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ATPS DE FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA

Por:   •  20/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  787 Palavras (4 Páginas)  •  407 Visualizações

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Texto Seminário Geográfico de Tucuruí – “Outros 60”



As Trajetórias da Formação Territorial do Município de Tucuruí-PA




Introdução:

O nome: Desde o princípio de sua história Tucuruí se caracteriza como um lugar de encruzilhadas. O nome do lugar que dá origem ao Município, Alcobaça, já exprimia encruzilhada - nome de uma localidade portuguesa no cruzamento dos rios Alcoa e Baça. Mas, não é só pelo significado da palavra, como pelos sentidos histórico, geográfico e social que Tucuruí vai adquirindo ao longo de sua formação territorial. Alcobaça era um nome de origem portuguesa, Tucuruí - como foi batizado o Município criado oficialmente em 1947 - é um nome de origem indígena, de significação controversa1. De Alcobaça a Tucuruí - a encruzilhada histórica da colonização que marca o encontro do português e do indígena e do negro africano, posteriormente - o lugar ficou conhecido por sua função de entreposto, devido sua localização.

A localização: Um lugar, no entanto, não se define apenas por sua função ou localização. A localização geográfica é sempre um fato histórico e social.

Assim, não é o fato de Tucuruí se localizar próximo ao principal desnível do Rio Tocantins – uma queda d'água conhecida como Itaboca – que faz de Tucuruí esse lugar de encruzilhadas. Mas, sim, o que os agentes sociais fizeram de Tucuruí em determinados momentos históricos. Por isso, Tucuruí como lugar de encruzilhada muda de sentido sempre, envolvendo diferentes fluxos, diferentes sujeitos, diferentes relações, diferentes objetos, diferentes significações sociais.

Primeiro foi a encruzilhada em que se encontraram
portugueses, indígenas e negros; encruzilhada entre os processo de ocupação territorial que descia o Tocantins e o que subia o rio; encruzilhada do comércio do caucho e da castanha-do-pará entre a região de Marabá e Belém; encruzilhada do rio, com toda sua carga simbólica e da Estrada de Ferro e todos os sentido políticos, econômicos e tecnológicos; encruzilhada da modo de vida ribeirinho e de um modo de vida moderno; encruzilhada do rio e da estrada, da canoa e do automóvel, de um tempo, racionalidade e mentalidade
forjados numa longa convivência dos homens e mulheres com o meio natural amazônico e os migrantes de outros lugares do Brasil e do mundo, com o tempo, a racionalidade e a mentalidade colonial-moderna capitalista e ocidental.

Podemos, organizar essas encruzilhadas em três grandes momentos: as encruzilhadas do espaço de Alcobaça, as encruzilhada do espaço municipal de Tucuruí e as encruzilhadas do espaço da Hidrelétrica.

O ponto de partida da narrativa histórica: A história de Tucuruí geralmente é contada pelos objetos que marcam seus momentos históricos: o Forte da faxina, a Estrada de Ferro Tocantins e a Hidrelétrica. Mas, devemos sempre lembrar que os objetos tem sempre uma família, formam um sistema (técnico e
social) que atravessam várias escalas de espaço e de tempo. E que sua forma, função e sentido está relacionada não a simples distribuição no espaço, mas a um conjunto complexo de ações, de relações sociais e de poder que lhes deram origem, usos e significados. Assim, antes de contar a história de Tucuruí pelos objetos, pretendemos contar sua geografia partir dos diferentes sujeitos históricos e sociais que construíram não só esses objetos, mas a configuração territorial que formou e dá forma a Tucuruí.

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