Arquiteto Lele Principais Obras

Principais obras de João da Gama Filgueiras Lima.

• Colina Velha

A universidade de Brasília surgiu entre um período bastante significante na história da arquitetura brasileira, entrando em sintonia com todo o contexto arquitetônico da Capital Federal. A universidade possui traços funcionais e limpos, correspondente as características do modernismo, do inicio dos anos 1960.

Lelé foi responsável pelo projeto e construção da conhecida Colina Velha, onde contem os blocos A, B, C e D de residências dos servidores da Universidade. Cada edifício possuía três andares e sobre pilotis, fonte de inspiração europeia, mas especificamente, vinda da França, do período pós guerra, quando a preocupação era de edificar de forma barata e rápida. Lelé, desde então foi pioneiro no uso de pré-moldados no Brasil. A obra foi concluída em 1963.

• Centro de Tecnologia da Rede Sarah

Em dezembro de 1976 ocorre a fundação da Rede Sarah, junto com o ortopedista Aloysio Campos da Paz e o economista e engenheiro Eduardo Kertész elabora o Sistema de Saúde na Área do Aparelho Locomotor e teve sua primeira sede construída em Brasília no ano de 1980. Lelé desenvolveu sistemas construtivos pré-fabricados em argamassa armada, que era produzidos em Salvador e assim transportados para vários estados do Brasil.

Os intuitos desde então, era projetar e executar os edifícios da rede, buscando rapidez e economia para a construção, projetar equipamentos hospitalares que oferecessem vantagens nos valores já existentes no mercado.

Então em 1992, foi criado o Hospital Sarah em Salvador. Os hospitais da rede Sarah implantados nas cidades brasileiras se destacam pela perfeita integração entre as necessidades medicas e a concepção arquitetônica.

Os hospitais são concebidos com espaços generosos, coloridos, integrados a amplos jardins, iluminados e ventilados naturalmente.

Lelé foi elogiado por criar espaços belos, eficientes e de qualidade em desenvolver um sistema de pré-fabricação econômico e perfeitamente adaptado as condições materiais e técnicas do próprio país.

“Quando concebo um hospital, eu imagino sempre como se ele fosse uma árvore, pois existe uma infraestrutura embaixo da terra de instalações que são vitais para o funcionamento do hospital como as raízes são também para a árvore. A infraestrutura tem que ser flexível e crescer junto. Se a árvore começa a tombar em determinada direção, as raízes vão criando um equilíbrio necessário ã sua sustentação. À medida que o hospital cresce, a infraestrutura deve acompanhar, pois só assim podemos atender as exigências tecnológicas do dia-a-dia, e mais ainda, além de crescer junto, o princípio da flexibilidade servirá ao atendimento das novas dinâmicas impostas ao cotidiano” – Lelé, 2003.

Cronologia das construções da Rede Sarah pelo Brasil:

o Hospital Sarah Brasília -1980

o CTRS em Salvador - 1992

o Hospital Sarah São Luís do Maranhão – 1993

o Hospital Sarah Salvador – 1994

o Hospital Sarah Belo Horizonte – 1997

o Hospital Sarah Fortaleza - 2001

o Hospital Sarah Brasília, Lago Norte – 2003

o Hospital Sarah Macapá – 2005

o Hospital Sarah Belém - 2007

o Hospital Sarah Rio de Janeiro – 2009

• Centro Administrativo da Bahia e Passarelas

No ano de 1980 foi concebido a cidade de Salvador um projeto que tinha a função de reconfigurar a cidade, mantendo o centro histórico e conduzindo uma expansão pelas áreas pouco habitadas. Devido ao crescimento exagerado da cidade, foi preciso aliviar as áreas do centro e levar os cidadãos através de avenidas ate o Centro Administrativo da Bahia.

A ideia do projeto, era uma espécie de um polo urbano onde pudesse atender os serviços de administração pública. Então, com a ajuda do arquiteto Lucio Costa foi possível adaptar a primeira capital do Brasil aos padrões de uma metrópole.

A partir de então, com a avenida paralela projetada, Lelé foi chamado para projetar o CAB. Onde estão os prédios da Assembleia Legislativa, TRE-BA, Tribunal da Justiça, Secretaria de Turismo, edifícios das secretarias estaduais, o centro de exposição do CAB e a famosa Igreja do CAB. Os edifícios que compõem o Centro, foram na sua maioria, adaptáveis a topografia existente e os espaços são bastante arborizados. Vale ressaltar que o sistema viário foi projetado pelo arquiteto Lucio Costa. Lelé também foi responsável pela criação das passarelas sobre as grandes avenidas, como por exemplo a Paralela, devido a necessidade de circulação de pedestres sob estas avenidas.

Essas passarelas são formadas a partir de um elemento circular que articula tramos modulares com vigas metálicas lineares, piso plano e cobertura em abóbodas com argamassa armada. Elas transmitem leveza, praticidade e são fáceis na montagem.

• Igreja do CAB

E notável que Lelé, se preocupa em preservar o relevo e a vegetação do local onde foram implantados seus projetos. A Igreja do Centro Administrativo da Bahia conserva uma beleza natural exuberante que faz parte do cenário da cidade de Salvador. As áreas de lazer do CAB estão interligadas a Igreja, com a função de estabelecer o sistema viário.

A igreja possui em todas as direções uma ventilação cruzada permanente, pelos vãos de contorno e a penetração de ar e controlada através do painel de portas pivotantes do acesso.

O prédio e envolvido por arrimos de pedra que e responsável pelo isolamento térmico, também existe a proteção de insolação direta que existe através dos grandes balanços da cobertura. Assim, o interior da igreja oferece condições ideais de temperatura totalmente sustentáveis.

• Escolas Rurais em Abadiânia, Goiás

Em 1982, Lelé foi chamado pelo prefeito de Abadiânia , para projetar pontilhões rodoviários de argamassa armada para estradas vicinais e também Escolas Rurais na cidade de Abadiânia, um município de 12 mil habitantes, situado a 100 km de Brasília.

Como característica