ATPS PCP ETAPA 2

INTRODUÇÃO

Este trabalho é uma síntese de um artigo e de um estudo de caso feito na montadora de automóveis Volkswagem. Foi analisado a implementação de um plano de parcerias entre fornecedores através de um consórcio modular, onde são montadas células que são responsáveis por montar partes de um caminhão até chegar ao produto pronto. Com esse sistema foi possível reduzir parte dos custos fixos e foi possível obter menos impacto na manutenção de recursos em períodos de baixa produtividade, já que os mesmos são divididos entre a empresa e seus modulistas.

CONSÓRCIO MODULAR

Primeiramente precisamos entender o que vem a ser consórcio modular e para isso, vamos usar como base o vídeo assistido pelo grupo. O sistema de consórcio modular visa diminuir custos e otimizar tempo na entrega de peças e consequentemente na entrega do produto final.

O vídeo nos mostrou que os caminhões da Volkswagen são montados por módulos, começando pelo chassi até a colocação da cabine com seus acessórios e este trabalho é feito por parceiros terceirizados que trabalham dentro da fábrica da Volkswagen.

Com o inicio da produção em serie encabeçada pela Ford (Henry Ford), a industria automobilística foi quem criou o mais forte padrão de trabalho e organização de produção.

O método de produção em massa iniciado pelo fordismo, teve seqüência por outros métodos de criação, organização e inovação; grandes corporações industriais (General Motors), produção enxuta (Toyota), grupos semi-autonomos (Volvo) e, recentemente, o consorcio modular (Volkswagen), onde a industria transfere parte das atividades aos seus fornecedores.

De acordo com Arbix; Zilbovinícius (1997, p. 448-469), a montadora refaz a ordem de suas especialidades, focando nas operações estratégicas como o projeto, o modelo, sua arquitetura, qualidade, marketing e comercialização.

A experiência esta dando certo, e se continuar o sucesso do momento, poderá futuramente se tornar, o novo paradigma do modelo de organização da produção em diversos setores da economia mundial.

A estrutura modular surgiu da necessidade de aumentar a vantagem competitiva através da garantia de maiores ganhos de produtividade, e da redução de fornecedores e, consequentemente, de custos. Essa estrutura é a nova forma de gestão da cadeia produtiva, que é a associação entre a montadora e seus fornecedores, dividindo entre si, a responsabilidade pelos investimentos, custos e riscos.

Funciona da seguinte maneira: a montadora passa a focar apenas no projeto do produto, sua qualidade, distribuição e marketing enquanto os fornecedores são chamados para participar do projeto e seu desenvolvimento, fornecendo sistemas e módulos, facilitando com isso, a montagem final.

A líder do consorcio transfere a tecnologia de montagem, faz a engenharia do produto, controla a qualidade final, planeja o marketing, comercializa e distribui o produto; mas de fato, a montagem, que era de responsabilidade do fabricante, passa a ser realizada pelo conjunto de modulistas, que estão localizadas na mesma planta, diminuindo tempo, esforços e custos.

O sistema Just in Time, doravante denominado JIT, foi desenvolvido no início da década de 50 na Toyota Motors Company, no Japão, como um método para aumentar a produtividade, apesar dos recursos limitados. (MOURA E BANZATO, 1994).

O just-in-time, visa otimizar o tempo poupando esforços e disponibilizando o produto certo, na hora certa, no local e no exato momento em que será utilizado.

O que nos outros métodos eram distintos e separados, no modulista, a fábrica e os fornecedores recebem o mesmo tratamento; seguem aqui algumas dessas mudanças: funcionários utilizam uniformes iguais, diferenciando somente o logotipo da empresa consorciada,; mesmo padrão de salários e benefícios entre todos; pertencem á mesma categoria sindical, inclusive os terceirizados; RH padronizado; jornada de trabalho comuns entre as formadoras do consórcio.

De acordo com artigo publicado por Bueno, Vendrametto e Alisancic, 2013, o consórcio modular foi desenvolvido pela empresa Volkswagen nos anos de 1995/1996, esse sistema consiste em uma parceria entre a empresa e fornecedores. Nessa parceria os riscos e os investimentos foram compartilhados, onde a Volks é responsável pelo edifício, enquanto os parceiros são responsáveis pelos móveis.

Após a instalação da fábrica da Volks na cidade de Resende, RJ com 80 mil metros quadrados de área construída em um terreno de mais de 1 milhão de metros quadrados, seria necessário a escolha dos parceiros. Foi analisada e verificada, criteriosamente, as condições técnicas de cada empresa, além dos aspectos do melhor preço oferecido para a realização da tarefa. Depois de toda essa análise foram escolhidas sete empresas para participar co Consórcio Modular. Conforme Bueno, Vendrametto e Alisancic (2013), são elas:

EMPRESA MÓDULO