Arquitetura Moderna
Dissertações: Arquitetura Moderna. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fernando8bpm • 19/11/2014 • 911 Palavras (4 Páginas) • 929 Visualizações
ARQUITETURA MODERNA
O Modernismo foi um movimento artístico e cultural, teve seu inicio na Europa e começou a se difundir no Brasil a partir da primeira década do século XX, através de manifestos de vanguarda, principalmente em São Paulo e da semana da Arte Moderna realizada em 1922. O movimento deu início a uma nova fase estética na qual ocorreu a integração de tendências que já vinham surgindo, fundamentadas na valorização da realidade nacional, abandonando as tradições que vinham sendo seguidas, tanto na literatura quanto nas artes. Apesar da grande repercussão que a arquitetura e Arte Moderna obtiveram, vale ressaltar que o Movimento Moderno não se limitou a essas duas áreas. Foi um movimento cultural global que envolvia vários aspectos, entre eles sociais, tecnológicos, econômicos e artísticos. Os arquitetos Modernistas buscavam o racionalismo e funcionalismo em seus projetos, sendo que as obras deste estilo apresentavam como características comuns, formas geométricas definidas, sem ornamentos, separação entre estrutura e vedação, uso de pilotis a fim de liberar o espaço sob o edifício, panos de vidro contínuos nas fachadas ao invés de janelas tradicionais, integração da arquitetura com o entorno pelo paisagismo e com as outras artes plásticas através do emprego de painéis de azulejo decorados, murais e esculturas.
O início dos anos 30 marca ainda o conflito entre o neo-colonial, estilo dominante na arquitetura brasileira da época e o Modernismo, que começava a ganhar espaço. Deve-se observar que o Estado teve papel importante no processo de afirmação do Modernismo brasileiro, enquanto patrocinador de obras que buscaram o Modernismo como símbolo de modernidade e progresso.A primeira obra moderna de repercussão nacional foi o prédio do Ministério da Educação e Saúde – MES, cujo projeto foi realizado em 1936, no governo de Getúlio Vargas, por uma equipe de arquitetos: Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Moreira e Ernani Vasconcelos, liderados por Lúcio Costa. A imagem de modernidade e progresso que o prédio do Ministério representava estava também vinculada aos ideais de inovação pretendidos pelo Estado Novo – regime político autoritário que vigorou até 1945.
O arrojo estrutural continua na estrutura em concreto armado da Catedral de Brasília, calculada por Cardozo e concluída em 1960, antes da inauguração da cidade. Os dezesseis pilares curvos, em hiperbolóides de revolução, representam um desafio aos conceitos estruturais vigentes, uma vez que aqui encontram a sua estabilidade no anel circular de tração, sobre o qual estão apoiados, e também num anel de compressão, situado não no topo e sim a dez metros abaixo deste ponto. O anel superior não é visível, passando por dentro dos pilares, e o anel inferior, na altura do piso, além de absorver os esforços de tração, funciona como um tirante, reduzindo a carga nas fundações aos esforços verticais. A laje da cobertura tem função apenas de vedação, possibilitando ventilação natural através de seu orifício central. Esses pilares estão reunidos entre si por panos de vidro e o seu carregamento inicial, previsto por Cardozo, restringia a carga à ação do vento e ao peso de uma esquadria leve, em plástico. Posteriormente, a solução proposta em treliça espacial, além de dirigir os carregamentos maiores para o solo, permitiu a fixação das duas camadas de vidro na estrutura hexagonal do banzo inferior e superior da treliça.
Pela primeira vez, residências e construções comerciais passaram a ter destaque arquitetônico. A prova disso é que, em vez de igrejas, catedrais e palácios, o principal marco do modernismo são gigantescos prédios
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