ATIVIDADE AVALIATIVA 3

ATIVIDADE AVALIATIVA 3 - QUESTIONÁRIO

Polo João Monlevadade/2014

1. Analise as principais características do PAEG para o processo de fortalecimento da economia brasileira no período militar.

Diante de um cenário pós-crise do golpe militar de 64 acarretando queda importante dos investimentos e da taxa de crescimento da renda brasileira; era consenso a necessidade de reformas institucionais que formassem um quadro favorável à retomada dos investimentos. Vistas a resolver problemas econômicos vigorou no período de 1964 a 1966. O governo Castelo Branco lança (PAEG - Plano de Ação Econômica do Governo). Os objetivos assentados pelo PAEG eram: acelerar o ritmo de desenvolvimento econômico, conter o processo inflacionário, atenuar os desequilíbrios setoriais e regionais, aumentar o investimento e com isso o emprego e corrigir a tendência ao desequilíbrio externo.

As principais medidas instituídas pelo PAEG foram: a reforma tributária, a reforma monetária e financeira e a reforma do setor externo.

Castelo Branco considerava que a inflação se originava no excesso de demanda. E que o controle inflacionário e a inflação seriam pré-condições para a retomada do desenvolvimento.

O plano econômico antecipava uma política monetária restritiva e a busca por um menor déficit público. Assim a inflação devia ser controlada diminuindo a emissão de papel moeda, assim como o crédito.

Assumiu-se um luta gradual à inflação. Além, adotar um sistema de desvalorizações cambias progressivas como forma de equilibrar a balança de pagamentos.

Como resultado da retração nas taxas de crescimento econômico, a inflação realmente declinou.

As principais medidas estabilizadoras do PAEG:

• Redução do déficit público: O PAEG introduziu novas formas de financiamento do estado e aumentou as tarifas públicas.

• Restrição do crédito e aperto monetário - O PAEG aumentou as taxas de juros e melhorou os mecanismos de controle.

• Política salarial – Incentivou um severo arrocho salarial.

2. Descreva as principais características da economia brasileira durante o chamado "milagre" brasileiro.

A explosão de crescimento econômico, ocorrido entre 1968 e 1973, ficou conhecido como "Milagre Econômico". Este período impôs um equilíbrio político, e conseguiu voltar a atrair recursos oriundos do exterior. Esses recursos passaram a chegar ao Brasil beneficiando as empresas privadas, estatais e multinacionais.

Nesse período, desenvolveram empresas privadas brasileiras cuja particularidade era a pequena demanda de capital acompanhada de grande demanda por mão de obra. Por outro lado, as empresas multinacionais tinham suas atividades focadas no setor de capital, isto é, forte demanda de capital e pouca demanda de mão de obra. As empresas estatais investiram seus recursos em armas, energia e telecomunicação.

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Com abundância de matéria prima e baixo custo da mão de obra, as empresas multinacionais que aqui se instalaram foram bastante beneficiadas. O governo mantinha os salários sempre baixos e quaisquer manifestações em busca de melhoria salarial eram freadas de forma violenta.

Para concretizar o crescimento rápido buscava-se expansão de mercado interno e externo. A produção não deveria ser absorvida apenas pelos brasileiros, mas também pelos EUA e países da Europa. Mas, ao lado da euforia das classes privilegiadas que tiveram seu poder aquisitivo ampliadas, existia outro Brasil, que não era beneficiado por esse milagre.

No governo do presidente Médici foi inserida no Brasil uma política de crescimento econômico por Antônio Delfim Netto. Essa política, que visava o crescimento rápido, dependia do financiamento externo.

O “milagre” continuou até a chegada da crise mundial do petróleo, em 1973. Segundo o próprio Delfin Netto, o presidente Ernesto Geisel (1974 a 1979) insistiu em continuar com seus projetos de desenvolvimento. Assim, ele permitiu que a dívida externa atingisse patamares altíssimos. Seu legado econômico levou o país a um processo de recessão econômica e inflação que atingiu duramente o país. O governo de João Figueiredo, último presidente militar, incapaz de cumprir os objetivos da revolução 1964 e de reequilibrar a economia, encerrou o período de governo militar e restituiu o governo (e a crise econômica) à classe política brasileira.

3. Pesquise sobre os seguintes termos: crescimento econômico e desenvolvimento econômico. Analise cada um desses termos e explique suas diferenças centrais, relacionando-os com a famosa frase de Delfin Netto "(...) é preciso fazer o bolo crescer para depois parti-lo".

O Brasil, em sua estratégia histórica de desenvolvimento, privilegiou o crescimento.

Enquanto relegou a redistribuição de rendas, a segurança, a liberdade, a justiça social e a proteção do ambiente a um distante segundo plano.

Em outras palavras, tradicionalmente, o Brasil focou seus esforços em obter crescimento econômico. Este tipo de direcionamento político/econômico pode permitir que o país enriqueça sem que seu povo desfrute dos benefícios deste crescimento. Assim, é possível termos um país rico, isto é, que alcançou crescimento econômico, mas que possui uma população pobre, isto é, que não recebeu sua parcela de benefícios correspondente ao desenvolvimento econômico.

O desenvolvimento econômico visa atender diretamente o bem estar de toda a sociedade, isto é, além do crescimento deve também garantir a segurança, a liberdade, a justiça social e proteção do ambiente, etc. Durante os governos militares de Costa e Silva, Medici e Figueiredo, o mentor da política econômica brasileira foi Delfim Netto. Ele foi o principal artífice do chamado "milagre brasileiro" (1968-1973), quando o Produto Nacional Bruto (PNB) crescia, em média, 10% ao ano. Além de conceder incentivos às exportações e ao investimento estrangeiro no país, a política de Delfim era caracterizada pelo congelamento dos salários e a elevação das tarifas públicas. Ele justificou que o milagre brasileiro não estivesse acompanhado de uma eficiente distribuição de rendas através da frase: "(...) é preciso fazer o bolo crescer para depois