Adm Terceiro Setor
Trabalho Universitário: Adm Terceiro Setor. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tiko206 • 5/9/2014 • 3.977 Palavras (16 Páginas) • 246 Visualizações
ADMINISTRADOR EM ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
* Vanauey Ferreira Vieira
Resumo
Mesmo com o número de desempregados relativamente estável, o número de administradores com carteira assinada, caiu de
2003 para 2006. O aumento na quantidade de cursos de administração reflete diretamente na redução das possibilidades de
empregar os administradores. Uma alternativa para esta realidade está no terceiro setor, que tem crescido consideravelmente
e movimenta os recursos equivalentes a 8% do PIB mundial. Diretamente ligado a este crescimento do setor está o
crescimento do mercado de trabalho na área, e a necessidade de profissionalizar a gestão deste novo “segmento”, o que
favorece o Administrador, por sua formação e princípios; Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar. Aliado a esta oportunidade, o
terceiro setor oferece a possibilidade de uma carreira e remuneração para o Administrador, compatível com o mercado de
trabalho de trabalho.
Introdução
Todo estudante ao se formar, quando não está atuando no mercado de trabalho, tem a preocupação de conseguir um
emprego. O profissional de Administração, não é diferente.
Recém saído da faculdade, o novo Administrador se pergunta; qual setor atuar? Onde está o mercado emergente?
Será que existe emprego?
Segundo pesquisa feita em 2006 pelo Conselho Federal de Administração (CFA), o Administrador, está alocado
principalmente nas áreas de Consultoria, Indústria e Comércio Varejista respectivamente.
Hoje, ao contrário do que se imagina, o índice de desemprego é estável, mas apesar de não apresentar modificações
significativas no que tange ao quantitativo de desocupados (pessoas que se declaram desempregados, masestão em busca
de um trabalho), segundo os Indicadores do IBGE (2007), com o mercado de trabalho concorrido, é necessária a capacitação
e o descobrimento de novas oportunidades de trabalho.
Esta realidade está refletida na pesquisa feita pelo Conselho Federal de Administração – CFA (2006), onde o número
de administradores com carteira assinada caiu de 68,09% em 2003 para 67,87% em 2006.
Segundo o CFA, o número de administradores que se declaram desempregados subiu de 4,89% em 2003 para 6,27%
em 2006.
É notório o aumento na quantidade de cursos de administração. Em 1994, existiam apenas 350 cursos em
funcionamento enquanto que no final de 2005 já haviam 2.594 cursos, com aproximadamente 600.000 alunosmatriculados.
Este aumento reflete o número de graduados no mercado de trabalho que até final do ano de 2005 formou 1.500.000 de
profissionais graduados em administração (2006).
Estes números refletem a grande concorrência a serenfrentada na profissão e o surgimento de novas Organizações
Sem Fins Lucrativos, que vêm a ser uma das saídas para empregar Administradores, visto que o Estado e o mercado já não
estão mais comportando a demanda.
É possível aliar o conhecimento e capacidade gerencial do Administrador, com a necessidade destas Organizações,
de ser gerida por um profissional apto a transformá-las produtivas e eficientes.
Como toda organização necessita de um dirigente, oAdministrador, devido à sua formação, possui todasas
atribuições para gerir este “segmento empresarial”.
Tenório (2002), afirma que as ONG’S (Organizações Não Governamentais), além de atenderem à expectativa de seus
clientes e proprietários, devem saber aproveitar damelhor forma possível os recursos que dispõe.
Segundo o autor, uma gerência comprometida é realizada através do exercício cotidiano de quatro funções gerenciais
inerentes ao Administrador; Planejamento, Organização, Direção e Controle.
Rifkin (Apud, Ioshpe 1997), em relação à falta de trabalho diz que “O setor do mercado cria capitais e empregos de
mercado, mas isso não é o suficiente. O setor de governo cria capitais e empregos de governo, mas também não é o
suficiente. Existe ainda a sociedade civil, que cria capital social e empregos”. O autor afirma que nos Estados Unidos, há 1,2
milhão de organizações sem fins lucrativos e dez por cento de sua força de trabalho está nesse setor. “ O setor de ONG’s está
crescendo mais rapidamente do que os outros dois” afirma Rifkin.
Com o crescimento das organizações sem fins lucrativos (em tamanho e em número), a possibilidade de emprego e
de carreira nessas organizações também aumenta e surgem então oportunidades para diversas categorias de profissionais.
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O Administrador tem grande possibilidade de carreira nesse tipo de organização. Devem dar atenção ao treinamento
das pessoas, além de fornecer-lhes apoio na execução de trabalhos. Eles devem também realizar projetosde curto prazo que
visem as melhorias sociais, que possam difundir o trabalho da organização garantindo a sua imagem no longo prazo. Além
disso, devem buscar uma interação positiva com o governo a fim de obter apoio na execução de projetos e o cumprimento dos
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