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ANÁLISE ECONOMICA REGIONAL DO EUCALIPTO

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Por:   •  13/11/2014  •  1.637 Palavras (7 Páginas)  •  323 Visualizações

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ANÁLISE ECONOMICA REGIONAL DO EUCALIPTO

O plantio do eucalipto vem se expandindo cada vez mais em nosso país, devido à grande rentabilidade que é capaz de gerar. O presente trabalho tem por objetivo fazer uma breve análise crítica desta cultura, citando e explicando o conceito de compra e venda do produto. Explicitamos ainda alguns usos para a madeira do eucalipto, sua sustentabilidade, utilização da matéria, histórico de evolução, serviços e consumidores em questão. Buscamos deixar claro alguns impactos causados por esta monocultura, bem como deixamos também um espaço para a análise do ponto de vista das empresas que fazem uso do eucalipto, citando o exemplo da Aracruz.

INTRODUÇÃO

O gênero Eucalyptus compreende um grande número de espécies que possibilitam seu cultivo em diversos climas e tipos de solos, para os mais diversos fins. A cultura florestado eucalipto é considerada de rápido crescimento, tendo o Brasil os melhores índices mundiais de produtividade. Até 1986, o cultivo de eucalipto foi incentivado por meio de incentivos fiscais e, posteriormente, através do fomento e linhas de crédito, por ser fonte de matéria-prima para diversos produtos e geradora de grande número de postos de trabalho.

A importância econômica do eucalipto cultura para o Brasil destaca-se pela sua funcionalidade para a produção de celulose, papel, postes, energia, chapas, lâminas, compensados, aglomerados, carvão vegetal, madeira serrada, móveis; além de outros produtos como óleos essenciais e mel. A extração e produção destes produtos favorece a criação de Arranjos Produtivos Locais (APL), que são responsáveis pela geração de empregos diretos e indiretos, particularmente em regiões pobres. Assim, esta cultura promove o desenvolvimento regional com reflexos nas áreas econômicas e sociais, com acentuado aumento no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), gerando arrecadação de impostos pelos municípios, estados e federação. As florestas plantadas de eucalipto possuem importância para a sustentabilidade do meio ambiente e a conservação dos recursos naturais, auxiliando na recuperação de terras degradadas, reduzindo a pressão para o desmatamento de áreas nativas, a proteção de mananciais de abastecimento de 11% água e melhoria da cobertura vegetal em áreas urbanas.

CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO

Desse total, apenas uma pequena parcela das florestas, de 20 mil hectares, é dedicada a outras culturas, como pinos e seringueiras, e o restante é dominado pelos eucaliptos. Segundo a Associação, o Estado ocupa o 4º lugar no Brasil em plantio de eucaliptos e, segundo a Seprotur, a área deve aumentar para 1 milhão de hectares em 2020.

A produção é quase exclusivamente dedicada à fabricação de celulose, sendo uma parcela de menos de 200 mil hectares para matéria-prima de carvão, energia e outros materiais. E não é à toa, já que o aumento do plantio de eucaliptos foi graças à instalação de indústrias do setor de celulose no Estado, que continua crescendo e o Governo já anunciou a futura construção de mais duas fábricas. O município de Três Lagoas é considerado sede da produção com a localização da Fibria, que produz 1,3 milhões de tonelada por ano, e a instalação da Eldorado, que começa a operar em dezembro, com expectativa de 1,500 milhão de tonelada anualmente e meta de ampliação para 5 milhões de toneladas em 2020. Segundo levantamento do Radar Industrial da Fiems, o grupo “Papel e Celulose” gerou receita de cerca de US$ 304,89 milhões nas exportações entre janeiro e agosto deste ano, o que representa aumento de 2,5%. Com o aumento da demanda, produtores que já investem no cultivo comemoram a aposta e os lucros. “É hoje uma área muito promissora, que rende muito mais que a pecuária”, diz o produtor Chico Maia, antigo investidor da pecuária, mas que há 6 anos resolveu apostar no ramo até então pouco conhecido.

Nas contas do pesquisador da Embrapa, Armindo Kichel, 1 hectare de eucalipto “bem aproveitado” rende entre R$ 7 e 9 mil ao fim de 6 anos, enquanto a mesma área, se for utilizada para pecuária tradicional – 1 vaca por hectare – rende R$ 1.200 mil no mesmo período. Mas ele ainda diz que a lucratividade da pecuária em áreas degrada pode cair mais - R$ 50. “Hoje o pecuarista de algumas áreas tem baixa remuneração, mas ganha com a alta valorização da terra a cada ano”, explica. A maior diferença da lucratividade dos dois cultivos é que o eucalipto pede o investimento de cerca de R$ 5 mil já no início da plantação e exige o tempo de espera de no mínimo 6 anos para o primeiro retorno financeiro. A árvore precisa desse tempo para ser cortada e vendida para uso em fábrica de celulose, mas para outros segmentos o tempo pode aumentar em cerca de 3 anos. O produtor acredita que o investimento em florestas é uma tendência para melhorar o aproveitamento do solo do Estado. “O mosaico do Estado está ficando cada vez mais definido. A região leste, com terra arenosa, acha que vai ser dominada pelas florestas”, aposta. Silvipastoril - As áreas de cultivo das florestas também crescem aliadas à proposta do silvipastoril, que alia criação de floresta e gado no mesmo terreno. “Para o pecuarista é a melhor forma, porque não tem que vender, se desfazer do gado, pra plantar a floresta. Dá para conciliar as duas coisas perfeitamente”, diz Chico. Dos cerca de 900 hectares com eucalipto na propriedade dele, 350 são cultivados em conjunto com o gado. A diferença das duas áreas é que no terreno com silvipastoril as árvores precisam ser plantadas com espaço de 10 metros, enquanto que no cultivo normal o espaço cai para 3 metros. O pesquisador da Embrapa explica que a lucratividade no cultivo silvipastoril cai 30%, no geral, devido à diminuição da área dedicada ao plantio de árvores. No entanto, ele frisa que dependendo da técnica utilizada o rendimento final pode ser até maior que o de cultivo exclusivo de floresta.

Uma série de problemas são gerados devido à exploração de eucalipto em grandes áreas, dentre as quais se destacam as indicadas abaixo:

• Desertificação do clima e de solo: as grandes florestas como as de eucalipto necessitam de uma enorme quantidade de água, para se tiver uma ideia, segundo a matéria Deserta Verde, cada pé de eucalipto necessita, para crescer satisfatoriamente, levando-se em conta o rendimento econômico, de aproximadamente 30

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