ATPS FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II
Exames: ATPS FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jmachadofaban • 1/6/2014 • 1.804 Palavras (8 Páginas) • 605 Visualizações
ATPS FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II
1 INTRODUÇÃO 5
2 MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL 6
3 CORRENTE POSITIVISTA 9
4 CORRENTE FENOMENOLOGICA 10
5 DIALÉTICA 11
6 CONCLUSÃO 12
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 13
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo principal a reflexão e compreensão sobre a importância do Movimento de Reconceituação para a profissão do Assistente Social.
Apresentaremos como se deu esse processo de reconceituação e renovação da profissão, e quais foram os motivos que levaram os profissionais a romper com o hegemonismo e o conservadorismo, e buscar uma modernização e uma revisão teórico metodológica adaptado à realidade brasileira.
Buscando um referencial teórico e no sentido de discutir novas formas de atuação os Assistentes Sociais se reuniram em seminários, estes eventos originaram uma série de documentos que até hoje constituem como importante e rica fonte de pesquisa.
Analisaremos também a influência das correntes filosóficas: Positivismo, Fenomenologia e Dialética no Serviço Social.
Diante dessa nova perspectiva de modernização e teorização, mostraremos o caminho trilhado pelo Serviço Social para chegar até a profissão respeitada e multiprofissional que existe hoje.
2. MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL
O Serviço Social tem sua gênese vinculada à filantropia atrelada aos interesses da classe burguesa.
A expansão do Serviço Social ocorreu a partir da aceleração da industrialização e da ascensão do capitalismo, quando os profissionais da área eram usados de forma indireta para amenizar os conflitos surgidos pela crescente classe operária.
Por volta da metade do século XX o Serviço Social brasileiro embora já estivesse em um processo de ruptura com a concepção filantrópica, se via agora pautado na metodologia norte-americana e sob a hegemonia da autocracia burguesa.
Diante da necessidade de romper com as formas tradicionais da profissão e de se adequar com a realidade Latino Americana, dentro do contexto histórico do regime militar no Brasil, num momento em que novas políticas sociais são implantadas e novas demandas práticas são colocadas ao Serviço Social, deu início o movimento de reconceituação do Serviço Social.
Este processo de reconceituação acontece na crise do Serviço Social tradicional e é conceituado por Netto como:
o conjunto de características novas, que no marco das contrições da autocracia burguesa, o Serviço Social articulou [...] procurando investir-se como instituição de natureza profissional dotada de legitimação prática, através de respostas as demandas sociais e da sua sistematização, e de validação teórica, mediante a remissão às teorias e disciplinas sociais.
Neste movimento os profissionais buscavam por uma renovação, uma modernização, uma reatualização, uma identidade profissional, uma funcionalidade, uma teorização das práticas, enfim uma especificidade para a categoria.
O momento era de reflexão e de mudança interior da profissão, neste fase surgem os Assistentes Sociais com um pensamento marxista, como pode ser confirmado pela autora:
O que importa ressaltar – para os fins da presente análise – é que se a descoberta do marxismo pelo Serviço Social latino-americano contribui decisivamente para um processo de ruptura teórica e prática com a tradição profissional, as formas pelas quais se deu aquela aproximação do Serviço Social com o amplo e heterogêneo universo marxista foram também responsáveis por inúmeros equívocos e impasses de ordem teórica, política e profissional cujas refrações até hoje se fazem presente ( Iamamoto, 2001, p.210).
Nesta fase de transição para a modernização das praticas do Serviço Social,no sentido de repensar o objetivo de atuação e questionar suas limitações teóricas, os profissionais se reúnem em seminários promovidos pelo CBCISS (Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais). Nesses seminários foram construídas varias teorias básicas e formulados documentos de extrema importância para consolidação da profissão.
O primeiro Seminário de Teorização do Serviço Social foi o de Araxá, tinha como objetivo discutir e repensar em maior profundidade a teoria básica do Serviço Social e sua metodologia em dois níveis, microatuação e macro atuação. A micro discute a pratica profissional voltada para os serviços diretos, ou seja, operacionais, já a macro está voltada para que os Assistentes Sociais sejam capazes de formular, planejar e desenvolver políticas.
A proposta do documento de Araxá era colocar o Assistente Social não apenas como mero executor das políticas sociais, mas como capazes de formulá-las e administrá-las, ou seja, rever a funcionalidade da profissão dentro do contexto Brasileiro.
O segundo seminário realizado em Teresópolis ofereceu uma concepção mais articulada para a metodologia e pratica do Serviço Social frente à realidade Brasileira, pois o aprofundamento da ordem societária marcada pela modernização impunha uma revisão do Serviço Social tradicional.
A relevância deste seminário foi à interlocução com outras áreas, a busca por pesquisa e produção de conhecimento, enfim o desenvolvimento de um mínimo de cientificidade no âmbito da profissão.
O Terceiro Seminário realizado em Sumaré foi o marco da perspectiva de reatualização do Serviço Social segundo Netto, pautado na crítica ao positivismo, à temática discutida pelos Assistentes Sociais foi à cientificidade, a Fenomenologia e a Dialética.
Já o Seminário Alto de Boa Vista, o quarto realizado tinha como objetivo analisar os documentos de teorização elaborados anteriormente em Araxá, Teresópolis e Sumaré, e produzir um quarto documento, visando constituir a base do conhecimento sobre a profissão e orientação sobre novas abordagens e praticas concretas mais atuais.
Para entendermos o conteúdo dos documentos produzidos nos seminários, precisamos nos aprofundar no conhecimento das correntes filosóficas nas quais os mesmos estão pautados.
3. CORRENTE POSITIVISTA
O positivismo
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