos para a escola, porém no meio do caminho, Joana encontra o cavaleiro morto por saqueadores e o irmão escondido e apavorado, ela então decide ir ao encontro dos superiores do cavaleiro e mentir que seu irmão também havia sido aceito na escola. O plano dá certo e são ambos levados ao encontro do Bispo da região.
Joana e João se espantam quando adentram a morado do bispo. O que acontecia lá não condizia com o que lhes foi ensinado pelo pai. Havia todo tipo de excesso, mas o fato que mais espantou Joana foi que o bispo não possuía uma esposa, como seu pai, mas várias amantes.
Joana fica hospedada na vila do conde Gerold, um jovem senhor na beira de seus 37 anos de idade, casado e pai de duas filhas. A esposa de Gerold, Richield não simpatiza com a menina desde o principio.
Richield era uma mulher bonita, porem como era comum, não se casara por amor, havia se casado como costume da época em um casamento arranjado.
Joana não poderia ser considerada bonita, não tinha traços femininos, sendo até mesmo sido considerada de aparência masculinizada.
Gerold e Joana se apaixonam e Joana se declara à ele que sem coragem de tomar a atitude que realmente desejava, a de por um fim no seu casamento com Richield e assumir Joana como esposa, viaja por algum tempo.
Neste meio tempo, Richield, percebendo o perigo que corria, providencia um casamento para Joana com o filho do ferreiro.
Porém no dia do casamento, a vila é invadida pelo povo wiking, povo esse extremamente violento que dizima boa parte da população da vila inclusive Richield, as filhas e João, irmão de Joana que morreu defendendo-a.
Ao ver o irmão morto e a vila arrasada, Joana toma a única decisão que lhe cabe naquele momento, a de assumir a identidade do irmão e se por a caminho do mosteiro de Fulda, para onde seu irmão havia sido transferido.
Quando Gerold retorna à vila, a encontra destruída e sua família morta acredita que Joana tenha sido capturada pelos Wikings e levada como escrava.
Passados três anos, Joana estava totalmente adaptada ao dia a dia do mosteiro onde havia recebido o nome de irmão João Anglicus.
Com o conhecimento que herdara da mãe a respeito de ervas medicinais, Joana pode ajudar os monges e a população local trabalhando na enfermaria do mosteiro.
Joana se sentia segura em seu disfarce até que uma febre contagiosa atingiu a vila e acabou por alcançar o mosteiro onde muitos monges estavam padecendo da moléstia, Joana adquiriu a febre.
Como a febre deixava o doente desacordado, sendo entregue as cuidados dos outros monges, Joana temeu que seu segredo fosse descoberto, sem saber o que fazer, pensou em fugir e consegui ajuda de onde menos esperava, monge idoso, seu superior, vendo-a doente e preocupada lhe ensinou uma rota de fuga, por barco e lhe revelou que já sabia de seu segredo havia muito tempo.
Joana foge de barco e fica por muito tempo a deriva e desacordada, quando retorna a si, se dá conta de que foi resgatada por um aldeão, o qual Joana livrou da orfandade, salvando a vida de sua mãe anos antes, graças a suas ervas medicinais e seus cuidados.
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