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Por:   •  15/10/2013  •  1.590 Palavras (7 Páginas)  •  322 Visualizações

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Introdução

O presente trabalho tem como objetivo abordar o crescimento e funcionamento do setor de beleza no Brasil. O aumento dos gastos dos brasileiros, que gera também o aumento dos salões de beleza pelo país.

E mostra que nas últimas décadas presenciamos um dos fatos mais marcantes na sociedade brasileira, que foi a inserção, cada vez mais crescente, da mulher no campo do trabalho. A mudança no comportamento dos consumidores foi o fator que mais colaborou para este cenário. A justificativa para essa demanda no mercado é proporcional ao crescimento econômico do Brasil e o aumento do poder aquisitivo da população.

O mercado da beleza no Brasil

O Brasil é o terceiro maior país consumidor de higiene e beleza do mundo, atrás apenas de Estados Unidos e Japão. Com inserção da mulher no mercado de trabalho e o aumento da renda familiar, principalmente na classe média, possibilitando o crescimento de serviços oferecidos nos salões de beleza.

Uma pesquisa aponta que as mulheres que exercem atividade profissional, possuem uma renda entre 02 e 04 salários mínimos. E a maioria afirmou sempre frequentar os salões de beleza, e que gastam menos de 5% da sua renda mensal com o serviço.

O ramo de beleza está mudando, comparado com antigamente, quando os cabeleireiros eram somente para cortar o cabelo. Hoje em dia são oferecidos serviços como cortar, pintar e retocar cabelo, fazer unhas, tirar sobrancelhas, depilar e até massagens.

Esse comportamento mexe com a economia. O item serviços é um dos setores que está tendo a maior alta de preço. Dependendo do momento econômico, as pessoas compram mais ou menos produtos de beleza. Com a melhora na econômica, as pessoas tem mais dinheiro, consequentemente, elas gastam mais em produtos de beleza ou em salões.

Isso ocorre, porque a classe média está aumentando. O aumento do poder de compra está ligado ao crescimento e à estabilidade econômica.

Segundo resultado do estudo Consumer Insights 2012, mostra que as famílias de baixa renda foram as que mais contribuíram para o consumo de bens não duráveis no país.

Contribui para este crescimento das classes D e E, o acesso mais fácil ao crédito. A porcentagem de compradores que utilizaram o cartão de crédito como forma de pagamento em 2012 foi de 44%, resultando a entrada de 1,3 de lares.

O gasto dos brasileiros com cosméticos e serviços de beleza deve atingir R$ 59,3 bilhões este ano, o que representará um crescimento de 124% na comparação com 10 anos atrás. Quase metade desse valor (47,4%) deverá ser desembolsado pela classe média.

Consumo das famílias de cada uma das classes sociais

Classes

A e B

C

Número de itens comprados em 2012

- 4%

- 4%

Volume de vendas em 2012

+ 5 %

+ 4%

Fonte: Kantar Worldpanel

O aumento nos últimos períodos

A quantidade de novos salões de beleza abertos no país também cresceu 78% em cinco anos. Segundo levantamento da Associação Nacional do Comércio de Artigos de Higiene Pessoal e Beleza (Anabel), o número passou de 309 mil, em 2005, para 550 mil, em 2010.

Na cidade de São Paulo o número de registros em cartórios de novos estabelecimentos ligados ao setor de beleza já supera, por exemplo, o de lanchonetes e estabelecimentos como casas de suco e de chá.

Entre janeiro e julho deste ano, foram abertas em São Paulo 2.445 empresas de serviços relacionados à beleza, uma alta de 85% em relação ao número de registros no mesmo período do ano passado (1.317). Segundo os dados da Junta Comercial, existem em atividade na cidade 10.123 estabelecimentos ligados à beleza e 40.552 lanchonetes.

Para a coordenadora de projetos de serviços do Sebrae, Karen Sitta, o baixo custo de investimento para abrir um salão e o rápido retorno podem ajudar a explicar porque há tantos negócios do gênero. “É moda, mas é um mercado que tem tido muita procura e um crescimento fantástico. E como o custo é relativamente baixo, é natural que seja o caminho e a oportunidade que muitos encontram para abrirem seu próprio negócio”, diz.

Ela chama a atenção, no entanto, para a necessidade de buscar a profissionalização e a capacitação da mão de obra para não correr o risco fechar as portas. “Como a rotatividade no setor é alta, investir na qualificação técnica e na retenção de talentos passou é estratégico”, avalia.

Média de frequência aos salões

Uma pesquisa de campo realizada pelo no primeiro trimestre com 1.300 mulheres de 44 cidades mostra que 56% das brasileiras da classe média tinham ido ao salão de beleza.

Entre as entrevistadas, 21% das mulheres afirmaram ir ao menos 3 vezes por mês ao salão de beleza. Entre o público feminino da classe alta o percentual com a frequência é de 38%.

Embora o percentual de frequência aos salões seja maior na classe alta e na classe média, a pesquisa aponta que não há diferenças elevadas entre classes econômicas quando se observa a média do número de idas ao salão de beleza.

Na classe alta a média foi de 2,69 vezes no mês, na média, 2,54 vezes e, na baixa, 1,99.

De acordo com o estudo, “ a preocupação com o visual é algo enraizado na cultura brasileira e, portanto, é natural que o mercado de cabeleireiros apresente um desenvolvimento expressivo durante um período de crescimento econômico.

No total, os gastos somados das famílias de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais chegam a R$ 536 milhões – 53% do que é o gasto no segmento no país. O estudo ainda apontou que o gasto das famílias paulistas é maior do que a soma dos gastos das famílias fluminenses e mineiras juntas.

Mudanças de hábito

O sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles, diz que a elevação dos gastos com beleza está diretamente ligada ao

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