AS MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA E SEUS IMPACTOS NA FORMAÇÃO DO TRABALHADOR
Pesquisas Acadêmicas: AS MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA E SEUS IMPACTOS NA FORMAÇÃO DO TRABALHADOR. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Ribeiro2014 • 23/10/2014 • 6.697 Palavras (27 Páginas) • 454 Visualizações
AS MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA E SEUS IMPACTOS NA FORMAÇÃO DO TRABALHADOR
Esta pesquisa centralizase no exame de como a lógica de competências
exacerba o processo de individualização das relações de trabalho. Atualmente, vivenciamos novas formas de gestão desenvolvidas no interior de
organizações que acarretam mudanças mundiais. Os níveis hierárquicos diminuídos, a
valorização da educação, bem como a educação profissional, a terceirização e a
flexibilização das empresas são características de um novo momento do trabalho,
paradoxalmente à rigidez da produção do sistema tayloristafordista. Uma das conseqüências desse processo é a valorização do trabalho em equipe e
do trabalhador polivalente.
Para entendermos como se dá o processo de formação desse trabalhador,
devemos, primeiramente, abordar as grandes transformações que o trabalho sofreu em
sua forma de gestão, com seus atores sociais e as inovações tecnológicas
organizacionais. A substituição do sistema tayloristafordista para um novo paradigma baliza o
redirecionamento da economia capitalista. Tanto o taylorismo como o fordismo foram
marcados pela racionalização da produção, divisão e a especialização do trabalho, assim
como pela mecanização e pela produção em massa. No final dos anos sessenta esse modelo de produção começou a perder espaço,
visto que já não conseguia suprir a necessidade da produtividade, revelando sua
inoperância. Muitas pesquisas já foram realizadas em busca da tentativa de se explicar a
crise do sistema tayloristafordista e muitas apontam que o quadro da crise foi gerado2
por três motivos: crise econômica, crise do sindicalismo e crise dos modos tradicionais
de autoridade patronal. O “modelo japonês” surge, então, para responder à concorrência internacional.
Baseado na flexibilidade dos processos de trabalho, dos produtos e dos mercados,
marcou a produção em pequenas séries e a participação do trabalhador nos objetivos
empresariais. Na perspectiva de alguns autores, o modelo flexível japonês foi precursor
por considerar a subjetividade dos operários como o fator mais importante da empresa. Essa mudança de paradigma tayloristafordista para o modelo japonês firma um
novo significado ao trabalho. As tarefas diferenciadas ocupam o lugar da produção
repetitiva, exigindo maiores habilidades e conhecimentos para o manuseio das
máquinas. Mudando o trabalho muda o tipo de trabalhador requerido. De um lado, os
trabalhadores do modo de produção tayloristafordista são “nãoqualificados”, e o
processo não é totalmente dependente de seus operários. Do outro lado, o modelo de
produção japonês (justintime) é fortemente dependente dos seus operários que mantém
uma relação de cooperação com a empresa. A flexibilização, nascida do modelo japonês, necessita desta forma, de
trabalhadores multiqualificados e habilidosos, e com o acréscimo de novas tecnologias,
a conseqüência desse processo é o desemprego. Portanto, no atual contexto de internacionalização da produção e da economia, o
poder dos Estados Nacionais é transferido para as grandes corporações. Desta forma,
essas organizações cada vez mais assumem o papel de definidoras e concretizadoras de
políticas públicas, principalmente, no que se refere a esfera educacional. Conseqüentemente a essas transformações, o trabalhador se vê inserido em
grandes e constantes desafios. O desafio de acompanhar as mudanças do diaadia, da
competição do mercado global, o desafio de aliarse às novas tecnologias e o desafio de
saber agir diante de um ambiente em permanente transformação. Contrariamente, os indivíduos são responsabilizados pelo seu processo de
formação, desobrigando o Estado e as empresas. Diante disso, acentuase uma competição exacerbada, “obrigando” trabalhadores
a se engajarem em padrões de qualificação e capacitação. Portanto, ao contrário do modo de gestão tayloristafordista, que exigia
conhecimento e habilidades parciais, neste novo processo decorrente da globalização, o
sujeito é integrado e inculcado nos objetivos empresariais. Ou melhor, os objetivos
empresariais também são os objetivos dos trabalhadores, marcando assim, um novo3
modelo de gestão onde não há o antagonismo de interesses entre capital / trabalho e na
qual, os investimentos no processo formativo tornamse um diferencial.
As novas exigências do mercado de trabalho e o novo cenário do mundo do
trabalho demandam um profissional que invista nele mesmo, pois o mundo globalizado
espera que o trabalhador seja cada vez mais polivalente, multifuncional, criativo,
flexível, comprometido e pronto para atender às necessidades do mercado. Portanto, é nesse cenário social contraditório que esta pesquisa está inserida,
focalizando a formação do trabalhador no sistema formal de ensino. As tendências do mundo contemporâneo de adaptar as políticas públicas,
principalmente de educação profissional e de instituições
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