Analise Do Documentario Uma Guerra Particular
Dissertações: Analise Do Documentario Uma Guerra Particular. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Deniselima • 20/2/2014 • 530 Palavras (3 Páginas) • 469 Visualizações
É de suma importância expor que o tráfico de drogas é um problema nacional, podendo dizer também mundial, ocorrendo não apenas no Rio de Janeiro. Observa-se que a vida no tráfico é um ciclo vicioso. A falta de oportunidade, somada à chance de ganhar dinheiro, resulta muitas vezes na entrada em uma facção criminosa. A atração começa já na infância, quando as crianças ficam seduzidas pelos bens materiais e pelo poder dos traficantes nas favelas.
Observa-se que na ausência de governo, a facção é o maior poder dentro das favelas. Cabe a ela não só resolver disputas e punir crimes, mas também providenciar as necessidades da vida cotidiana. A facção seduz a população para dentro do tráfico, oferece favores à comunidade. Os moradores acabam recorrendo aos traficantes para ajudar a solucionar problemas graves.
Percebe-se porém que com o passar do tempo o tráfico também se tornou mais perigoso. As facções criminosas hoje possuem um grande armamento. Elas estão cada vez mais violentas, e a rivalidade entre elas vem ocasionando guerras constantes. A luta pelo poder e o domínio do território tem feito muitas vítimas em um cenário de horror que apavora os moradores.
A população da comunidade vive com medo da violência, das normas de poder impostas, das balas perdidas e dos tiroteios constantes. As regras do tráfico fazem com que os moradores mudem sua rotina. São regras essenciais para a sobrevivência nas comunidades comandadas por facções criminosas.
É importante expor que é uma utopia imaginarmos que a polícia vencerá a guerra contra o tráfico. Basta olharmos para os americanos que investem US$ 10 bilhões anuais para manter o mais organizado aparato policial de repressão que se tem notícia: são os maiores consumidores de drogas ilícitas do mundo.
Outro ponto bastante discutido é sobre a legalização da maconha, observa-se que nos países onde houve maior tolerância com a maconha, seu consumo aumentou em razão da queda no preço do produto, porque a lei da oferta garante sobrevivência perene ao tráfico. A mais ferrenha repressão policial tem o poder de aumentar o preço da droga no mercado e, com isso, talvez diminuir o consumo, jamais o de acabar com ele.
Assim, manter o consumo proibido ainda pode ser a solução mais adequada à nossa realidade social e econômica, além de ser condizente com o sentimento da maioria. Conclui-se, dessa forma, que, segundo os juízes e promotores com atuação nas varas e promotorias de entorpecentes do Distrito Federal, a solução do problema das drogas virá das pesquisas médicas e da prevenção, enquanto a descriminalização poderia gerar problemas muito mais sérios, como uma epidemia de consumo, o que não é desejável.
Enfim, tornar legal o uso da maconha seria no mínimo um grande problema para toda a sociedade, pois os efeitos reais sobre os jovens são inevitáveis, aumentando o consumo de maconha, aumentará também a evasão escolar por confusão mental, diminuição da memória e rebaixamento da inteligência, aumentará também os índices de depressão e esquizofrenia. É de suma importante frisar, ainda que ocorrendo a efetivação da descriminalização, o sistema público de saúde seria o órgão responsável para atender os dependentes químicos e a saúde pública entraria em um caos pior do que já se encontra.
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