ATPS Antropologia
Dissertações: ATPS Antropologia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 22/5/2014 • 2.151 Palavras (9 Páginas) • 467 Visualizações
ANHANGUERA EDUCACIONAL
Centro de Educação a Distância
Santo André
Graduação em Serviço Social
ATPS
Antropologia Aplicada ao Serviço Social
Introdução:
Antropologia é a ciência da humanidade, estuda os seres humanos: para compreensão do fenômeno humano, a antropologia é considerada uma ciência polarizada.
O objetivo do estudo da antropologia é o homem e suas manifestações culturais. Esta ciência pode ser dividida em: antropologia física ou biológica e a antropologia cultural. Sendo que a antropologia é a mais jovem das ciências.
Uma das ciências é a sociologia, pois ambas se auxiliam na compreensão do caráter global do homem, enquanto ser reunido e dependente da sociedade.
E com a psicologia é baseada no interesse das duas ciências pelo comportamento humano, sendo a antropologia interessada no comportamento grupal e a psicologia principalmente no comportamento individual, e as ciências políticas e econômicas, a antropologia documenta numerosas sistemas de organização econômica e política existente no planeta.
Visão Social
O livro – Quarto de despejo: diário de uma favelada publicado em 1960 escrito por Carolina Maria de Jesus nos mostra uma visão social crescente da classe subalterna e sua realidade nos contextos políticos, socioeconômico e cultural.
A própria autora ao relatar fatos
reais de sua própria vida relata a vida de muitas Carolinas pelo mundo. Nascida em Minas Gerais, descendente de escravos em 14 de Março de 1914 na Cidade de Sacramento, onde viveu toda sua infância e parte da adolescência.
Abandonou a escola no segundo ano, para ajudar a mãe trabalhando na lavoura. Mudando se para a cidade de São Paulo em 1947, onde viveu de varias ocupações: empregada doméstica a auxiliar de enfermagem, e artista de circo; conseguiu desenvolver seu hábito para leitura, nas casas onde trabalhou devido a ter acesso aos livros com mais facilidade.
Em 1948 engravidou do seu primeiro filho em virtude deste acontecimento foi demitida de seu emprego e sendo então obrigada a mudar-se para a Favela do Canindé, nas margens do Rio Tietê.
Passando por inúmeras dificuldades, era obrigada a tirar do lixo o seu sustento diário, assim já faziam centenas de favelados na mesma situação. Dois anos mais tarde teve seu 2º filho e logo depois um terceiro, ela sabia quem era o pai de cada filho mais seus filhos nunca viram o rosto do pai ela preferia assim achava que ter um marido seria sofrimento em dobro.
Com seu diário Carolina mesmo sendo analfabeta descreveu a rotina diária de quem vive em favelas tanto de forma individual e ao mesmo tempo coletivamente.
Neste diário repousam anotações de condições sociais, econômicas, políticas, étnicas, relações humanas deterioradas por motivos
econômicos, psicológicos, uma gama de assuntos que podem ser tratados e discutidos em diferentes áreas do conhecimento.
Em pensar que esta escritora conseguiu passar este lado social de sua vivência nas suas horas de laser, porque o que mais gostava de fazer mesmo não sendo alfabetizada era escrever.
Em 1958 um encontro casual mudaria os rumos de sua existência, sendo descoberta por um repórter do Diário de São Paulo, Audálio Dantas que fazia uma reportagem nas proximidades da favela do Canindé, ficou estático com as observações escritas pela mulher e resolveu publicar alguns artigos.
Sendo a repercussão crítica muito grande atraindo atenção de muitos leitores. Foi assim que ela conseguiu publicar em Agosto de 1960 seu livro com a ajuda deste repórter Audálio Dantas.
Sendo publicado em apenas seis meses mais de 10 mil exemplares em sua 1º edição, sendo nos anos seguintes em mais 13 países.
Carolina Maria de Jesus faleceu em 13/02/1977 com 62 anos.
Serviço Social e Pobreza
Esta edição da Revista KATALYSIS, tem como foco principal o início da relação do Serviço Social com a pobreza, após sua institucionalização em 1940 como profissão na sociedade brasileira ; á partir de então sendo o Serviço Social acionado pelo estado e pelo patronato em questões social no país.
O trabalho do Assistente Social, vivenciado no dia a dia, por pertencer ás classes subalternizadas na
sociedade como: a exploração, pobreza, opressão a resistência, violência doméstica, drogas, desemprego, condições subumanas entre outros códigos que sinalizam a condição subalterna.
A pobreza brasileira é produto de uma sociedade que vive em constante desigualdade tanto socioeconômica, político e cultural; constituindo múltiplos mecanismos que fixam os pobres em seu lugar na sociedade.
Sabemos que esta se tecendo novas sociabilidades para o futuro mais ainda permanecem as atuais e os profundos sofrimentos onde a maioria subalterna pela revolta
silenciosa, pela humilhação, e alienação devido a uma ordem societária na exploração de poucos sobre muitos.
Trabalho alienado
É fato que as condições materiais levam muitas vezes ao caminho da desesperança do ilícito; devido à grande atratividade do mercado de consumo.
“Submersos numa ordem social que os desqualifica marcados por clichês. inadaptados”, marginais problematizados, portadores de altos riscos e vulnerabilidades, os pobres representam a herança histórica da estruturação econômica, política e social da sociedade brasileira.
O Assistente Social deve ter o conhecimento teórico, ético, político e técnico, para compreender a distância da desigualdade social entre o capitalismo que produz essa enorme pobreza brasileira constituída por essa gente explorada, enganada, iludida e massacrada; gente que fica á espera em longas
filas para receber os benefícios que os assistentes sociais operacionalizam.
Saúde Educação
Trabalho Moradia
Com isto conseguir mediações, criar projetos, criar sistemas, para tratar da questão de hegemonia no exercício concreto da profissão, que como sabemos é necessário um conjuntos de componentes como valores, saberes e escolher teorias, práticas e deveres, recursos político organizativos, processos de debate, investigações, em interlocução crítica com o movimento da sociedade na qual o Serviço Social é parte e expressão.
Por outro lado as políticas sociais públicas do 3º setor são uma das respostas á questão social, pela sociedade civil, que possuem programas de atenção a pobreza, como corporações empresariais, organizações não governamentais, além de outras organizações das classes subalternas, para fazer frente aos níveis crescentes de exclusão social.
Surgem então as ONGS por volta dos anos 70 e 80 ao lado dos movimentos sociais com a missão de contribuir para a melhoria da organização interna com recursos internacionais. Houve muitas mudanças nos movimentos sociais dos anos 80 a 90, como diminuição dos empregos, na economia formal ocorrendo instabilidades
e incertezas; exigindo uma jornada maior de trabalho, ocupando assim todo o tempo disponível do trabalhador evitando assim que eles participem de mobilizações.
Nos anos 80 houve por parte do estado um interesse maior em dialogar com os movimentos sociais para mudar sua imagem ligada á repressão e ao autoritarismo.
Os movimentos populares em 1990 perderam o apoio da Igreja Católica que tiveram no período de70 a 80 na Teologia da Libertação.
A queda do Muro de Berlim é um exemplo. E nos anos 80 também orientadas de movimentos sociais a seu favor.
Nos anos 90 surgem novos movimentos sociais com foco nas questões éticas e na revalorização da vida humana; enfatizando a consciência individual em vez da coletiva com ações organizadas em forma de campanhas, sendo de cunho misto de movimento Social e ONG.
Para podermos entender melhor as condições que as crianças abandonadas, e as mulheres vitimadas por violência doméstica não podemos deixar de falar do avanço da lei Maria da penha lei 11.340 de sete de agosto de 2006 que mais uma vez ganhou um olhar dos nossos políticos e agora uma vitória no processo judicial, a mulher não precisa mais da representação, pois será automático não dependendo de sua representação, que antes poderia ser até em e 6 meses.
Mas como isso não acontecia em alguns casos o seu marido a pressionaram e elas não representava pra o ministério publico e esses saiam
imunes do boletim de ocorrência, mas agora com essa emenda na lei será automática a representação ao ministério publico idem pendente dela querer ou não.
Em relação às crianças abandonadas temos o Estatuto da criança e Adolescente lei 60.090 que ampara e guarda seus direitos primordiais da vida e convivência familiar, entre outras.com o estatuto foram criadas varias políticas publicas uma delas o conselho tutelar
órgão autônomo que defende e vistoria essas políticas em questão.
Uma delas são os abrigos instrumentos que cuidam, preservam os diretos, e buscam famílias substitutas para as mesmas.
Negligência
Ato de omissão do responsável pela criança ou adolescente em prover as necessidades básicas para o seu desenvolvimento.
Negligência com crianças é maltrato e deve ser punida.
Os números relativos às denúncias de maus-tratos contra crianças no Brasil mostram que a negligência da família com suas crianças estão em primeiro lugar. Seguem-se os maus-tratos físicos, a seguir, o abuso sexual e por fim os maus-tratos psicológicos.
Também entre as freqüentes denúncias de maus-tratos que chegam por e-mail ao Observatório da Infância, a negligência está em primeiro lugar.
A participação dos vizinhos ou membros da família nas denúncias é o fator que mais influencia essa classificação.
Raramente alguém denuncia os maus-tratos psicológicos, talvez os mais freqüentes e que
tantos dados causam à criança. O abuso sexual ocorre entre quatro paredes e o conhecido muro do silêncio impede que haja a denúncia e que as crianças sejam protegidas.
Os maus-tratos físicos, que em algumas pesquisas encontram-se em primeiro lugar, geralmente deixam marcas evidentes, ao contrário do abuso sexual e do maltrato psicológico, mas a indiferença dos vizinhos e seguramente da escola, dificultam a denúncia e muitas vezes as crianças chegam aos hospitais com lesões graves e cicatrizes antigas de violências há muito praticadas. Algumas chegam mortas.
Os casos de negligência da família nos cuidados indispensáveis com suas crianças são o mais percebido e os mais denunciados: crianças abandonada ou semi-abandonadas em casa, sujas, sem nenhum cuidado higiênico, que não vão à escola, que ficam doentes e não são tratadas, que não recebem a vacinação básica obrigatória, que são levadas às ruas para serem exploradas pelos pais, crianças que sofrem "acidentes", que são na realidade formas evidentes de negligência.
Muitas vezes a negligência é do próprio Estado, que não cumpre o seu dever de proteger as crianças e punir os agressores. Enfim, é enorme a lista dos atos
de negligência praticados pelos próprios pais ou pelos governos.
Talvez umas das situações de negligência dos pais com conseqüências mais graves para as crianças seja o abandono de crianças sozinhas em casa. Tudo pode
ocorrer: "acidentes" graves, raptos, fugas, abusos sexuais. E, às vezes, o que ocorre é o pior. No Serviço de Pediatria do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, onde trabalhei 35 anos, muitas crianças morreram ou tiveram alta com graves seqüelas físicas e emocionais em razão de queimaduras extensas e profundas causadas por incêndio nas casas onde moravam. Estavam sozinhas.
Os jornais de hoje noticiam que na cidade de Nepomuceno/MG, ocorreu uma tragédia que é relativamente freqüente. A mãe deixou os quatro filhos, com idade entre 2 e 9 anos, sozinhos em casa, com uma vela acesa, o que causou um incêndio na casa. As crianças menores tiveram queimaduras graves de segundo e terceiro graus.
Há de nove anos conseguiu se defender e foi menos atingida. A mãe deixou os filhos em casa para ir a um rodeio. Infelizmente, apesar de não ter sido a primeira vez que essas crianças foram abandonadas em casa, essa mãe não foi punida e tampouco perdeu a guarda dos filhos, apesar de três vezes detida, e as crianças não foram protegidas. Nesse caso, como tudo indica, além da negligência da mãe, também o Estado se omitiu e negligenciou.
A atuação do assistente social nesta area é muito importante, pois trabalha na prevenção com projetos nas políticas publicas e referenciando essas famílias em programas e transferência de renda, neste tem um acompanhamento de terapias em grupo que
momento é a resolução que oferece CONANDA (conselho nacional da criança e adolescente) oferecia como atendimento nos CRAS (centro de referencia da assistência social, proteção básica).
O assistente social é um profissional que trabalha nas mais variedades de proteção familiar com o intuito de referenciar toda a família em suas necessidades e dificuldades.
Em relação aos atendimentos para as famílias nos CRAS, cada assistente social atendem 6 famílias por dia e agendam visitas domiciliares para poderem reconhecer as necessidades destas famílias e como melhor as atenderem tanto nas prevenção como nas emergências.
Dando assim o melhor encaminhamento pra outros órgãos da rede de atendimento.
Famílias em reuniões dentro do CRAS .
A antropologia vale de diversos métodos e técnicas.
O método histórico que investiga o passado na tentativa de entender o presente, já o método estático, transforma em gráfico, tabelas e outros, o etnográfico consiste em fazer os dados possíveis sobre as sociedades.
O método comparativo ou etnológico verifica diferentes semelhanças entre grupos e o método genealógico estuda parentesco e suas implicações sociais. As técnicas, da antropologia física/biológica utiliza as técnicas de mensuração e datação e a cultural, desenvolve técnicas relacionadas a observação de campo.
A antropologia apresenta duas dimensões:
a teórica, onde o antropólogo faz investigação pura; e a prática, onde ele desenvolve atividades práticas, é necessário que ele conheça três conceitos fundamentais: aculturação, que está relacionado ao contato entre os grupos de culturas diferentes.
O trabalho da antropologia deve ser sempre, respeitar o Direito e Autonomia Tribal, a antropologia também tem sido fundamental nos projetos de desenvolvimento, interfere ainda na questão das consistências populacionais e xenofobia, e na industrialização, em relação à questão das relações trabalhistas.
Referências Bibliográficas
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Acesso: 26-05-2012
Bioantrpologiaufpa. blogspot.com.br/2011/04/antropologia-uma-introducao.html
Sábado, 30 de Abril de 2011
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Acesso 27-05-2012
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Acesso 27-05-2012
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