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Adm De Rh

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Por:   •  13/1/2015  •  1.443 Palavras (6 Páginas)  •  170 Visualizações

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"A Banalização da Injustiça Social", da autoria de Christophe Dejours, publicado no ano de 2000, pela editora Fundação Getúlio Vargas, traduzido por Luís Alberto Monjardim.

Christophe Dejours é psiquiatra, psicanalista, professor do Conservatório Nacional de Artes e Ofícios e diretor do Laboratório de Psicologia do Trabalho da França, também autor do título consagrado "A loucura do trabalho".

O livro A Banalização da Injustiça Social, de certo modo, dá continuidade, aprofundando alguns dos aspectos assinalados pelo autor na obra anterior. Está divido em 10 capítulos e, no desenvolvimento dos mesmos, o autor analisa as graves questões econômicas que afetam direta ou indiretamente o mundo do trabalho. Apesar do contexto enfocado referir-se à França, muitos pontos relacionados ao trabalho podem ser extrapolados para outras sociedades, em particular para o Brasil.

As contribuições dessa análise são de importância ímpar para os trabalhadores, em geral, independente da categoria profissional. Muito embora o autor não se refira especificamente ao trabalho em saúde, muitas das considerações são básicas para a fundamentação de discussões acerca dos determinantes estruturais no trabalho em saúde e, particularmente, do trabalho de enfermagem. Dejours tece críticas à perspectiva de que os indivíduos somente sobreviverão no mercado se superarem a si próprios, tornando-se cada vez mais competitivos e eficientes que os colegas, pares, ou concorrentes, primando pelo individualismo.

Aponta que essa contradição presente nos cenários do trabalho precisa ser enfrentada, pois, do contrário, estar-se-á passando por cima de alguns dos princípios que, muitas vezes, se considera importantes, mas que se passa a relegar, devido à necessidade de manter os empregos e, por conseqüência, a sobrevivência.

Dejours deixa claro que a crise que se apresenta aos trabalhadores tem sua gênese na natureza do sistema econômico, no mercado ou na globalização, contudo, explica que as condutas humanas diante dessas situações têm contribuído e muito para o agravamento de problemas laborais, principalmente no que se refere ao sofrimento no cotidiano do trabalho.

Questiona o por quê se permite que o sistema faça o indivíduo sofrer. As reflexões propostas estão pautadas em questões profundas, situadas no âmbito da subjetividade dos indivíduos, ou seja, os trabalhadores, com o passar do tempo, vão perdendo a esperança, e acabam chegando à conclusão de que os esforços, a dedicação, a boa vontade, o bom relacionamento com os colegas, e produzir o máximo para as empresas/instituições não têm contribuído para que se estabeleça um equilíbrio na relação de prazer-sofrimento.

Assim sendo, adota-se, cada vez mais, o distanciamento das questões relacionadas à gênese dos conflitos do dia-a-dia laboral. Tal perspectiva afirma o autor, refletirá diretamente não só no desempenho das tarefas no trabalho, mas, também, nos relacionamentos interpessoais que tendem à deteriorização no âmbito do trabalho, da família e em outras instâncias do convívio de cada um.

As conseqüências advindas do sofrimento patogênico desencadeado pelo trabalho, repercutem tanto na saúde física quanto na saúde psíquica do trabalhador. Entretanto, o que ocorre é a busca de estratégias de defesa para suportar o sofrimento e não se deixar abater. Há um destaque do autor enfatizando o como o indivíduo se protege, para poder "agüentar" o sofrimento sem perder a razão. As estratégias utilizadas podem ser coletivas e individuais, e contribuem para tornar aceitável o que muitas vezes não deveria sê-lo. Porém, chama atenção para o processo de cristalização que se transforma em uma cilada, insensibilizando para a percepção daquilo que faz sofrer.

Para o autor, trabalhar não é apenas ter uma tarefa para cumprir, significa também viver a experiência, enfrentar a resistência do real, construir sentido do trabalho, para a situação e para o próprio sentimento de prazer ou sofrimento.

No decorrer dos capítulos do livro, fica evidenciado que os trabalhadores, os gerentes e até a alta cúpula das empresas, ou seja, todos tendem a se defender da mesma maneira, negando o sofrimento alheio e calando o seu.

Enfim, o que Dejours debate acerca das questões que acontecem no dia-a-dia do trabalho, nas diversas áreas, pode ser transposto para o processo de trabalho da equipe de enfermagem, pois as atividades desempenhadas podem ser em parte uma construção dos próprios trabalhadores, cabendo-lhes a responsabilidade de pensá-las e ressignificá-las de modo que os conflitos, a insatisfação, o desprazer sejam equacionados e negociados revertendo em "A Banalização da Injustiça Social", da autoria de Christophe Dejours, publicado no ano de 2000, pela editora Fundação Getúlio Vargas, traduzido por Luís Alberto Monjardim.

Christophe Dejours é psiquiatra, psicanalista, professor do Conservatório Nacional de Artes e Ofícios e diretor do Laboratório de Psicologia do Trabalho da França, também autor do título consagrado "A loucura do trabalho".

O livro A Banalização da Injustiça Social, de certo modo, dá continuidade, aprofundando alguns dos aspectos assinalados pelo autor na obra anterior. Está divido em 10 capítulos e, no desenvolvimento dos mesmos, o autor analisa as graves questões econômicas que afetam direta ou indiretamente o mundo do trabalho. Apesar do contexto enfocado referir-se à França, muitos pontos relacionados ao trabalho podem ser extrapolados para outras sociedades, em particular para o Brasil.

As contribuições dessa análise são de importância ímpar para os trabalhadores, em geral, independente da categoria profissional. Muito embora o autor não se refira especificamente ao trabalho em saúde, muitas das considerações são básicas para a fundamentação de discussões acerca dos determinantes estruturais no trabalho em saúde e, particularmente, do trabalho de enfermagem. Dejours tece críticas à perspectiva de que os indivíduos somente sobreviverão no mercado se superarem a si próprios, tornando-se

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