APO - Administração Por Obvetivos
Pesquisas Acadêmicas: APO - Administração Por Obvetivos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: guilhermelain • 29/10/2013 • 1.499 Palavras (6 Páginas) • 297 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE
CAMPUS DE CASCAVEL
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO POR OBJETIVOS
GUILHERME PRADO LAIN
CASCAVEL
2013
CAPÍTULO 1 - DESENVOLVIMENTO
Para o entendimento de todo e qualquer fenômeno ou conceito é preciso, antes de tudo, compreender seu desenvolvimento e surgimento. Para tanto, desenvolve-se no item 2.1 sobre as origens da administração por objetivos (APO).
1.1 História
Ao se comentar sobre o surgimento da APO, geralmente se destaca, com reais méritos, a figura de Peter Drucker como idealizador do método. Não obstante, é profícuo, para o melhor entendimento de suas raízes destacar que os conceitos básicos do método já eram defendidos por Luther Gulick em 1930 e, portanto, duas décadas anteriores ao livro de Drucker que estigmatizou o seu surgimento (DRUCKER, 2012). Também, não só na teoria houve rudimentos da APO antes de Drucker, mas, com afirma Fava (2002), a empresa General Motors já utilizava os primeiros passos da APO durante a 2ª guerra mundial, embora ainda não se utilizasse um nome específico para suas políticas.
Todavia, sendo possível identificar estas raízes para a APO, é claro, como afirma Chiavenato (2001), que a estruturação do método só ocorre em 1954 com a publicação feita por Drucker. Foi, neste momento, que surgiram as ideias de descentralização e de administração por resultados, peça chaves do método APO e que se mostraram fundamentais para transpor os desafios da época.
Quanto ao ambiente do surgimento da APO, há uma dicotomia. Se o que caracterizava o contexto econômico que Drucker escreve as bases da APO era de pressão e confronto, o que caracteriza a conjuntura teórica é o ecletismo, aproveitando as contribuições das diversas correntes anteriores. Inserida neste contexto, a APO surge como a principal novidade do período, contribuição por demais relevante da teoria neoclássica (CHIAVENATO, 2004).
Tanto no contexto inicial como nas décadas que se seguiram, a APO apresentou grande contribuição para as organizações, mormente os empreendimentos privados. Seu auxílio como método administrativo possibilitou delegar não só tarefas, mas também o como fazer, sendo de competência do subordinado a escolha de que meios usar para alcançar os alvos traçados (DRUCKER, 2012).
Conforme o mesmo autor, a APO, desde seu início, foi de uso mais comum nas grandes organizações. Tal fenômeno é corolário do fato de que é no contexto das grandes organizações que os perigos de perda de foco e as tarefas e cargos dobrados são visíveis e, até mesmo, constantes. Talvez por causa do método se apresentar mais útil para os grandes empreendimentos é que, atualmente, seu uso seja mais frequente nas organizações públicas, mesmo que o seu surgimento e desenvolvimento se deu no contexto do setor privado.
Discorrido sobre a história a APO, mesmo que de forma pontual, torna-se mais fácil caracterizar os pontos fulcrais o método, o que é feito no item 2.2.
1.2 Características da APO
Entender a APO é necessariamente entender aquilo que ela se propõe alcançar. Seja qual for à organização ela necessita para alcançar um alvo proposto que haja concentração de esforços sobre metas e resultados, sendo justamente o suprimento desta necessidade a grande serventia da APO (DRUCKER, 2012).
Talvez tentar definir um método como a APO em poucas palavras seja por demais simplista e até mesmo presunçoso. No entanto, mesmo sendo uma simplificação do método, parece útil utilizar uma breve definição para ao menos um entendimento preliminar:
“A APO – ou administração por resultados – é um processo pelo qual os gerentes e subordinados identificam objetivos comuns, definem as áreas de responsabilidade de cada um em termos de resultados esperados e utilizam esses objetivos como guias para a operação dos negócios” (CHIAVENATO, 2006, p. 348).
A definição citada acima mostra claramente que a APO tem seu foco nos objetivos, deixando de lado a visão, até então dominante, que dedicava mais atenção para as atividades-meios. Se o foco estava no como executar, na APO o foco é o ‘por que executar’, ou mesmo, o ‘para que executar’ (FARIA, 2002).
Na APO o resultado final, a performance dos gerentes e dos subordinados sempre deverão ser objetivamente medidos e confrontados com os resultados esperados. A avaliação deve ser contínua e somente por meio do controle do alcance de antigos objetivos é possível traçar os próximos objetivos (CHIAVENATO, 2001).
Outra característica é o apoio intenso do staff durante os primeiros períodos. Na fase da implementação as dúvidas são recorrentes e caso não sejam logo dirimidas podem obstar ao desenvolvimento do método (FARIA, 2002). Deve-se lembrar de ainda que os objetivos são estabelecidos em conjunto, não podendo excluir o indivíduo do processo de definição dos mesmos. Também, não compete mais unicamente aos níveis superiores decidirem como será feito, antes à descentralização alcance um novo patamar, delegando a escolha dos meios para o alcance dos objetivos. (CHIAVENATO, 2001).
Todo esse controle e minucioso cuidado na hora de definir objetivos parecem um real exagero se visto no contexto das pequenas empresas, no entanto nas grandes organizações tais tarefas se mostram fulcrais para o acompanhamento dos esforços. Só por meio deles, os grandes empreendimentos podem almejar esquivar-se ao mau direcionamento de recursos (DRUCKER, 2012).
Discorrido sobre alguns dos pontos mais relevantes da Administração por objetivos, gabaritando a objetivar o plano de fundo da APO, é preciso aprofundar sobre o ponto fundamental: os objetivos e o processo de sua definição. Assunto ponderado no item 1.3.
1.3 Objetivos
Todas as instituições são criadas com algum propósito, entender tal finalidade é compreender o comportamento das mesmas. No entanto,
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