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APS SAUDE PUBLICA

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Por:   •  12/11/2014  •  4.195 Palavras (17 Páginas)  •  356 Visualizações

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1-INTRODUÇÃO

A dengue é um dos principais problemas de saúde pública não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 50 milhões e 100 milhões de pessoas são infectadas anualmente em mais de 100 países de todos os continentes, exceto a Europa.

No Brasil, as condições socioambientais favoráveis à expansão do mosquito Aedes aegypti possibilitaram a dispersão do vetor desde sua reintrodução no país, em 1976.

Desde então, o mosquito transmissor da dengue mostrou altíssima capacidade de adaptação ao ambiente criado pela urbanização acelerada e pelos novos hábitos da população.

Em 1996, o Ministério da Saúde propôs o Programa de Erradicação do Aedes aegypti (PEAa). Ao longo do processo de implantação desse programa, observou-se a inviabilidade técnica de erradicação do mosquito no curto e médio prazo.

O PEAa, mesmo não atingindo seus objetivos, teve méritos ao propor a necessidade de atuação multietorial e prever um modelo descentralizado de combate à doença, com a participação das três esferas de governo: Federal, Estadual e Municipal.

Os resultados obtidos no Brasil e o próprio panorama internacional, onde inexistem evidências da viabilidade de uma política de erradicação do vetor no curto prazo, levaram o Ministério da Saúde a fazer uma nova avaliação dos avanços e das limitações.

O objetivo era estabelecer um novo programa que incorporasse elementos como a mobilização social e a participação comunitária. Tais ações são indispensáveis para responder de forma adequada a um vetor altamente domiciliado.

Na década de 90, o surgimento e a rápida disseminação da dengue tipo 3 evidenciaram a facilidade para a circulação de novos tipos do vírus com as multidões que se deslocam diariamente. Esses eventos ressaltaram a possibilidade de ocorrência de novas epidemias de dengue. Nesse cenário epidemiológico, tornou-se necessário intensificar o conjunto de ações que vinham sendo realizadas e outras a ser elaboradas.

O Ministério da Saúde implantou ações permanentes de combate à doença, o desenvolvimento de campanhas de informação e mobilização social, o fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica para detectar antecipadamente surtos da doença e o desenvolvimento de instrumentos mais eficazes de acompanhamento e supervisão das ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde.

2 - DOENÇA E PREVENÇÃO

A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução benigna na maioria dos casos. Seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Quando infectada, a pessoa fica imunizada de forma definitiva contra o tipo de vírus que contraiu e temporariamente contra os outros três. Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. A primeira geralmente apresenta como sintomas febre, dor de cabeça, dor no corpo, nas articulações e por trás dos olhos, podendo afetar crianças e adultos, mas raramente mata. A dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença, pois, além dos sintomas citados, é possível ocorrer sangramento, ocasionalmente choque e óbito.

O grande problema para combater o mosquito Aedes aegypti é que sua reprodução ocorre em qualquer recipiente utilizado para armazenar água, tanto em áreas sombrias como ensolaradas. A prevenção e as medidas de combate exigem a participação e a mobilização de toda a comunidade, com a adoção de medidas simples, como evitar o acúmulo de água limpa nas casas, visando à interrupção do ciclo de transmissão e contaminação.

Caso contrário, as ações isoladas poderão ser insuficientes para acabar com os focos da doença. Na eventualidade de uma epidemia de dengue em uma comunidade ou em um município, há a necessidade de executar medidas de controle, como o uso de inseticidas aplicados por carro-fumacê ou nebulização, para diminuir o número de mosquitos adultos transmissores e interromper a disseminação da epidemia.

Imagem 1: Fatores para prevenção.

Fonte: Google Imagens/2011.

3 - FORMAS DE APRESENTAÇÃO CLÍNICA DA DOENÇA

Infecção Assintomática A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes. Dengue Clássica A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias e é sintomática.

Dengue Hemorrágica

A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pele e nos órgãos internos. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

3.1 - Síndrome de Choque da Dengue

Esta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência.

4 - TRANSMISSÃO

Ocorre pela picada da fêmea contaminada do mosquito Aedes aegypti ou o Aedes albopictus, isso porque o macho se alimenta apenas de seiva de plantas. No Brasil, ocorre com maior frequência do Aedes aegypti. Após um repasto de sangue infectado, o mosquito está apto a transmitir o vírus, depois de 8 a 12 dias de incubação . A transmissão mecânica também é possível, quando o repasto é interrompido e o mosquito, imediatamente, se alimenta num hospedeiro susceptível próximo. Um único mosquito desses em toda a sua vida (45 dias em média) pode contaminar até 300 pessoas. A transmissão só ocorre por meio da picada do mosquito.

5 - SINAIS E SINTOMAS

O período de incubação é de três a quinze dias após a picada. Espalha-se pelo sangue (viremia). Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre alta (normalmente entre 39° e 40 °C) de início repentino, mal-estar, anorexia (pouco apetite), cefaleias, dores musculares e nos olhos. No caso da hemorrágica, após a febre baixar pode provocar gengivorragias e epistáxis (sangramento

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