Antropologia

Exercício 1

Para o administrador que trabalha diretamente nos Recursos Humanos, ele deve ter em mente os objetivos de seu trabalho, que é a harmonia cultural, apesar das diferenças de grupos culturais e marcadores sociais de diferença. A observação direta e participante pode auxiliá-lo a compreender melhor as motivações e comportamento dos sujeitos, mediando essas culturas diversas. Desta mediação é que vai sendo criado a cultura da organização. No contexto contemporâneo, as diversidades, as diferenças sociais e culturais estão sempre presentes e interagindo entre si dentro das organizações, e a partir destas experiências o administrador e/ou mediador deverá estar presente na construção de novos códigos de relacionamentos, sem que com isso estes sujeitos deixem para atrás toda sua bagagem cultural.

Exercício 2

Nas sociedades complexas vivemos entre a experiência da fragmentação e da unidade. São complexas pela complexidade da experiência social contemporânea, por uma grande densidade populacional e necessidade de interagir. Participamos de diversos grupos sociais, papeis sociais fragmentados e nos comportamos nestes grupos, de maneira idênticas (com unidade), de modo a ser aceito nestes grupos, porém existirá sempre certas “âncoras” fundamentais a serem utilizadas em momentos estratégicos ou necessários, da nossa formação anterior. Viver num contexto social diversificado é mudarmos e transitarmos entre esses grupos de maneira instantânea, vivendo experiências mais diferenciadas. Os sujeitos escolhem como agir, quando agir e pensar a partir de alternativas que lhe são oferecidas pelo processo da própria convivência humana. Ele elege dentre das possibilidades, considerando seu contexto de experiências de suas relações primárias e secundárias. E constrói seu projeto individual para atingir uma determinada finalidade.

Exercício 3

Gênero é um marcador social que atravessa os distintos sistemas de diferenciação social, está ligado tanto ao feminino e masculino, quanto a todas as formas de experiência homoafetivas. A dimensão social do gênero permite tomar consciência de contradições e assimetrias no ambiente das organizações, que podem exigir mudanças e adaptações. A mulher de hoje busca sua realização profissional, impondo autoridade sem a necessidade de linguagem “chula”, artifício muitas vezes utilizado pelos homens. A condição da mulher nas sociedades humanas e nas organizações foi determinada de uma forma histórica. Culturalmente as mulheres eram responsáveis pela reprodução, educação dos filhos, cuidados com a casa, o marido, que era o provedor do lar. Apesar desta cultura ainda existir, a mulher buscou outras formas de satisfação pessoal que em alguns casos, eram apenas para o auxílio com as despesas do lar. Ainda existem profissões tipicamente ligadas ao gênero masculino, mas a verdade é que cada vez mais mulheres estão dentro das organizações, e é preciso adaptações na construções destas novas culturas intersociais.

Exercício 4

A desigualdade social como marcador de diferença não é um critério meramente econômico. E a pertença o um grupo étnico, no caso os afro-descendentes, é um contexto social que em muitas vezes estão muito próximas (os sujeitos que moram no morro são em sua maioria negros e pobres, na visão generalizada de sujeitos pertencentes a outros grupos étnicos e social), principalmente no sentido da discriminação. Os afro-descendentes têm suas especificidades culturais e eles se identificam entre si e são identificados socialmente, só que nem sempre estas diferenças culturais são respeitadas. Somos um país de muitas culturas, mas não significa necessariamente que elas se misturam ente si. O contato com grupos étnicos permite a miscigenação, porém preservando sua identidade inicial.

Exercício 5

A expectativa de vida aumentou e ser velho hoje é muito diferente que há décadas atrás. Hoje se vive muito mais e muitos ainda se aposentam com a idade que se aposentavam nos anos 60. Para muitos a aposentadoria significa deixar de ter o contato com seus colegas de trabalho e ociosidade muito grande do tempo disponível. Se não estiver preparado emocionalmente ele se sentirá envelhecendo não pela idade e sim pela sua inutilidade perante a sociedade. A ociosidade do “velho” de hoje é a grande causa de frustrações e desânimo pela vida social. Os programas de preparação para a aposentadoria, que pode ser analisada como um ritual de passagem, muitos aposentados têm-se mostrado novo grupo que estão aproveitando a vida viajando, fazendo o que não tiveram tempo de fazer quando jovens, cursos, aperfeiçoamentos e encontrando motivos e ocupações que lhes tragam prazer de viver.

Exercício 6

Esta pesquisa não aponta apenas um marcador social de diferença, é também a discriminação racial que existe no Brasil. Existe apenas um discurso de que somos todos iguais. As famosas “cotas” para grupos étnicos, não servem para diminuir as diferenças sociais, pois em alguns beneficia sujeitos não pertencentes a estes grupos. É preciso dar condições de igualdade desde a infância, educação fundamental de qualidade (é por isso que quem pode paga uma instituição privada de ensino) e de uma transformação da sociedade como um todo. O preconceito racial é introduzido nos grupos sociais desde muito cedo ( o pobre é negro, o bandido é negro, o desocupado é negro, o vadio é negro, o mendigo é negro, e por ai vai...). Não existe como “consertar” uma situação criada por gerações impondo leis, é preciso transformação radical das prioridades sociais.

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