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Ambientes De Negocios No Brasil

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Por:   •  14/5/2014  •  3.714 Palavras (15 Páginas)  •  278 Visualizações

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AMBIENTES DOS NEGÓCIOS NO BRASIL

Trabalho de Ciências Contábeis apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de administração.

Orientador: Tutora Fernanda

Sete Lagoas, 16 de Abril de 2014.

INTRODUÇÃO

O Brasil tem um mercado potencial enorme e um conjunto de empresas, empresários e pessoas dinâmicas, porém tem leis e procedimentos complicados e não facilita a operação das empresas. Os pontos fortes estão sendo barrados pelo ambiente de negócios ruim, avalia Michael Klein, vice-presidente do Banco Mundial (Exame, São Paulo: Abril, n. 855, 09 nov. 2005, p. 134). b Os dois grandes desafios do Brasil são: 1) completar o ajuste macroeconômico (a dívida pública e os juros são muito altos); 2) melhorar o ambiente de negócios por meio das reformas microeconômicas.

Se vencer nas duas frentes, a reação será rápida. O País poderá crescer tanto quanto a China. No mundo todo, a era das reformas macroeconômicas já passou. A inflação foi contida e os governos passaram a gastar com mais responsabilidade. Agora vem a batalha da microeconomia, a fim de facilitar à vida de quem quer fazer negócios, como a redução da burocracia para abrir ou fechar empresas, pagar impostos, exportar. As regras devem ser o mais simples possível. A melhoria do ambiente de negócios permite o surgimento de novas empresas e empregos; facilita o fechamento de indústrias com fraco desempenho (esse fechamento faz crescer a produtividade da economia); quem está no setor informal é estimulado a transitar para o formal, no qual os direitos são respeitados, há proteção social e acesso ao crédito. Traduzida no fundo pelo império da lei, a melhoria do ambiente de negócios ajuda a combater a pobreza.

DESENVOLVIMENTO

O dinamismo de uma sociedade está em sua capacidade de gerar emprego e renda. O Brasil de hoje conseguiu gerar emprego e renda a partir de uma gestão inteligente da inflação, dos fundamentos fiscais, dos programas sociais e da maior oferta de crédito. A desigualdade caiu, assim como a taxa de desemprego.

Porém, a essa altura do campeonato, o modelo brasileiro começa a demonstrar exaustão. Não que tenhamos de trocar o modelo do consumo por outro. O Brasil tem um problema grande de oferta. Nosso consumo aumentou; a oferta, não. O descolamento entre a oferta e o consumo nos leva a importar o que poderíamos fazer por aqui. Assim, temos uma situação paradoxal. O mercado quer consumir e pode consumir. Entretanto, o empresário que pode ofertar não quer investir. Prefere importar ou não oferecer. Ou, ainda, investir apenas onde tem certeza de obter elevados retornos ou onde conheça muito bem. Aparentemente, o atual governo insiste em tratar a questão pelo lado público, sempre com um viés intervencionista. Demorou a adaptar as regras das concessões de rodovias, portos e aeroportos.

Insiste em manter uma carga tributária alta e nada faz para que o ambiente de negócios no país seja o melhor possível. Não mantém um diálogo regular com os empresários, nem procura saber o que eles pensam sobre como podemos crescer mais e melhor.

A oposição, por seu lado, pouco trata da questão. Prefere esperar os erros do governo a criar um discurso inteligente. Ter mais empresas dando emprego e renda é do que precisamos. A resposta para os desafios do Brasil hoje está na melhoria do ambiente de negócios. Melhorando o ambiente para investir, teremos condição de manter a atual situação de pleno emprego e geraremos crescimento, renda e arrecadação. Nossa economia crescerá a níveis mais próximos dos demais países dos Brics. A pobreza e a desigualdade continuarão a cair.

Apontar os defeitos do atual modelo brasileiro é fácil. Porém, também não é difícil dar respostas Temos um roteiro pronto que indica o caminho certo: fazer com que o Brasil ganhe posições no ranking Doing Business do Banco Mundial.

No atual relatório do Doing Business, o Brasil amarga uma colocação pífia: 116º lugar. Evidentemente, não se pode considerar que o relatório é absolutamente preciso. No entanto, ele revela percepções sérias sobre temas relevantes, como obtenção de alvarás de construção, propriedade industriais e patentes, sistema tributário, proteção a contratos, entre outros itens.

Ao governo, bastaria olhar o relatório com atenção e traçar uma meta para, em alguns anos, ganharmos muitas posições no ranking do Banco Mundial. Bastaria ter vontade política e um mínimo de competência.

Devemos urgentemente simplificar nosso sistema tributário. O governo federal deve agir unilateralmente e deixar os governos estaduais agirem. Devemos reativar o programa nacional de desburocratização e impor prazos e penas para as respostas da administração pública. Alvarás não podem demorar tanto para sair, como acontece hoje em Brasília. O sistema de patentes deve ser robustecido. Os programas de inovação, pesquisa e desenvolvimento devem ser vitalizados.

Ao melhorar o clima para investimentos privados no país, teremos nosso desenvolvimento baseado no consumo, nos investimentos em infra estrutura e na ampliação dos negócios privados.

Não dependeremos apenas do governo para crescer.

AS MUDANÇAS POLÍTICAS E ECONÔMICAS

O governo comprou a idéia de que há excesso de demanda que tem que ser combatido através de redução das despesas para gerar forte superávit primário (receitas menos despesas, exclusive juros). Afirma que é necessário reduzir a despesa de custeio para expandir o investimento e abrir caminho para a redução dos juros básicos. Ora, o que está elevando a despesa são principalmente os juros. Sua redução dependa da redução da Selic, abrindo espaço para elevar investimentos e programas de distribuição de renda, que é o que mais interessa em termos de desenvolvimento econômico e social.

Nada mais desgastante na política e na economia do que a inflação, mais até do que o desemprego, pois atinge a todos, especialmente os de renda média e baixa. É por essa razão que os governos a elegem como prioridade absoluta na formulação e implementação da política econômica.

Além disso, a própria inflação acaba por criar o desemprego, com certa defasagem,

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