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Artigo De Opinião

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Por:   •  28/7/2014  •  428 Palavras (2 Páginas)  •  240 Visualizações

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“A doença é um porrete - serve para chamar a sua atenção.” Estas

palavras foram ditas pelo meu médico, ao me falar sobre a minha pressão

sanguínea. Ele havia descoberto que ela estava assustadoramente alta. Lembrei

das palavras meses depois, ao me sentar para meditar em meio à tranqüilidade

revigorante de uma floresta de pinheiros perto de Prescott, Arizona, onde fui

estudar com um professor birmanês. A pressão sanguínea tinha sido o porrete

que me tinha enviado para lá.

Éramos 40 pessoas, reunidas no retiro da floresta, e os dias seguiam os

antigos ritmos e regras de uma disciplina monástica que ia desde o sino matinal,

às quatro da manhã, passando pela refeição principal, ao meio-dia, até

dormirmos às dez da noite. Nada de telefone. Nada de conversa. Nem mesmo

contato visual. As refeições, como tudo o mais, eram feitas em silêncio.

A tarefa que consumia todo o meu dia era desenvolver uma crescente

atenção à minha respiração, observando cada nuance de cada inspiração e

expiração: sua velocidade, densidade, intensidade, ritmo - o que quer que fosse.

Eu praticava uma técnica conhecida como "estado consciente". As regras

básicas são aparentemente simples. O seu compromisso é desprezar qualquer

outro pensamento que não esteja ligado à respiração. Sempre que a sua cabeça

vai em direção a outro pensamento, você volta a prestar atenção na respiração.

Depois de uma semana, você começa a descobrir complexidades nos padrões,

variações e ritmos de sua respiração que nunca tinha imaginado.

Com mais uma semana, é possível que você seja capaz de responder à

pergunta proposta por nosso professor, um monge de Rangum: "Esta manhã,

quando acordou, você estava inspirando ou expirando?" A meditação deve ir do

instante em que você acorda até o minuto em que a sua mente mergulha no

sono. Aos poucos, você amplia essa atenção a tudo o que faz. Ao andar, você

observa cada passo com a mesma concentração microscópica: a troca do peso

de uma perna para a outra, o contato com o chão. A mesma coisa acontece com

a alimentação e até mesmo com o pensamento. Mas, quando a sua mente

divaga, você percebe o tipo de pensamentos que se intrometem - recordações,

fantasias, preocupações, planos - e traz a mente de volta à respiração.

O

...

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