Agricultura Orgânica
Trabalho Escolar: Agricultura Orgânica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: maried • 6/5/2013 • 1.427 Palavras (6 Páginas) • 1.511 Visualizações
AGRICULTURA ORGÂNICA JUNHO / 2007
Laíze Aparecida Ferreira Vilela
Edivailson José de Araújo
Gustavo Costa Vilela Jean Francesco de S. Rodrigues
Introdução 4 1. Agroecologia 6 1.1 Agricultura Orgânica 7 1.2 Agricultura Natural (AN) 8 1.3 Agricultura Sustentável (AS) 8 1.4 Agricultura Biológica (AB) 8 1.5 Permacultura ou Agricultura permanente 8 1.6 Agricultura Biodinâmica (ABD) 9 1.7 Agricultura Atual ou Agricultura Convencional 9 2. Histórico 1 2.1 A Agricultura Orgânica no Mundo 1 2.2 A Agricultura Orgânica no Brasil 1 2.3 A Agricultura Orgânica em Goiás 12 3. Certificação 14 3.1 Dificuldades da Certificação 15 4. Cenário 17 4.1 Cenário Atual 17 4.2 Cenário Desejável 19 5. Ações e estratégias 21 6. Fatores Limitantes 24 7. Fatores Facilitadores 25 8.Parcerias 26 8.1 PRONAF Agroecologia 26 8.2 AAO 26 8.3 FAO 27 8.4 IBD 27 8.5 BNDES 28 8.6 Fundação Mokiti Okada 28 8.7 ABD 28 8.8 EMBRAPA Agrobiologia 28 8.9 Outras Parcerias 29
Conclusão 30 Referências Bibliográficas 31
A utilização intensiva de uma mecanização inadequada, do uso indiscriminado de agrotóxicos, corretivos e adubos químicos solúveis, somados ao monocultivo e a falta de práticas adequadas de combate à erosão, conduziram a grande maioria dos solos das lavouras a um processo de degradação de suas capacidades produtivas.
Para Neves et al (2000), a agricultura convencional é sintomática.
Sempre repõe o que falta ou combate o sintoma. E vê cada fator de produção isoladamente, sem conseguir o domínio das inter-relações existentes, nem das relações causa-efeito. Tenta-se atingir padrões ideais só que estes nunca se repetem. O modelo de agricultura convencional não preservou e, ao contrário, por vezes reduziu a capacidade produtiva dos solos.
Além disso, esse sistema não foi adequado à realidade cultural da maioria dos agricultores, os quais são vistos como mais um item de produção. Assim, no atual estágio é mais fácil abandonar este modelo do que tentar corrigi-lo, promovendo-se uma transição gradual e segura do sistema convencional para um alternativo, como a Agricultura Orgânica, que possui níveis de conhecimento e consciência mais elevados.
A agricultura orgânica, nos últimos anos, vem ganhando grande importância no cenário agrícola nacional e internacional, porém, no Brasil, ainda, representa cerca de 1% da produção.
A produção orgânica está presente em todo o mundo e cresce rapidamente. Na Europa, existem 3,5 milhões de hectares em produção orgânica certificada. Na Alemanha, são 8.0 produtores orgânicos que ocupam cerca de 2% da área total cultivada. Na Itália, há 18.0 e na Áustria outros 20.0, que representam quase 10% do total produzido pela agricultura. Na América do Norte, aproximadamente 1,1 milhões de hectares estão em produção orgânica certificada, com 12.500 produtores somente nos Estados Unidos, o que permitiu, de 1992 a 1997, dobrar a área dessa produção. Em 1999 a venda dos produtos orgânicos gerou US$ 6 bilhões em lucro. Na Califórnia, esses produtos constituem um dos segmentos da economia agrícola que mais cresce, com incremento anual nas vendas de 20 a 25%, nos últimos seis anos (ALTIERI &NICHOLLS, 2007).
A agricultura orgânica refere-se a um sistema de produção cujo objetivo é manter a produtividade agrícola, evitando ou reduzindo significativamente o uso de fertilizantes sintéticos e pesticidas. A filosofia original que guiou este tipo de agricultura enfatizava o uso de recursos disponíveis ou próximos da propriedade agrícola (MAZZOLENI & NOGUEIRA, 2006).
1. AGROECOLOGIA
A Agroecologia é uma nova abordagem da agricultura que integra diversos aspectos agronômicos, ecológicos e socioeconômicos, na avaliação dos efeitos das técnicas agrícolas sobre a produção de alimentos e na sociedade como um todo.
Agroecologia representa um conjunto de técnicas e conceitos que surgiu em meados dos anos 90 e visa a produção de alimentos mais saudáveis e naturais. Tem como princípio básico o uso racional dos recursos naturais (AMBIENTE BRASIL, 2007).
Na agroecologia a agricultura é vista como um sistema vivo e complexo, inserida na natureza rica em diversidade, vários tipos de plantas, animais, microorganismos, minerais e infinitas formas de relação entre estes e outros habitantes do planeta Terra.
A Agroecologia também é definida como a produção, cultivo de alimentos de forma natural, sem a utilização de agrotóxicos e adubos químicos solúveis e divide-se em seis ramos principais:
Agricultura Orgânica; Agricultura Natural; Agricultura Sustentável; Agricultura Biológica; Permacultura;
Agricultura Biodinâmica.
O modelo de agricultura utilizado atualmente, na maior parte dos sistemas de cultivo, é bem diferente dos conceitos empregados na Agroecologia. Esse modelo é chamado de Agricultura Atual ou Agricultura Convencional. Este sistema de cultivo, no entanto, está sendo deixado de lado gradativamente, principalmente nas áreas de olericultura e fruticultura.
De acordo com documentos publicados pela FAO, a Agroecologia, especialmente a Agricultura Orgânica, pode ser um dos poucos caminhos para se alcançar à segurança alimentar.
Esses diversos sistemas de cultivo serão melhor discutidos nos itens que se seguem.
1.1 AGRICULTURA ORGÂNICA
Agricultura orgânica é o sistema de manejo sustentável da unidade de produção com enfoque sistêmico que privilegia a preservação ambiental, a agrobiodiversidade, os ciclos biológicos e a qualidade de vida do homem. Dentre os princípios da agricultura orgânica podemos destacar o melhor aproveitamento dos recursos naturais renováveis, conservação dos recursos não renováveis, minimização da dependência de energias não renováveis, além da não utilização de fertilizantes de alta solubilidade, agrotóxicos, antibióticos, hormônios, aditivos artificiais, organismos geneticamente modificados e radiações ionizantes.
A agricultura Orgânica ficou conhecida nos EUA como Agricultura
Regenerativa ligada aos trabalhos de Robert Rodale, em 1983.
De acordo com
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