Antropologia Cultural

Questão 1:

A partir da observação e análise da charge “O olhar antropológico” de autoria do profº Augusto Tavares, (Disponível em: <http://aulasdoaugusto.blogspot.com.br/2010/02/charge-o-olhar-antropologico.html#!/2010/02/charge-o-olhar-antropologico.html>. Acesso em: 16 jan. 2013), apresentada acima, explique, num texto de no mínimo 08 linhas, o conceito de Antropologia Cultural. (2,5 pontos)

Resposta: A charge remete a perceber uma linha temporal clara e que a observação é constante, no sentido de existir a pesquisa. O ser humano desde seus primórdios precisa de respostas as suas indagações. Assim, a investigação vista não como uma novidade, mas com uma “atividade” que vem acompanhando a história. O ar científico mostra a necessidade de métodos para esta observação, salienta a imparcialidade. Neste sentido percebemos a antropologia cultural, como apresenta nosso livro texto, “tem como objeto de estudo os aspectos culturais do homem e as sociedades humanas” (Elíbio Junior e Poyer, 2008 , p. 23). Fica caracterizado o objeto de investigação como as relações que existem ou podem existir, indo desde aspectos relacionados a política social até hábitos e costumes alimentares. Muitas áreas são abrangidas, como: Arqueologia, etnografia, etnologia, linguística, folclore, antropologia social, cultura e personalidade. Uma grande área de pesquisa e estudo, importante para o entendimento do “homem” (um ser social).

Questão 2: Assista ao vídeo “Falar açoriano, um luxo cultural”, disponível no link: <http://www.youtube.com/watch?v=uf-cZMJIlP0&feature=related> (Acesso em: 16 jan. 2013). E articulando-o ao conteúdo da disciplina, explique, por que se diz que a antropologia exige uma “transformação do olhar”. Utilize passagens do vídeo e de textos externos ao material didático para fundamentar sua resposta. (2,5 pontos)

Resposta: O vídeo apresenta alguns aspectos importantes, destacando a fala dos historiadores Salim Miguel e Peninha, quando comentam que a “fala” dos moradores do litoral carrega com sí um modo peculiar, diferente, mas que na verdade é um “luxo cultural”, no sentido de preservar uma linguagem “antiga”, com palavras diferentes e forma diferenciada. Comenta ainda o escritor Salim Miguel que um escritor português, quando aqui, nos meados de 1950, identificou como uma linguagem antiga de Portugal, com uma graça no falar. Já a escritora Norma comenta aspectos relativos as confusões culturais, no sentido de não estar sendo valorizado o que se tem. Não que a visão externa seja errada, mas que cada observador carrega consigo uma cultura diferenciada e portanto provoca uma interpretação diferente. Assim, nos leva a pensar sobre a valorização da cultura local e que o crescimento não prejudique ou até extermine esta cultura que é bela e que deve ser preservada. O vídeo, de uma forma geral, nos faz um pouco antropólogos, no sentido de entender as origens e se preocupar com a preservação desta origem, para que não se perca o referencial da cultura local e a sociedade que aqui vive e viveu. Neste sentido é que se evidencia a transformação do olhar, temos de ter uma análise o mais imparcial possível, de modo a descrever a realidade, cuidar com a cultura enraizada no ser que analisa. O pesquisador deve também transformar o seu olhar a luz da cultura que pesquisa.

Questão 3: A curiosidade do homem sobre si próprio sempre existiu, mas a passagem do curioso, do exótico e do bizarro, para uma consciência da alteridade é que marca realmente o pensamento do homem sobre o homem (LAPLANTINE, 1995, p.13), e a reflexão a respeito da diferença. A partir do que foi estudado na disciplina de Antropologia Cultural, explique esta colocação em um texto fundamentado de no mínimo 08 linhas. (2,5 pontos)

Resposta: A antropologia procura ampliar, analisar e entender os movimentos da sociedade e o homem inserido nela, entretanto, o estudo dele nesta sociedade ficava de fora, como se a pesquisa se voltasse apenas ao outro, o de fora. O que Laplantine escreve é no sentido que o verdadeiro entendimento do homem está além de uma visão simples, mas, para um visão de “de fora”, uma visão pluralista, nos múltiplos olhares e sentidos. O observador deve imaginar que seus costumes, crenças e religião são as corretas que que o outro é exótico. Aqui, temos a passagem “ a antropologia procura não somente analisar diferenças culturais e suas diversificadas expressões, mas também entender essas manifestações”(Elíbio Junior e Poyer, 2008 , p. 82), ressaltando a necessidade de uma análise multidisciplinar para compreender a dimensão da riqueza da humanidade. Como analisar a diversidade cultural, senão compreende-la de forma diversa de uma hierarquia imposta sob o olhar dominante. Aqui começa a necessidade de se colocar no meio, aceitar o outro e analisar de forma sistêmica e holística. Ainda, com a leitura do nosso material, o homem demora para