Analise Micro Economia
Exames: Analise Micro Economia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: alineseewald • 8/9/2013 • 1.476 Palavras (6 Páginas) • 1.038 Visualizações
ECONOMIA I ou ANÁLISE MICROECONOMICA
São o ramo da ciência econômica voltado ao estudo do comportamento das unidades de consumo (indivíduos/famílias) ao estudo das empresas, suas respectivas produções e custos, e ao estudo da geração de preços dos diversos bens, serviços e fatores de produção.
A Análise Microeconômica, ou simplesmente microeconomia ou ainda Teoria dos Preços analisa a formação de preços no mercado, ou seja, como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual o preço e a quantidade de um determinado bem ou serviço em mercados específicos.
Mercado: é, pois um grupo de compradores e vendedores que por meio de suas reais ou potenciais interações, determinam o preço de um produto ou de um conjunto de produtos.
Assim, enquanto a análise macroeconômica enfoca o comportamento da Economia como um todo, considerando variáveis globais como consumo agregado, renda nacional e investimentos globais, a análise microeconômica preocupa-se com a formação de preços de bens e serviços (soja, automóveis) e de fatores de produção (salários, aluguéis, lucros) em mercador específicos.
A Teoria Microeconômica não deve ser confundida com economia de empresas, pois tem enfoque distinto. A Microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da demanda na formação do preço no mercado, isto é, o preço sendo obtido pela interação do conjunto de consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um dado bem ou serviço. Do ponto de vista da economia de empresas, onde se estuda uma empresa específica, prevalece a visão contábil-financeira na formação do preço de venda de seu produto, baseada principalmente nos custos de produção, enquanto na Microeconomia prevalece a visão do mercado.
A abordagem econômica se diferencia da contábil mesmo quando são abordados os custos de produção, pois o economista analisa não só os custos efetivamente incorridos, mas também aqueles decorrentes das oportunidades sacrificadas, ou seja, dos custos de oportunidades ou implícitos. Como detalharemos mais tarde, os custos de produção do ponto de vista econômico não são apenas os gastos ou desembolsos financeiros incorridos pela empresa (custos explícitos), mas também quanto às empresas gastariam se tivessem de alugar ou comprar no mercado os insumos que são de sua propriedade (custos implícitos).
Os agentes da demanda – os consumidores – são aqueles que se dirigem ao mercado com o intuito de adquirir um conjunto de bens e serviços que lhes maximizem sua função
utilidade. No direito utilizou-se a conceituação econômica para se definir consumidor: pessoa natural ou jurídica que no mercado adquire bens ou contrata serviços como destinatário final, visando atender a uma necessidade própria. Deve-se salientar que o Código Brasileiro de Defesa do Consumidor considera o consumidor como hiposuficiente, uma vez que entre fornecedor e consumidor a um desequilíbrio que favorece o primeiro.
A conceituação de empresa, entretanto, possui duas visões: a econômica e a jurídica. Do ponto de vista econômico, empresa ou estabelecimento comercial é a combinação, pelo empresário, dos fatores de produção: capital, trabalho, terra e tecnologia, de tal modo organizado para se obter o maior volume possível de produção ou de serviços ao menor custo.
Na doutrina jurídica reconhece-se o estabelecimento como uma universalidade de direito, incluindo-se na atividade econômica um complexo de relações jurídicas entre o empresário e a empresa. O empresário é, assim, o sujeito da atividade econômica, e o objeto é constituído pelo estabelecimento, que é o complexo de bens corpóreos e incorpóreos utilizados para o processo de produção. A empresa, nesse contexto, é o complexo de relações jurídicas que unem o sujeito ao objeto da atividade econômica.
2 PRESSUPOSTOS BÁSICOS DA ANÁLISE MICROECONÔMICA
2.1 A Hipótese “Coeteris Paribus”
Para analisar um mercado específico, a Microeconomia se vale da hipótese de que “TUDO O MAIS PERMANECE CONSTANTE” (em latim, coeteris paribus). O foco de estudo é dirigido apenas àquele mercado, analisando-se o papel que a oferta e a demanda nele exercem, supondo que outras variáveis interfiram muito pouco, ou que não interfiram de maneira absoluta.
Adotando-se essa hipótese, torna-se possível o estudo de um determinado mercado selecionando-se apenas as variáveis que influenciam os agentes econômicos – consumidores e produtores – nesse particular mercado, independentemente de outros fatores, que estão em outros mercados, poderem influenciá-los. Sabemos, por exemplo, que a procura de uma mercadoria é normalmente mais afetada por seu preço e pela renda dos consumidores. Para analisar o feito do preço sobre a procura, supomos que a renda permaneça constante (coeteris paribus); da mesma forma, para avaliar a relação entre a procura e a renda dos consumidores, supomos que o preço da mercadoria não varie. Temos, assim, o efeito “puro” ou “líquido” de cada uma dessas variáveis sobre a procura.
2.2 Papéis dos Preços Relativos
Na análise microeconômica, são mais relevantes os preços relativos, isto é, os preços de um bem em relação aos demais, do que os preços absolutos (isolados) das mercadorias.
Por exemplo, se o preço do guaraná cair em 10%, mas também o preço da soda cair em 10%, nada deve acontecer com a demanda (procura) dos dois bens (supondo que as demais variáveis permaneceram constantes). Agora, tudo o mais permanecendo constante, se apenas cair o preço do guaraná, permanecendo inalterado o preço da soda, deve-se esperar um aumento na quantidade procurada de guaraná, e uma queda na de soda. Embora não tenha havido alteração no preço absoluto da soda, seu preço relativo aumentou, quando comparado como do guaraná.
2.3 Objetivos da Empresa
A grande questão na Microeconomia, que inclusive é a origem das diferentes correntes de abordagem, reside na hipótese adotada quanto aos objetivos da empresa produtora de bens e serviços.
A análise tradicional supõe o Princípio da Racionalidade, segundo o qual o empresário sempre busca a maximização do lucro total, otimizando a utilização dos recursos de que dispõe. Essa corrente enfatiza conceitos como receita marginal, custo marginal e produtividade marginal em lugar de conceitos de média (receita média, custo médio e produtividade média), daí ser chamada de marginalista. Como veremos, a maximização do lucro da empresa ocorre quando
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