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ARTIGO ACADÊMICO SOBRE APLICAÇÃO DE CINZA DE CASCA DE ARROZ (CCA) EM ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO, MÉTODO DE PRODUÇÃO E ATIVIDADE POZOLÂMICA

Por:   •  3/6/2015  •  Artigo  •  1.681 Palavras (7 Páginas)  •  643 Visualizações

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ARTIGO ACADÊMICO SOBRE APLICAÇÃO DE CINZA DE CASCA DE ARROZ (CCA) EM ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO, MÉTODO DE PRODUÇÃO E ATIVIDADE POZOLÂMICA

ALUNA: NATALIA RASADOR

DISCIPLINA DE MATERIAIS DE CONTRUÇÃO CIVIL

MINISTRANTE: PROFª. MSC. JULIANA NIEMCZEWSKI

CAXIAS DO SUL, 10 DE MAIO DE 2015

INTRODUÇÃO

        

        

        Neste artigo trata-se de Aplicação da cinza da casca do arroz (CCA) em argamassas de assentamento, método de produção e atividade pozolâmica. Onde tratamos da explicação sobre o CCA, o seu método de produção, suas características e como ela age na atividade de pozolânas.

        As CCA, é um subproduto proveniente de queima de casca de arroz, e ela acaba gerando grandes preocupações referentes a sua forma de descarte causando muitos problemas ambientais.

        Uma das aplicações que vem sendo muito estudadas é o uso da CCA como aglomerantes em argamassas e concretos, pois tem como principal característica uma elevada atividade pozolâmica, a utilização de pozolanas em substituição parcial do cimento deve-se à presença de fases ativas em sua constituição química.

        

APLICAÇÃO DA CINZA DE CASCA DO ARROZ ( CCA) EM ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO, MÉTODO DE PRODUÇÃO E ATIVIDADE POZOLÂMICA.

A cinza de casca de arroz (CCA) é um subproduto proveniente da queima da casca de arroz que normalmente vem sendo descartado de forma inadequada no meio ambiente, o que gera sérios problemas ambientais. O processo de queima da casca de arroz para a geração de energia é o grande responsável por essa imensa quantidade de CCA. Somente em 2010, no Brasil, a produção de arroz foi de aproximadamente 12 milhões de toneladas (IBGE, 2011).

A geração de resíduos na agroindústria tem causado grande preocupação, visto que seu descarte vem desencadeando diversos problemas ambientais, como a poluição do solo, de mananciais e até mesmo do ar. Um dos setores mais abrangentes para aplicação desses resíduos é o da construção civil, em concretos e argamassas tornando possível, através de estudos, a destinação final adequada para esses resíduos. As cinzas minerais oriundas de diferentes atividades agroindustriais destacam-se entre os resíduos, que apresentam altas porcentagens de sílica e de outros óxidos, podendo ser então utilizadas como pozolanas (Paula et al., 2009).

A CCA é uma pozolana extremamente atrativa para ser utilizada na confecção de pastas, argamassas e concretos, especialmente quando obtida pela combustão controlada da casca, tendo como característica uma elevada atividade pozolânica. Os resíduos vegetais como a cinza da casca do arroz (CCA), vêm sendo estudados por vários pesquisadores os quais observaram que esta cinza apresenta bons resultados em diversas aplicações, como por exemplo, quando utilizada em argamassas e concretos. A CCA possui, como maior componente químico, o dióxido de silício (SiO2), variando entre 74 a 97%, independendo do processo de queima. O elevado teor de sílica torna a CCA valorizada, mas este resíduo só terá alto valor econômico se tiver alta qualidade, caracterizada pela elevada superfície específica, tamanho e pureza de partícula, podendo ser usado em diversas aplicações assim como em substituição parcial do cimento, em produtos da construção civil.

A utilização de pozolanas em substituição parcial do cimento deve-se à presença de fases ativas em sua constituição química. Atualmente, são ainda as empresas beneficiadoras de arroz as principais consumidoras da casca como combustível para a secagem e parboilização do cereal. Como se trata, geralmente, de empresas de pequeno porte, não possuem processos para aproveitamento e descarte adequados das cinzas produzidas, que são geralmente depositadas em terrenos baldios ou lançadas em cursos d’água, ocasionando poluição e contaminação de mananciais. Todavia, algumas cooperativas no Estado do Rio Grande do Sul estão há algum tempo comercializando CCA para centrais de concreto e outras atividades industriais.

Para atividades industriais específicas já está sendo produzida sílica gel e CCA branca. Evidentemente, o custo é bem maior, mas substitui outras fontes industriais de sílica com vantagens financeiras. Para minimizar o problema, órgãos ambientais têm buscado regulamentar o descarte dessas cinzas. Diante disso, o não aproveitamento desse material não pode mais ser aceito pela sociedade, por isso, muitos trabalhos vêm sendo desenvolvidos com o intuito de utilizar esse produto em diversos setores industriais, de maneira especial na indústria da construção civil.

A reciclagem de resíduos é uma maneira de se diversificar a oferta de matéria-prima para a utilização como material de construção, viabilizando reduções de custo. A reciclagem de materiais, tais como entulhos, resíduos agrícolas, resíduos industriais e resíduos de mineração, entre outros, contribui para a preservação ambiental.

Para que sejam utilizados na construção civil, os novos materiais devem atender às exigências físicas e mecânicas, de acordo com a normatização como, por exemplo, serem resistentes, duráveis e trabalháveis, entre outras características desejáveis, para que sejam superiores ou similares aos produtos já existentes no mercado. Essas exigências são necessárias visto que o setor da construção civil necessita oferecer, ao mercado, materiais que tenham boa qualidade e vida prolongada.

Queimada a baixas temperaturas, a casca de arroz gera uma cinza com certo teor de carbono e, por isso, possui uma coloração escura. Por outro lado, quando o processo de combustão realiza-se de forma completa, o material obtido resulta numa cinza de cor acinzentada, branca ou púrpura, dependendo das impurezas presentes e das condições de queima. É consenso na literatura que variáveis como temperatura de queima, tempo de residência, atmosfera de calcinação e taxa de aquecimento influenciem diretamente tanto nas propriedades físico-químicas quanto nas estruturas morfológicas da CCA. Independentemente do processo de queima da casca para a obtenção da cinza de arroz, a cinza resultante possui um teor de sílica da ordem de 74% a 97%. A influência do tipo de queima está mais relacionada à morfologia da sílica presente na cinza. A temperatura atingida durante a combustão é fator determinante para o aparecimento da sílica em estado amorfo (mais reativa) ou em estado cristalino.

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