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ATPS DE ECONOMIA

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Por:   •  22/10/2013  •  8.694 Palavras (35 Páginas)  •  310 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ATPS: Economia

Tutor Presencial: Anderson Pereira

Aluno: Adriana Marques Alves- RA: 6791412189

Aluno: Janaína Aparecida Ferreira Lopes- RA: 678738951

Série: 1ª Período

Sumário

Ramo de Atividade 3

Região Norte 24

Etapa 4 40

Ramo de Atividade: Indústria de Biscoitos

Hoje se pode contar, no Brasil, com mais de 200 tipos de biscoitos e com um setor altamente especializado.

O mercado de biscoitos no Brasil sofreu transformações importantes na década de 90. A abertura para a importação do trigo permitiu melhor desempenho dos produtos e melhor competitividade, mas também aumentou a concorrência internacional, incentivando a importação de biscoitos, principalmente da Argentina.

Mesmo empresas que, até aquele momento, não participavam especificamente desse mercado (como empresas alimentícias, fabricantes de massas, moinhos e outras) passaram a produzir biscoitos, resultando em um crescimento de 50% entre 1994 a 1997, aproveitando um período de aumento da capacidade de compra do consumidor.

Após 1997, entretanto, a economia brasileira começou a dar sinais de enfraquecimento e,

apesar dos fabricantes de biscoitos terem conquistado um nível muito melhor de qualidade

para seus produtos, o aumento da concorrência, aliado a esse enfraquecimento da economia, obrigaram as empresas a buscar, com mais ênfase, a diferenciação por meio do lançamento de novos produtos.

O aumento da oferta, que ocorreu simultaneamente à retração de mercado entre 1997 e

2001 obrigaram os fabricantes de biscoitos a reduzirem suas margens, diminuindo o preço

médio dos produtos em dólares.

Como não houve redução do preço da farinha de trigo e da gordura vegetal - os ingredientes

mais importantes em termos de custos na produção de biscoitos - os ganhos tiveram

que ser obtidos com o aumento da produtividade.

Apesar de o crescimento anual ter ficado entre 1% e 2% em volume de vendas entre 2003 e

2006 (após a significativa recuperação de 2003) a tendência, desde 2000, é de um aumento

nos preços médios dos produtos comprados (5% apenas entre 2006 e 2005).

Tabela 1 – Evolução do Mercado Brasileiro de Biscoitos em Volume (em mil ton.) e Faturamento (em milhões de reais) – 2000/2006

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Produção (mil ton.). 1.012 1.001 995 1.059 1.080 1.099 1.112

Taxa de Crescimento 7% 1% 5% 6,40% 1,90% 1,80% 1,20%

Faturamento (em R$ milhões) R$ 2.837,00 R$ 3.393,00 R$ 4.100,00 R$ 6.070,00 R$ 6.210,00 R$ 6.510,00 R$ 6.887,00

Taxa de Crescimento 20% 21% 48% 2,30% 4,80% 5,8

Preço Médio / kg (em R$) 2,8 3,39 4,12 5,73 5,75% 5,9 6,19

Taxa de Crescimento 21% 40% 39% 39% 2,65 5%

As explicações mais tradicionais para este fenômeno seriam a inflação setorial superando a

Inflação do país (o que não ocorreu neste caso) e o aumento de valor agregado dos produtos.

Contudo, embora esta segunda razão também seja responsável pelo aumento nos preços

médios, há outro motivo para esse comportamento: no Brasil, desde 2000, vem ocorrendo

um efeito de “inflação disfarçada”, provocado pelas empresas multinacionais líderes do

mercado de biscoitos. Elas conseguiram esse ganho no preço médio pela redução constante

e disfarçada do peso de suas embalagens-padrão sem uma redução proporcional do preço;

este fato, inclusive, vem gerando problemas para as empresas, pois o PROCON moveu diversas ações na Justiça (que ainda estão em andamento) contra essa prática.

Com isso, as líderes praticamente forçaram os demais concorrentes a seguir este caminho

legalmente questionável, pois a percepção de boa parte dos consumidores foi que as demais

concorrentes “ficaram mais caras” – afinal, era impossível para empresas menores manter

preços iguais ou abaixo das líderes mantendo suas embalagens com peso até 40% maior.

Por outro lado, também se confirma o aumento nas vendas de produtos de preço mais alto,

ou seja, há segmentos do mercado consumidor que percebem e valorizam as inovações

no produto; este movimento do mercado torna-se claro ao se observar que o consumo per

capita e a penetração de biscoitos nos lares brasileiros mantiveram-se estáveis entre 2000

e 2006. Assim, é possível inferir que o crescimento do faturamento também ocorreu devido

à oferta de produtos de maior valor e sofisticação para segmentos que demandam linhas

diferenciadas (novos biscoitos com cobertura de chocolate, tortinhas com recheio aparente,

variações de sabores/recheios com apelos regionais etc.) e que

...

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