Alfabetização e alfabetização: muitos aspectos
Seminário: Alfabetização e alfabetização: muitos aspectos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Geesousa • 29/8/2014 • Seminário • 365 Palavras (2 Páginas) • 267 Visualizações
Letramento e Alfabetização: as muitas facetas
Capa do livro Alfabetização e Letramento
Capa do livro Alfabetização e Letramento
Autora: Magda Becker Soares
Professora titular emérita da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e autora de diversos livros sobre o ensino de Português
Onde encontrar: Scielo
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RESENHA
Letramento é um termo cada vez mais corrente no Brasil. Mas em que difere de alfabetização? Nesse artigo, a professora Magda Soares defende que, embora sejam conceitos diferentes, letramento e alfabetização são dois processos que devem ser trabalhados simultaneamente na escola.
Primeiramente, a autora explica que esses dois conceitos apresentam diferenças fundamentais, pois estão relacionados com concepções distintas de ensino de língua.
Letramento aparece sempre ligado à compreensão de leitura e escrita como práticas sociais, que privilegia a visão de língua que usamos a todo instante quando nos comunicamos. Alfabetização está ligada à concepção de escrita como sistema ordenado pelas regras gramaticais, ou mesmo de escrita como código, que é preciso decifrar.
A autora afirma que, no Brasil, há um progressivo uso do conceito de letramento para denominar os processos que levam as pessoas a terem um domínio adequado da leitura e da escrita. Como exemplo, ela cita as matérias publicadas na mídia, nas quais se considera que ser alfabetizado é mais do que saber ler e escrever um simples bilhete, condição que até algum tempo tida como satisfatória para tirar uma pessoa da lista dos analfabetos.
Apesar de considerar essas diferenças, a autora defende a indissociabilidade de alfabetização e letramento. Ou seja, a escola deve trabalhar com os dois processos simultaneamente para evitar o fracasso escolar. Não basta apenas alfabetizar, isto é, ensinar os aspectos da língua como código, também é preciso trabalhar a língua em seus usos sociais.
Ela explica que, anteriormente, o fracasso escolar estava relacionado ao fato de a escola privilegiar apenas o processo de alfabetização. O ensino de língua tinha como base a relação entre o sistema fonológico e o gráfico, ou seja, entre os sons que pronunciamos e as letras que usamos para registrar esses sons.
Por outro lado, atualmente, muitas vezes o ensino da língua como sistema fonológico e gráfico é deixado de lado, causando da mesma forma o fracasso escolar, ainda que por motivos diferentes.
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