Antropologia

Antropologia:

É uma ciência social que estuda o Homem. Os seus objectivos passam pela descrição, análise e explicação do Homem cujo ser o seu objecto de estudo. (área de interesse sobre a espécie humana) O antropólogo estuda a cultura, mostrando como os diferentes grupos se adaptam no meio e como conferem sentidos às suas vidas, o que aproxima e torna tão diferentes as mesmas (cultura): universalidade e especificidade.

Fazer antropologia significa fazer o estudo da cultura. A cultura no sentido antropológico traduz-se no conjunto de crenças, valores, tradições que caracterizam uma comunidade e a individualizam. A cultura ajuda a caracterizar a identidade de um grupo/povo/individuo.

Exemplo: os portugueses têm uma determinada matriz cultural – passado, tradições específicas.

Sem compreender esse conceito, não é possível entender a antropologia. Os antropólogos vêm a cultura como o seu objecto de estudo porque esta é universal e especifica – característica mais distinta do ser humano – único ser que adapta o meio às suas necessidades.

O interesse pelo Homem começa muito antes do século XIX. Os primeiros antropólogos: exploradores (diários de viagem), mercadores a bordo e até os missionários. Quando os Europeus descobriram novos povos tiveram um choque com a diferença.

No século XVIII, o Iluminismo tinha diferido uma nova era. A religião deixa de ser dominante, sendo que até ao século XVII a mesma era a explicação de tudo. A antropologia beneficia da especulação iluminista.

A antropologia consolida-se no início do século XX com as suas áreas de especialização: antropologia aplicada (anos 60/70) mas os seus maiores ramos são antropologia social/cultural e física. As áreas dividem-se devido ao interesse de cada investigador.

Antropologia Social:

A maioria dos antropólogos é social ou cultural. Os britânicos são mais adeptos da Antropologia Social. Exploram as várias estruturas sociais sobre o funcionamento da sociedade. (família, religião…)

Antropologia Cultural:

É o ramo especializado na cultura.

A escola Americana é essencialmente cultural. Franz Boas, fundador da escola, deixa bem claro que tinha-se de estudar as culturas mais tradicionais antes que desaparecessem. É prioritário que os investigadores se deslocassem a esses povos e fazer o seu registo, antes do seu desaparecimento.

Franz fez uma expedição ao Alasca onde percebeu as más condições que viviam os esquimós. As culturas nativas estavam a sofrer alterações pela influência dos estrangeiros. O receio de Franz Boas era que a cultura europeia “esmagasse” os esquimós e outras culturas indígenas.

O antigo governo americano queria transformar os índios em americanos. Estes não correspondiam ao Homem americano, após a independência em 1776. O modelo do Homem era: branco, anglo-saxónico e protestante = WASP. Para tal era preciso medidas: “para salvar o homem, é preciso matar o índio” – exterminar os índios. (antropologia de salvação/salvamento)

A antropologia cultural estuda:

- Os diferentes padrões de comportamento.

- O Homem como produtor