Notícias De Uma Guerra Particular
Exames: Notícias De Uma Guerra Particular. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Amora013 • 2/6/2014 • 1.106 Palavras (5 Páginas) • 494 Visualizações
Título Original: Notícias de uma Guerra Particular
Gênero: Documentária Duração: 57 minutos Lançamento: 1999
Direção: João Moreira Salles, Kátia Lund
Roteiro: João Moreira Salles, Kátia Lund
Produção: Raquel Zangrande Produtora: Videofilmes
Fotografia: Walter Carvalho Música: Antônio Pinto Montagem: Flávio Nunes
NOTÍCIAS DE UMA GUERRA PARTICULAR
O documentário aborda a realidade candente da vida do morro carioca. Nessa presente relação são apresentados divergentes pontos de vista entre os agentes policiais, os traficantes e a comunidade. A ideia do produtor é deixar claro o que acontece na realidade de cada um e como as barreiras são enfrentadas, não dando razão a nenhum dos lados abordados, mas expondo como cada um faz parte da sociedade em que vivemos e como cada um contribui com o Estado ao qual está inserido.
Essa produção foi desenvolvida através de uma pesquisa que se iniciou em 1997 e perdurou até o ano de 1998, tendo em vista que quem governava o Brasil na época era o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O salário mínimo era pouco mais de cem reais e o número de desemprego era crescente.
Logo no início é feita, uma explanação sobre o tráfico de drogas, as afirmativas são de que somente na década de oitenta o números de homicídios aumentou muito devido ao tráfico de drogas. Foi o momento em que a droga se democratizava, não apenas a classe alta fazia uso dela, a classe média baixa também tinha acesso aos entorpecentes, o que causou uma comercialização da droga, que saía do campo da maconha e chegava ao campo da cocaína. Apesar de a favela não ser o único polo comercial de droga, é lá que há uma repressão maior por parte da polícia.
O capitão do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais), afirma que gosta do que faz, as suas emoções oscilam entre prazer, satisfação e medo.
O traficante, por sua vez diz que fez o que tinha que fazer, não se arrepende de participar do tráfico. Ele não deseja sofrimento e nem dor pra ninguém, todas as suas ações são reflexos dos traumas que passou durante a sua infância, tudo o que deseja é assegurar uma vida melhor para sua família, segundo ele. O tráfico de tóxicos é um negócio lucrativo, bem mais rentável do que trabalhar pra receber um salário mínimo.
Como representantes da comunidade, duas famílias são entrevistadas, a primeira senhora, é casada, tem filhos e acorda de madrugada para entregar jornais, sua função empregatícia. Ela trabalha muito, dorme poucas horas por dia, faz isso para garantir uma boa educação dos filhos, para evitar que eles entrem para o mundo do tráfico, assim, eles terão um bom futuro. Outra moradora, afirma que a abordagem da policia sempre foi agressiva, mesmo antes da eclosão do tráfico de drogas, o que fez essa agressividade ser reduzida, de certa forma foi à inserção do uso de armas na favela.
Com isso os policiais tem mais cautela, por medo de morrer, ou de se ferir.
Na favela os traficantes que defendem a população, eles que fazem o auxílio financeiro de alguns moradores que vivem apenas do salário mínimo. As contribuições vão das mais básicas, como cigarros e botijões de gás, para as mais supérfluas como o cigarro. O que se torna uma troca de favores, um precisa do outro simultaneamente.
Com a democratização da cocaína, o interesse de conseguir dinheiro Para consegui-la só aumenta. Aumentaram também, os índices de roubos, furtos e sequestros. O embate gerado por policiais e moradores de favelas sempre existiu, alguns deles chegavam ao fim com a morte de um morador, geralmente. Com o trafico, o índice de mortes geradas por esses combates aumentou de uma forma significante, a diferença é que antes, quando um morador da favela morria, não era notícia, era tratado até como algo que não tivesse acontecido.
Essa divulgação da morte de traficantes ou de algum policial, que
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