Administração Contemporânea E Seus Desafios

Nos dias atuais, o mais importante é que os líderes tenham em mente que são as pessoas que realizam o trabalho, não é o dinheiro e nem a tecnologia, portanto, o principal desafio dos líderes é tornar as pessoas mais produtivas. Com a globalização encurtando as distâncias entre povos e nações e com o advento da internet, estão surgindo cada vez mais, os trabalhadores do conhecimento que, americanizado, é o mesmo que knowledge workers.

Em que pese o desafio de lidar com pessoas, podemos afirmar que existem três mercados: o mercado dos produtos e serviços, o mercado do dinheiro e o mercado das pessoas, os funcionários; é preciso atender os três com a maior eficiência possível. No Brasil o mercado dos funcionários é ainda o ponto fraco da grande maioria das empresas, que não se atinaram ainda para a importância de ter seus recursos humanos bem treinados e bem direcionados para a importância de ir além da excelência no atendimento ao cliente, trazer dividendos para a empresa em que trabalham e, conseqüentemente, para si próprios.

Agora, a administração precisa funcionar exclusivamente com vista à empresa e qualquer outra coisa é menos importante, porque a empresa precisa de prosperar e ponto final.

Voltando ao que deveria ser primordial nas empresas brasileiras, mas infelizmente não é, quando começam a perder funcionários qualificados, capazes e ambiciosos, é o primeiro sinal de que as coisas estão indo de mal a pior. Portanto, é fundamental saber atrair e reter os melhores profissionais, com treinamentos constantes, com rendimentos à altura e tratando-os como parceiros.

O mais comum que temos presenciado nas empresas brasileiras é a grande maioria fazendo tudo igual e mal feito. Com isso, não crescem, não evoluem e não faturam o suficiente para pagar suas contas e, muito menos, lucram para fazer investimentos em novas ações como ampliação, modernização e treinamento do seu pessoal.

E o que fazer para mudar isso? O saudoso Peter Drucker, para quem não o conhece, foi o pai da administração, Austríaco que estudou e viveu nos EUA desde à tenra idade, diz em uma de suas últimas entrevistas antes de seu falecimento (HSM - Management, janeiro-fevereiro 2006, dada ao diretor editorial José Salibi Neto), faz várias observações e previsões e, sobre o planejamento, extraímos o seguinte trecho: "Eu começo o planejamento olhando para o que está do lado de fora, não do lado de dentro. A maioria dos planos, ao contrário, começa olhando para o que está dentro da empresa, já que pretendem apontar o que fazer. E o que constitui o lado de fora? Os dados demográficos e populacionais, os mercados, a tecnologia, a concorrência. Isso tudo está em mudança contínua.

Em seguida, faço os executivos da empresa se perguntarem: "O que é valor para nossos clientes?", "Por que eles compram de nós?". Nesse momento, aliás, sempre faço questão de embaralhar um pouco as coisas. Peço que também pensem, com todo o cuidado e seriedade, nos não-clientes. Afinal, mesmo a empresa mais dominante raramente possui mais de 30% do mercado, o que significa que 70% dos clientes potenciais não compram dela. Então, os executivos têm de se perguntar: "Por que eles não compram de nós?", "O que é valor para esses não-clientes?".

A pergunta