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ANTROPOLOGIA

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Por:   •  25/8/2014  •  Tese  •  2.717 Palavras (11 Páginas)  •  396 Visualizações

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O que é Antropologia?

Para entender a história... ISSN 2179-4111. Ano 3, Vol. dez., Série 01/12, 2012, p.01-09.

O estudo do homem implica em entender não só sua evolução e o processo de humanização, mas, principalmente, o desenvolvimento social, cultural e político; inserindo-se no âmbito das Ciências Humanas.

Dentro das humanidades, encontramos as chamadas Ciências Sociais, abordando uma imensa gama de subdivisões, entre as quais a sociologia e a história.

A partir destas duas surgiu a antropologia, uma irmã siamesa, à medida que é uma ciência auxiliar das ultimas, a despeito delas também comporem seu arcaboiço teórico instrumental.

No entanto, a antropologia no Brasil é conhecida apenas superficialmente.

Primeiro porque não existem cursos de graduação na área em nosso país, por aqui temos somente mestrados e doutorados neste segmento, em geral, desenvolvidos por bacharéis e licenciados em história ou sociologia.

A antropologia é, erroneamente, simplesmente considerada uma pequena parte da sociologia.

Depois, porque a antropologia é interdisciplinar, estando presente em todas as áreas do conhecimento humano e transitando por todas elas como ciência auxiliar, servindo-se das mesmas como instrumento de pesquisa, tal como: administração, estatística, psicologia, economia, pedagogia, biologia, direito e outros segmentos da saúde, exatas e humanidades.

Isto porque todas as ciências convergem para o entendimento do homem, servindo aos interesses humano, percorrendo

caminhos diferentes, mas paralelos, pelo quais a antropologia transita confortavelmente.

Definindo e conceituando a antropologia.

Por definição, a antropologia é um dos segmentos da matriz básica das Ciências Humanas, aquela com origem mais recente, embora não menos importante, pois é subsidio para outras Ciências Sociais, incluindo a suas irmãs siamesas: história e sociologia.

Etimologicamente, a palavra antropologia deriva do grego anthropos (homem), somado a logos (estudo, razão, lógica).

Neste sentido, a antropologia é o estudo do homem, com especial ênfase na vida em sociedade e nos aspectos culturais, interessando-se também pelo individuo e sua psicologia.

Enquanto ciência, surgiu no século XIX, mas só adquiriu status e reconhecimento ao longo do século XX.

Inicialmente estudava as populações mais arcaicas, sociedades simples ou ditas “primitivas”; deixando o estudo das populações contemporâneas, das chamadas sociedades complexas, para a sociologia.

Uma tendência abandonada em beneficio da ampliação do campo de estudo antropológico a partir da década de 1960, quando foram iniciadas pesquisas no âmbito urbano atual, onde se insere a antropologia jurídica, segmento do Direito.

A antropologia se distingue da sociologia por ser uma ciência que pretende estudar os aspectos sociais pelo prisma do observado, colocando-se no lugar do outro; enquanto a sociologia observa a sociedade visualizada por fora, pelo ponto de vista do observador.

Igualmente, enquanto a antropologia

organiza os dados em relação às condições inconscientes da vida social; a historia problematiza a vida social consciente.

Embora o entendimento de um aspecto dependa do outro, visto que as mentalidades e sua formação é, simultaneamente, objeto de estudo da antropologia, história e sociologia.

É interessante ressaltar que esta relação interdisciplinar, fez da antropologia uma ciência transdisciplinar, que transita por diversas áreas.

Entretanto, o que não impediu a segmentação da antropologia, representada, por exemplo, pela antropologia jurídica; a qual pretende entender o funcionamento da mente criminosa a partir de perspectiva, motivações, etapas, etc.

Filosofia da Cultura.

A vinculação da antropologia com a história e a sociologia é obvia, porém, mais nítida ainda é sua ligação com a filosofia.

Não por acaso a cultura é o centro da antropologia, tanto que antes foi chamada de filosofia da cultura.

A antropologia, como a filosofia, aspira conhecer o “homem total”; diferente da ultima, que pretende estabelecer a verdade; estuda as produções e representações humanas, analisando costumes, crenças, leis, instituições, técnicas, relações e estruturas sociais, objetos físicos com utilidade atribuída pela prática ou significado e até a linguagem.

Enfim, a antropologia observa tudo que diz respeito ao homem para melhor entende-lo, mas considera a construção deste conhecimento apenas uma possibilidade, trabalhando com verdades provisórias, ou seja, teorias, o que a filosofia não

faz.

Humanista na sua essência, a antropologia estuda a evolução humana, não só no seu aspecto fisiológico, mas também através de ideias, valores, símbolos, normas, costumes, crenças, invenções, ambientes, etc.

Configurando uma verdadeira filosofia da cultura, um pensar tudo que é humano, já que tudo implica em uma vertente cultural.

Configurando uma ciência auxiliar para outras áreas e constituindo base teórica importante para a sociologia e história.

Ao mesmo tempo carece de ciências auxiliares, além das já mencionadas, tal como politica, geografia, linguística, economia, etc.

Assim, é quase tão ampla como a filosofia, produzindo resultados diferentes, pensando o homem sob outra ótica.

Base Teórica e Prática.

Dado a amplitude de seu objeto de estudo, o homem em todos os seus aspectos ao longo da variação do tempo e espaço, a antropologia possui inúmeras subdivisões, dentre as quais cabe destacar 4 básicas:

1. Antropologia

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