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Qualidade De Vida Na Agricultura De Subsistencia

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Por:   •  19/3/2013  •  4.453 Palavras (18 Páginas)  •  1.455 Visualizações

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UNIVERSIDADE POTIGUAR – UNP

PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E PESQUISA

ESCOLAS DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS EXATAS

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA NO TRABALHO

EDVAGNO MENDES DE SOUSA

JOSÉ CASSIANO NETO

QUALIDADE DE VIDA NA AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA

(AGRICULTURA FAMILIAR)

MOSSORÓ/RN

2012

EDVAGNO MENDES DE SOUSA

JOSÉ CASSIANO NETO

QUALIDADE DE VIDA NA AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA

(AGRICULTURA FAMILIAR)

Artigo apresentado a Universidade Poti-guar - UnP como parte dos requisitos para obtenção de nota da disciplina Projeto In-terdisciplinar III.

ORIENTADOR(A): Profª. MS. Erica Louise

MOSSORÓ-RN

2012

RESUMO

Nos últimos anos, os países têm intensificado a procura para melhorar seu desem-penho e com isso melhorar as condições de vida da população em geral. Nesse contexto a agricultura familiar como forma de produção sustentável vem sendo intensamente estudada, impulsionada pela discussão corrente sobre desenvolvimento sustentável, como instrumento de renda no meio rural. Dentro desse enfoque a presente pesquisa teve por objetivo estudar a qualidade de vida da agricultura familiar em propriedades do município de Upanema e Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte, em 2012. Os dados utilizados foram oriundos da aplicação de entrevistas. A amostra pesquisada foi de 60 produtores, abrangendo 30 propriedades realizadas nos meses de Setembro e Outubro de 2012.

PALAVRAS-CHAVE: Agricultura familiar; Qualidade de Vida.

INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas os países de um modo geral têm se empenhando em promover o desenvolvimento econômico. Independentemente da posição que ocu-pam, a partir da percepção do paradigma entre crescimento e desenvolvimento eco-nômico, uma nova ordem passou a imperar não mais sustentada no crescimento do Produto Interno Bruto ou da renda nacional per capita, mas na alocação desses re-cursos nos diversos setores socioeconômico, político, cultural entre outros, que ga-rantam a promoção de melhores condições de vida para a população como um todo.

No Brasil, o processo de desenvolvimento assentado na “modernização da agricultura” ocorrido a partir da década de sessenta com o intuito de promover a melhoria das condições de vida dos trabalhadores rurais, apesar de ter conseguido ótimos resultados em termos de aumento da produção total e da produtividade agrícola não alterou a estrutura fundiária e nem tão pouco a distribuição de renda, o que contribuiu para aumentar a miséria no meio rural. (PALMEIRA, LEITE, 2002).

Os mesmos autores afirmam que as contradições advindas desse processo acentu-aram o êxodo rural, ampliaram a exploração da força de trabalho nas atividades agrícolas, intensificaram a superexploração nas pequenas propriedades, promove-ram a concentração agroindustrial, incentivaram o uso de tecnologias que degrada-ram o meio ambiente, afetam a saúde dos trabalhadores e não conseguiram garantir a qualidade de vida, privando os produtores e suas famílias do acesso a serviços essenciais (DESER, 1997).

Tavares (1996), afirma que as transformações ocorridas a partir deste contexto no campo brasileiro, aliadas à consolidação do processo político-ideológico inviabiliza-ram o modelo de reforma agrária concebido nos anos sessenta e setenta, dentro da concepção “reformista”, que destacava a “ruptura do processo político tradicional (democratização), a redistribuição da riqueza e da renda (justiça social) e a formação do mercado interno (industrialização)”, redefinindo a reforma agrária como um “instrumento de política de terras”.

Nesse contexto evidencia-se que todas as iniciativas implementadas para a promo-ção do desenvolvimento rural têm beneficiado a agricultura patronal em detrimento da agricultura familiar. Todavia, a estagnação do modelo desenvolvimentista com ênfase no crescimento contínuo do produto nacional em termos globais per capita, demonstra claramente a sua insustentabilidade, face às distorções econômicas, so-ciais, culturais e ambientais por este produzidas.

O debate sobre a importância da agricultura familiar como forma de produção sus-tentável vem ganhando especial atenção nos últimos anos, impulsionado pela dis-cussão corrente sobre desenvolvimento sustentável, geração de emprego e renda, segurança alimentar e desenvolvimento local. A elevação do número de agricultores assentados pela reforma agrária e a criação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF refletem e ampliam os rumos dessa sustentabilidade na sociedade como um todo (GUANZIROLI; CARDIM, 2001).

Para Guanziroli (1996 apud CARMO, 2000), a agricultura familiar é aquela em que a gestão, a unidade produtiva e os investimentos nela realizados são feitos por indiví-duos que mantêm entre si laços de consanguinidade ou de casamento e onde a maior parte do trabalho é fornecida pelos membros da família.

A nova concepção de desenvolvimento sustentável traz em si alterações fundamen-tais que enfatizam a ênfase na melhoria da qualidade de vida, consumo real, dimi-nuição dos níveis de pobreza, desemprego e desigualdade, elevação das condições de saúde, educação, moradia etc.

Assim, esse artigo se propõe a estudar a sustentabilidade da agricultura familiar nas propriedades

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