Apostila de legislação para o concurso. Gestão ambiental
Trabalho acadêmico: Apostila de legislação para o concurso. Gestão ambiental. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: caca1010 • 5/10/2014 • Trabalho acadêmico • 3.416 Palavras (14 Páginas) • 281 Visualizações
APOSTILA DE LEGISLAÇÃO PARA O CONCURSO
2013
GESTÃO AMBIENTAL
Ainda é muito cedo para ambientalistas e cidadãos comuns, preocupadas com os problemas ambientais
em nível global, terem a convicção de que definitivamente a humanidade está começando um período de
maior consciência no tocante ao uso dos recursos naturais. A idéia de que o homem é o senhor da
natureza e para com ela tudo pode, calçado no antropocentrismo, está levando o planeta ao caos. Nossa
casa, como afirma Boff (1999), é um sistema de sistemas e superorganismo de complexo equilíbrio,
constituído ao longo de milhões e milhões de anos. Por conta de um processo industrialista predador, em
desenvolvimento a partir dos dois últimos séculos, tal equilíbrio está sendo colocado em xeque, de modo
que a complexa cadeia está prestes a romper-se. Desde o início do processo de industrialização, no
século XVIII, a população mundial cresceu oito vezes, ampliando de forma significativa o consumo dos
recursos naturais. Somente o processo produtivo, com base na exploração da natureza, cresceu mais de
cem vezes, num salto que fez agravar a situação de ameaça planetária, trazendo à tona a emergência da
necessidade de uma forma alternativa de relação do homem com a sua casa, a terra. Nas palavras de
Boff:
“Parca é a consciência coletiva que pesa sobre o nosso belo planeta. Os que poderiam conscientizar a
humanidade desfrutam gaiamente a viagem em seu Titanic de ilusões. Mal sabem que podemos ir ao
encontro de um iceberg ecológico que nos fará afundar celeremente.”
A falta de um uma política global efetiva que aponte para um novo caminho é um fato trágico. A ONU
(Organização das Nações Unidas) poderia ser o órgão a estabelecer ou criar instâncias de
gerenciamento para os problemas ambientais do planeta, mas não vem exercendo esse papel. E ela, a
ONU, detentora de 40 projetos voltados aos grandes problemas globais como os climas, o
desflorestamento, a contaminação do ar, dos solos e das águas, as epidemias, os problemas dos jovens,
dos idosos, as migrações, entre outros. Mas, regida pelo velho paradigma das nações que se
fortaleceram sob a égide do imperialismo, não avança no sentido de buscar solução concreta às
contradições que assolam a terra. O exemplo mais flagrante desta situação é o desrespeito demonstrado
por algumas nações com o descumprimento das resoluções de Kyoto, como os Estados Unidos da
América, que não pretendem mudar suas sistemáticas de desenvolvimento econômico, em detrimento de
uma política econômica sustentável.
Os problemas ambientais, talvez os mais sérios vividos pela humanidade – porque neles também estão
embutidos a fome e situação de miserabilidade de milhões de indivíduos do mundo -, entretanto, parecem
estar suscitando fortes sinais de resistência aos velhos paradigmas, com o surgimento de um corrente
como indicadora de uma nova consciência. Há maior preocupação com as questões ambientais,
sobretudo a partir de focos significativos de cidadania, tendo como importantes atores as ONGs
(Organizações Não Governamentais) ligadas ao ambientalismo e demais segmentos sociais, que fazem
pressão pela criação de mecanismos legais com o objetivo de promover efetivamente a proteção
ambiental. Já é de conhecimento de muitas pessoas que, à medida que se reduz a capacidade de
renovação dos recursos naturais, em que se polui o ar, em que se contamina a água dos rios, em que se
destrói florestas e a biodiversidade, caminha-se para a exaustão da vida. Nas palavras de Bueno
(1998:31):
“Se os cidadãos, individualmente, forem confrontados com a necessidade da manutenção da
biodiversidade para a manutenção da qualidade de vida de seus descendentes, sem pensar
exclusivamente em seus benefícios pessoais imediatos, os benefícios de longo prazo começarão a ser
visualizadas, percebidos enfim, pelos humanos, e a conservação deixará de ser uma luta real de uma
minoria e retórica da maioria para ser integrada às atividades sociais de todos como um fato normal e
necessário à vida”.
Meio Ambiente e realidade global
A preocupação efetiva com o meio ambiente, no âmbito global, até a década de 1970, restringia-se ao
mero cumprimento das normas de poluição determinadas pelos órgãos reguladores. Os complexos
industriais limitavam-se ao cumprimento destas e à precaução quanto aos acidentes locais, numa postura
reativa. Durante tempos, a incompatibilidade das atividades econômicas com políticas de proteção
ambiental foi um aspecto destacado. Isto, segundo Maimon (apud Petroni, Aguiar, 2001:3), tinha como
resultante certo o aumento dos custos e o conseqüente repasse ao preço dos produtos. Partindo desta
visão tradicional de empresa como instituição apenas econômica, a responsabilidade ficava restrita à
maximização dos lucros, utilizando-se a estratégia
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