A simbologia dos números
Por: pablo.preussler • 14/8/2021 • Artigo • 823 Palavras (4 Páginas) • 267 Visualizações
À G∴ D∴ G∴ A∴ D∴ U∴
Oriente de Charqueadas, 17 de maio de 2021 E∴V∴
A Simbologia dos Números
Chego à última instrução consciente de que a Maçonaria é, ao mesmo tempo, simples e complexa. Enxergamos a simplicidade na forma em que são transmitidos seus ensinamentos, ao passo que a absorção desses ensinamentos nos leva a inúmeras conclusões, encontrando-se nesse ponto o vértice da complexidade.
Essa instrução na minha opinião é a mais profunda e interessante de todas, pois os números, além de serem classificados como símbolos, sendo, ainda, ferramenta de trabalho de vários profissionais, são para a Maçonaria de suma importância e significado, pois nossa Sublime Ordem busca neles, por meio do estudo de várias ciências, o significado mais próximo possível do deslumbre místico que nos propusemos a desvendar. Em meio a essas ciências podemos mencionar a Cabala, a Numerologia e a Astrologia.
Todos os povos antigos atribuíam uma grande importância aos números, às suas propriedades e ao seu papel. Para Pitágoras, tudo é número. O número é a força que mantém a permanência eterna do cosmos. Os números são a regra, a ordem, a música, pois tudo no mundo é regrado, ordenado e harmônico. Alquimistas, cabalistas e esotéricos acreditam também no poder dos números e em sua influência oculta.
A quinta instrução nos transmite, como A.'.M.’., somente a simbologia dos quatro primeiros números: 1, 2, 3 e 4, indicando que os mesmos, além do valor intrínseco, representam verdades misteriosas e profundas, ligadas, intimamente a própria simbologia das alegorias e emblemas já estudados em outras ocasiões que, em nosso Templo vislumbramos.
Encontramos tanto na Tora, na Cabala, no Velho e no Novo Testamentos, inúmeros vestígios da correlação numerológica entre capítulos e versículos, e ao decorrer das narrações em suas alegorias e simbologias.
O número UM representa a origem e a criação, está presente em todos os sistemas religiosos orientais a partir de um ser primitivo. Embora esta abstração não tenha, positivamente, uma existência real, tem, contudo, um lado positivo, que o torna suscetível de uma existência definida: é que os antigos denominavam “Pothos”, isto é, o desejo ou ação de sair do absoluto, a fim de entrar no real, - considerado por nós, concreto, nos esportes e nas ciências ser o número “um” é o ápice, entre os animais existe apenas um líder em cada bando e o nome Divino pode ser expresso por apenas uma letra, “Yod”.
O número DOIS é um número terrível, fatídico, símbolo dos contrários, do desequilíbrio, da contradição (2+2 =2x2) e na dúvida expressada pelo iluminista francês Descartes, nem sempre 2+2 são 4. Esotericamente, a Díade é o símbolo da instabilidade e da mudança, com ele surge à diferenciação, os antagonismos e segundo Pitágoras, a Díade é a origem das desigualdades e como consequência, do mal. O número dois é par e como todos são considerados números terrestres, lunares e femininos e os números ímpares são considerados divinos, solares e masculinos. A Díade lembra uma das razões pela qual os A.'.M.'. são guiados em seus trabalhos afim de mantê-los na trilha da Luz da Verdade.
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