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Agricultura Familia

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Por:   •  29/4/2013  •  8.647 Palavras (35 Páginas)  •  1.024 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 9

2 COOPERATIVISMO 10

2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO 10

2.2 COOPERATIVCA E DESENVOLVIMENTO LOCAL 14

2.3 COOPERATIVISMO E AGRICULTURA FAMILIAR 20

2.3.1 Cooperativismo e Pequenas Associações 21

2.4 AGRICULTURA FAMILIAR E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 26

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 33

REFERÊNCIAS 34

1 INTRODUÇÃO

A agricultura familiar tem grande importância no abastecimento e segurança alimentar no mundo, no entanto, esse segmento vem sendo constantemente desafiado a dar respostas cada vez mais rápidas frente ao processo de globalização.

No Brasil, se concentra um contingente de agricultores familiares, totalizando 39% dos indivíduos ocupados na agricultura brasileira. Impulsionados pela globalização dos mercados, vive-se uma competitividade cada vez mais acirrada entre as organizações para disputa por espaços dentro dos mercados em que atuam. Diante desse contexto, a união de forças, por meio de associações e cooperativas, se estabelece uma prerrogativa para a sustentabilidade da unidade produtiva e do negócio (PIRES, 2003).

No âmbito da agricultura familiar, a criação de associações e cooperativas vem sendo destacada pela literatura como um canal importante de produção, organização de produção, agregação de valor e de comercialização da produção (PIRES, 2003).

Neste sentido, o cooperativismo tornando-se uma alternativa vantajosa para os agricultores familiares, propiciando-lhes sua inserção nos mercados locais e globais, ampliando a sua possibilidade de enfrentamento da concorrência da agricultura empresarial ou patronal.

Fundamentando-se no cooperativismo e agricultura familiar, a presente monografia tem por objetivo mostrar a importância do cooperativismo agropecuário no âmbito da agricultura familiar, impulsionando o desenvolvimento local e a inclusão social.

Para a realização desse estudo utilizou-se como metodologia a chamada pesquisa de revisão de literatura, que consiste basicamente em um levantamento de informações por meio de pesquisa bibliográfica de estudos já desenvolvidos, do movimento cooperativista, bem como sua inter-relação com a produção familiar.

2 COOPERATIVISMO

2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

Conforme Ferreira (2009), o surgimento das cooperativas ocorreu há cerca de 150 anos na Inglaterra, por meio de um processo, no qual algumas pessoas, de recursos escassos, se reuniram e associaram, sem intuito especulativo de lucro, apenas com o propósito de por meios coletivos, satisfazer suas necessidades vitais, melhor do que o pudessem por seus meios individuais.

O cooperativismo é compreendido como atividade que nasceu para defender os trabalhadores diante das precariedades das relações de trabalho advindas do modo de produção capitalista. Assim, o cooperativismo deve ser visto como um movimento social, no final do século XVIII e início do século XIX, período marcado pelos conflitos trabalhistas entre capital e trabalho, provocado pelas péssimas condições de trabalho que despertou na classe operária a necessidade de se organizar de forma associativa, em contrapartida as imposições do mercado de trabalho do modo de produção capitalista (RIBEIRO; SILVA, 2008).

Segundo Batista (2009) o cooperativismo é uma associação voluntária de pessoas, visando atingir objetivos em comum que são propostos em sua constituição estatutária. Um dos objetivos importantes seria o desenvolvimento socioeconômico da comunidade, “usando o fator econômico para alcançar fins sociais” como cita o autor abaixo, muitos produtores, micro e pequenos empresários entre outros não evoluem os seus negócios devido a falta de recursos financeiros, tecnológicos ou até mesmo pela inexistência de informações. Sendo que com a ajuda mútua fica mais fácil atingir os objetivos do grupo, com a contribuição do cooperativismo.

Porém, na Idade Média, já se tinha conhecimento que a sociedade era formada por ordens e corporações que tinham suas próprias administrações, regras e jurisdições, tinham inclusive seus próprios estatutos jurídicos. (CARVALHO, 2004)

No final do século XI, a Europa Ocidental deixou para trás a estrutura feudal e agrária arcaica que caracteriza a alta Idade. A sociedade da Idade Média tardiamente lutavam para obter uma parcela do poder através de um sistema representativo dos “estados”, não era mais que uma fase transitória na evolução do Estado, tal como aconteceu com a independência política das grandes cidades na época (CARVALHO, 2004).

Segundo Pessoa (2004) a emergência de autoridades nacionais deu-se à custa do império e impediu as tentativas germânicas de restaurar o poder universal do Império Romano. Esse mesmo desenvolvimento significou também a diminuição do poder dos senhores feudais enquanto o governo central afirmava-se e fortalecia-se.

Assim, conforme Pessoa (2004) a organização da Igreja seguiu uma tendência centralizadora semelhante. Aqui o poder estava concentrado num nível supranacional e permitiu que uma Igreja burocrática e hierarquizada tomasse forma sob a direção do papado.

Essa circunstância, alinhada à perseguição estatal que se fazia presente, ocasionou, na prática, o desaparecimento das cooperativas, o que foi registrado até finais da década de 30 do século XIX.

Em virtude dessas contribuições em termos práticos, o movimento cooperativo só foi iniciado em 1844, usando as idéias de Owen, na pequena cidade industrial de Rochdale, nas proximidades de Manchester, na Inglaterra, 27 homens e 1 mulher em meio a uma crise econômica, onde o trabalho manual era substituído pelas máquinas, principalmente de tecelagem, se organizaram, e durante um ano conseguiram economizar 28 libras esterlinas. Em dezembro de 1844 constituíram a primeira cooperativa em Rochdale (SANTOS, 2006).

Portanto, o sistema cooperativista atual tem suas raízes históricas na Inglaterra, no período da Revolução Industrial, com a cooperativa de consumo de Rochdale (1844). Desde então, inúmeras experiências de organização social em cooperativas têm surgido no mundo todo, com atuação em diversos ramos da economia:

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