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ADO1 - EXERCICIO 04-05

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Por:   •  10/8/2014  •  2.358 Palavras (10 Páginas)  •  351 Visualizações

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AD 01 Exercício 04/05 (4,0 pontos) – (Semana 4 – prazo: 17/02/14 a 23/02/2014)

Orientação: O ambiente econômico e político influenciam fortemente as organizações. Por isso, os administradores precisam estar atentos aos fatores que podem alterar a rotina das organizações, sejam elas públicas ou privadas. Para responder à esta atividade, você precisará fazer uma pesquisa nos principais jornais e revistas especializadas do país.

Objetivo: Compreender a influencia do macroambiente para as organizações.

Questão: No ano de 2008 e 2009 houve uma severa crise econômica que abalou vários países. Pesquise qual a origem desta crise e identifique seus principais efeitos no macroambiente e os impactos que provocaram na empresa que você atua. Um outro exemplo a ser pesquisado é o caso da empresa “OGx”. Quais fatores do macroambiente que provocaram problemas econômicos na organização?

A causa da crise que vivemos foi o desequilíbrio na maior economia do mundo, os Estados Unidos. E os ataques de 11 de setembro têm a ver com isso. "Depois da ofensiva terrorista, o governo americano se envolveu em duas grandes guerras, no Iraque e Afeganistão, e começou a gastar mais do que deveria", diz Simão Davi Silber, professor do departamento de economia da Universidade de São Paulo (USP). Para piorar a situação, ao mesmo tempo em que o país investia dinheiro na guerra, a economia interna já não ia muito bem - uma das razões é que os Estados Unidos estavam importando mais do que exportando. Em vez de conter os gastos, os americanos receberam ajuda de países como China e Inglaterra. Com o dinheiro injetado pelo exterior, os bancos passaram a oferecer mais crédito, inclusive a clientes considerados de risco. Aproveitando-se da grande oferta a baixas taxas de juros, os consumidores compraram muito, principalmente imóveis, que começaram a valorizar. "A expansão do crédito financiou a bolha imobiliária, já que a grande procura elevou o preço dos imóveis", diz Silber. Porém, depois disso, chegou uma hora em que a taxa de juros começou a subir, diminuindo a procura pelos imóveis e derrubando os preços. Com isso, começou a inadimplência - afinal, as pessoas já não viam sentido em continuar pagando hipotecas exorbitantes quando as propriedades estavam valendo cada vez menos.

Nesse momento, faltou dinheiro aos bancos, que em um primeiro momento foram ajudados pelo governo americano. Só que, ao mesmo tempo, surgiram críticas a essa política de socorro aos banqueiros. Frente à pressão política, a Casa Branca decidiu que não ia mais interferir, deixando o banco Lehman Brothers quebrar. O fechamento do quarto maior banco de crédito dos Estados Unidos causou pânico e travou o crédito. Chegou a crise, que prejudica também o nosso país. "Sem crédito internacional, também diminui o crédito no Brasil, caem as exportações e o preço das nossas mercadorias aumenta o risco e a taxa de juros", explica Silber. O economista também afirma que as recessões são recorrentes, mas essa é maior do que de costume. "Uma crise dessa intensidade não é comum, a mais parecida com ela foi a de 1929", afirma Silber.

fonte: http://revistaescola.abril.com.br/geografia/fundamentos/causou-crise-economica-mundial-470382.shtml

Lições da Crise Econômica de 2008/2009 para a Hotelaria Nacional

Á medida que a situação econômica internacional se deteriora, devido à dificuldade dos políticos europeus e americanos em solucionar os problemas de endividamento de seus governos, é importante se preparar para um cenário futuro mais instável. Cada crise econômica tem suas particularidades, mas podemos usar a recessão mais recente (creditcrunch de 2008/2009) como referência do que pode acontecer com a hotelaria nacional caso o Brasil seja afetado pela desestabilização externa.

A fase mais aguda do creditcrunch se iniciou em outubro de 2008, com a quebra do banco Lehman Brothers. O Brasil sentiu o impacto da crise já no quarto trimestre daquele ano, mas retomou o crescimento rapidamente. Isso se observa no comportamento do PIB, que registrou retração no primeiro semestre de 2009 em relação ao mesmo período do ano anterior (-1,5%), mas encerrou o ano praticamente estável (-0,2%).

A hotelaria nacional (considerando amostra de aproximadamente 20.000 UHs) apresentou comportamento semelhante. A demanda caiu significativamente no primeiro semestrede 2009 (-8,0%), mas melhorou gradualmente, encerrando o ano com queda menos acentuada (-5,0%). Assim, mesmo com pequeno aumento real de diária média, houve queda real de RevPAR (-3,5%).

Apesar do resultado anual negativo em 2009, já no final do ano, economia e hotelaria estavam em um processo de recuperação que se estendeu para 2010, ano no qual o Brasil registrou forte crescimento de PIB (7,6%), mesmo com os países desenvolvidos crescendo pouco. A hotelaria sentiu o estímulo positivo e registrou elevação de demanda (9,5%) e RevPAR real (10,1%).

A rápida recuperação brasileira havia sido antecipada por alguns economistas, com base na solidez do sistema bancário nacional e na importância da demanda doméstica e de outros países emergentes para a atividade econômica nacional. Ainda assim, diversos mercados hoteleiros urbanos reduziram preços durante a crise, buscando estimular a demanda, sem obter sucesso. A recuperação subsequente foi relacionada à melhora da economia em geral e não à política de preços dos hotéis. Contudo, houve exceções. Alguns mercados elevaram diárias mesmo durante o período de crise, pois acreditaram na recuperação rápida, e conseguiram, assim, minimizar os efeitos da queda de demanda.

A crise passada ilustra duas lições interessantes. A primeira é que a demanda hoteleira em mercados urbanos (onde tipicamente predomina o segmento de negócios) reage pouco a variações de preço. Ou seja, no geral, quando é necessário viajar a negócio, a viagem acontece independentemente do preço; e quando se está inseguro sobre o futuro, não é uma diária de hotel mais baixa que faz a viagem de negócio acontecer. A segunda é que crises de demanda na hotelaria costumam ser de curta duração (especialmente quando o fato gerador da crise não se mantém por períodos prolongados). A retração de demanda hoteleira na crise passada foi decorrente de um período de cautela que gerou paralisia. Como a dinâmica de crescimento nacional não estava tão associada aos fatores da crise, a economia brasileira se acelerou rapidamente depois do período de pausa, e a demanda hoteleira acompanhou.

Cada crise tem suas particularidades e deve-se observar com cuidado o desenrolar dos fatos antes de definir a estratégia a ser adotada. Contudo, se acreditarmos que os motores do crescimento econômico nacional permanecerão ativos mesmo com a degradação da situação externa (como ocorreu na crise passada), é razoável esperar um período de choque, seguido de rápida recuperação. Nesse cenário, valerá a pena ter firmeza e não reduzir tarifas quando a demanda arrefecer. Essa atitude pode atenuar os efeitos de uma nova recessão, mas depende da ação conjunta de todo o mercado para funcionar.

fonte: http://www.revistahoteis.com.br/materias/15-Opiniao/5838-Licoes-da-Crise-Economica-de-2008-2009-para-a-Hotelaria-Nacional

Assis Ribeiro

Do Valor

As lições de OGX

Por Sérgio Tauhata

A venda recente de 40% de um de seus mais promissores campos de exploração de petróleo e gás, o Tubarão Martelo, para a companhia Petronas, da Malásia, somada à expectativa de uma eventual negociação com outras empresas não foram suficientes para afastar os temores sobre a capacidade da OGX de superar seus complexos problemas.

Há um ano, talvez poucos pudessem imaginar - ou prever - a que ponto chegaria o pessimismo em relação à companhia. Muito menos que o papel acumularia perdas de 85,26% nos 12 meses encerrados em 30 de abril. A trajetória errática da empresa tem trazido tombos do tamanho das decepções em relação às expectativas iniciais, mas também deixa um legado de lições importantes.

"Do ponto de vista dos investidores, o aprendizado mais relevante é reconhecer que o otimismo nunca deveria ter obscurecido os riscos", diz o analista Marcus Sequeira, do Deutsche Bank. E, no caso de OGX, muitos riscos podiam ter sido considerados. Além de ter sido pré-operacional até metade de 2012, ou seja, sem histórico produtivo, o setor de petróleo e gás é um dos mais desafiadores: exige capital intensivo e as chances de fracasso nas explorações não são desprezíveis. A Petrobras, por exemplo, registrou no ano passado despesa de R$ 7,8 bilhões por conta de poços secos.

Na opinião de Sequeira, uma lição para a própria petrolífera é entender a importância da estratégia de comunicação e saber lidar com as más notícias. "Uma coisa que a OGX não aprendeu foi como dar notícias negativas. Foi sempre mais fácil para a empresa falar bem de suas operações e descobertas. Isso ajuda a criar incerteza e desconfiança", afirma.

Para compreender os percalços e assimilar o aprendizado da ascensão e queda de OGX é preciso voltar aos idos de 2008. Em 13 de junho daquele ano, a companhia de petróleo e gás de Eike Batista estreou na bolsa à frente de gigantes como Eletrobras, Cemig e Aracruz em valor de mercado.

Mesmo com o preço da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) estabelecido no topo, a ordinária (ON, com direito a voto) da empresa registrou valorização de 8,31% no primeiro dia de negócios. No melhor momento da sessão, chegou a subir 18%. Um fenômeno.

Foi uma espécie de "tempestade perfeita" - termos que descrevem evento climático que surge devido a uma rara coincidência de fatores - de otimismo. Alguns dias antes o assunto era um só: o maior IPO da história do Brasil (depois superado pelo lançamento das "units" do Santander Brasil). O preço do petróleo, por sua vez, batia no teto histórico aos US$ 145 por barril WTI.

"Em 2008, havia todo um otimismo em relação ao tema petróleo, com a badalação do pré-sal e descobertas como a do campo de Tupi [da Petrobras]. A empresa e o mercado estavam muitíssimos propensos a acreditar nos números divulgados", afirma Luiz Caetano, da Planner Corretora.

Na visão da analista do BB Investimentos Carolina Flesch, esse cenário inebriante levou a um efeito manada de investidores que não queriam ficar de fora da "próxima Petrobras".

Após o desdobramento ocorrido em dezembro de 2009, na proporção de uma ação para 100, o papel se tornou acessível para as pessoas físicas. Na prática, a operação diminuiu o valor de negociação, na época, de R$ 1,5 mil para R$ 15. Dados da BM&FBovespa mostram a atração da ON aos pequenos investidores: do total de ações em circulação, em abril deste ano, havia entre os detentores 51,9 mil pessoas físicas e 2 mil pessoas jurídicas.

Depois de uma festa que durou quatro anos, a ressaca veio forte. E pegou de surpresa a maior parte dos aplicadores, que não vão esquecer tão cedo o fatídico 27 de junho de 2012. Na noite anterior, a empresa havia divulgado um dado que surpreendeu até mesmo os mais pessimistas do mercado. Um de seus poços em funcionamento na época, o Tubarão Azul, teve vazão definida em 5 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia, ou seja, 57% menos que o pico da fase de testes e três vezes menor que o volume mínimo da meta anunciada dez meses antes.

O resultado foi explosivo. Apenas nos dois pregões seguintes ao anúncio, OGX ON despencou, primeiro, 25% e, depois, 19%. Em meio a uma série de rebaixamentos posteriores de recomendações por parte de bancos e corretoras, o papel continuou em queda ao longo do ano. De 2012 para cá, OGX ON vivenciou emoções fortes. A cotação saiu de R$ 18,21, máxima de 2012, para R$ 1,25, mínima histórica até a última sexta-feira, registrada em 17 de abril de 2013.

Mas quais são, agora, as soluções para o estrago já feito? Segundo Rodrigo Alves, presidente do MZ Group, consultoria especializada em mercado de capitais, após uma quebra de expectativa não existe atalho. "A confiança só vai ser resgatada quando o mercado enxergar execução e entrega de resultados", afirma.

A primeira providência, na visão de alguns analistas, já foi tomada. "Já assistimos a uma mudança completa de discurso, agora mais contido", afirma Caetano, da Planner. Questionada sobre mudanças na estratégia de comunicação, a própria OGX admitiu em e-mail enviado ao Valor que "não tem passado "guidance" de longo prazo".

Nos últimos meses, questões financeiras e operacionais deram o tom do "inferno astral" da companhia. Houve falhas no sistema elétrico da plataforma OSX1 e nas bombas de extração de dois dos três poços de Tubarão Azul. Os eventos derrubaram a produção de 11,3 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia, em fevereiro, para 8,3 mil em março. Os dados de produção de abril trouxeram mais pessimismo. Houve queda de 78,31% na extração de óleo em Tubarão Azul, com média de 1,8 mil boe por dia.

Mesmo com certo alento da venda de 40% do campo de Tubarão Martelo para a petrolífera malaia por US$ 850 milhões, sendo US$ 250 milhões à vista, US$ 500 milhões após a extração do primeiro óleo e US$ 100 milhões pagos de acordo com a produção, o mercado ainda não comprou uma nova onda de otimismo. Em relatório de 8 de maio, os analistas Pedro Medeiros e Fernando Valle, da Citi Corretora, mantiveram o preço-alvo de R$ 0,90 para os papéis da OGX e reiteraram a recomendação de venda. De acordo com os especialistas, o valor da transação foi considerado baixo. "O acordo implica em "valuation" de US$ 1,8 bilhão a US$ 2 bilhões, abaixo de nossas estimativas e do consenso [de mercado] de US$ 2,5 bilhões."

Segundo informações da companhia, dois poços ainda não produziram no mês passado devido aos problemas ocorridos em março. E o terceiro ficou 14 dias inativo por conta de "paradas periódicas preventivas". No boletim, a OGX informa que o reparo do primeiro poço deve ser concluído em meados deste mês e a manutenção do segundo será feita "em seguida".

Analistas do Citi alertam para uma piora na avaliação dos riscos. Para eles, a expectativa era de a plataforma OSX1 gerar Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de R$ 120 milhões no segundo semestre. Mas a baixa produtividade lança dúvidas sobre a projeção em OSX2, com início de operação previsto para este trimestre, que enfrentará "os mesmos obstáculos geológicos".

A batalha maior, no entanto, será de remontagem da confiança. O consenso no mercado indica que a companhia terá um caminho árduo pela frente. Para os analistas, não há perspectiva de resultados convincentes no curto e médio prazos. "Os fundamentos da empresa não são bons. O balanço é fraco. A dívida líquida está alta e a projeção de caixa é ruim. A história da OGX está bem complicada", diz Sequeira, do Deutsche. O especialista destaca que a baixa produtividade compromete a geração de caixa

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