Antecedentes históricos da administração
Tese: Antecedentes históricos da administração. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: chaline80 • 22/4/2014 • Tese • 4.422 Palavras (18 Páginas) • 207 Visualizações
DESENVOVIMENTO
1 - Antecedente Histórico da Administração
Segundo Chiavenato (1999), a administração pode ser definida como o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos organizacionais.
O desenvolvimento de conhecimentos sobre a Administração foi decorrendo de forma lenta até ao séc. XIX. No início do século XX, este corpo de conhecimentos aumentou significativamente, fruto da influência de inúmeros autores e organizações. A Administração teve a influência de vários filósofos, como Sócrates e Aristóteles, assim como dos físicos, Newton e Descartes. A organização eclesiástica assim como a militar, e os economistas clássicos liberais, também tiveram uma grande importância no desenvolvimento da administração. Contudo, a grande reviravolta ocorreu com a Revolução Industrial que provocou várias mudanças a nível econômico, social, politico, industrial e tecnológico. Ocorreu a substituição das oficinas artesanais pelas fábricas e a transferência do centro dos negócios da agricultura para a indústria. Estas mudanças vieram trazer novas exigências em termos de eficácia e eficiência ao nível das organizações e contribuíram para o desenvolvimento da teoria administrativa. Frederick W. Taylor em 1903 escreveu o primeiro livro sobre a administração, pelo que foi considerado o “pai da administração científica”. Seguiram o seu exemplo, vários outros autores que começaram a usar os seus métodos e a criar outros, na tentativa de aumentar a eficiência na indústria.
O desenvolvimento da teoria administrativa ao longo ao século XX ocorreu através de três etapas: a era industrial clássica, a era industrial neoclássica e a era da informação. Numa breve abordagem, a era industrial clássica teve o seu início no final do século XIX, estendendo-se até 1950. Foi uma consequência direta da Revolução Industrial, em que o capital financeiro passou a ser a principal fonte de riqueza. A era industrial neoclássica ocorreu no período de 1950 a 1990, e “(…) provocou a substituição dos antigos conceitos prescritivos e normativos anteriormente adotados por conceitos descritivos e explicativos na teoria administrativa” (Chiavenato, 1999). “Peter Drucker foi o maior expoente neoclássico; (…)” (Chiavenato, 1999).
Contribuição de Frederick W. Taylor (Os Princípios da Administração Científica, 1911) é vital para o entendimento inicial de como atribuir melhores métodos para o trabalho. Os princípios de Taylor objetivam a melhoria da eficiência dos processos, resumidos nas seguintes técnicas abaixo:
Estudos de tempos e movimentos,
Padronização de ferramentas e instrumentos,
Padronização de movimentos,
Sistema de pagamento de acordo com o desempenho.
A ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO SEGUNDO TAYLOR
Taylor buscou analisar cientificamente os métodos mais rápidos e os instrumentosmais adequados para se chegar à máxima eficiência. Com isso, trabalha aorganização racional do trabalho (ORT).Chiavenato (2000, p. 56) descreve que a ORT fundamenta-se em alguns aspectosos quais se destacam os de maior relevância:
a) Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: Este aspecto consistiaem determinar o tempo médio padrão para o desenvolvimento das tarefas daárea produtiva. O principal motivo do estudo dos tempos e movimentos é areestruturação da tarefa e movimentos mais simples e mais rápidos.
b) Divisão do trabalho e especialização do operário: A idéia básica de Taylor era deque a eficiência aumenta com a especialização, ou seja, quanto maisespecializado for o operário, tanto maior a sua eficiência.
c) Desenho de cargos e Salários: Do ponto de vista de uma análise científica,considerou ser preciso desenvolver métodos, analisando cada tarefadetalhadamente, na busca da melhor maneira de executá-las. O método deveconter a descrição das tarefas, os passos, os meios e os prazos para execução.Com o desenvolvimento de uma descrição completa de tarefas, facilita orecrutamento, a seleção e o treinamento de novos trabalhadores.
d) Incentivos salariais e Prêmios de Produção: O objetivo da boa administração épagar salários com baixos custos de produção. Assim, torna-se necessáriodesenvolver incentivos salariais de prêmios de produção. Ultrapassado o tempopadrão de execução, o trabalhador passa a receber salário adicional quepromove nele um desejo de ser cada vez mais eficiente e, em consequência, aempresa se tornaria também mais eficiente. Desenvolvem se aqui, escalas depagamento e critério de avaliação de trabalhadores.
e) Condições ambientais: Quanto melhor o ambiente de trabalho maior é aprodutividade do trabalhador.
f) Padronização dos métodos: Conduz a simplificação na medida em que auniformidade reduz à variabilidade e as exceções que complicam as coisas, a padronização é o caminho para se ter um maior controle da qualidade eda produtividade nas organizações.
Além desses aspectos, a ORT evidenciava também o estudo da fadiga humana nosentindo de que a "fadiga é considerada um redutor da eficiência" (CHIAVENATO2000, p.37); o conceito de "homem economicus" o qual se refere ao homem comoum ser extremamente motivado pelas recompensas salariais; e a supervisãofuncional, por considerar que um operário deve ser acompanhado por supervisoreshabilitados em suas áreas e não apenas por uma autoridadecentralizada. (CHIAVENATO, 2000).
Todos esses aspectos juntos formavam um modelo organizacional de trabalho,voltados para a máxima eficiência da produtividade da empresa.
Benefícios para os trabalhadores no método de Taylor:
1. Os salários chegaram a atingir, em alguns casos, o dobro do que eram antes;
2. Os funcionários passaram a se sentir mais valorizados e isso fez com que exercessem seus ofícios com mais prazer. Sentiam-se mais acolhidos pela empresa;
3. A jornada de trabalhofoi reduzida consideravelmente;
4. Vantagens, como dias de descanso remunerados lhes foram concedidos.
5. Produtos com qualidade superior aos anteriores;
6. Ambiente de trabalho agradável tanto para o chão de fábrica quanto para a diretoria, evitando assim distúrbios e conflitos que podem gerar situações negativas dentro da empresa
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