Artigo Sobre Qualidade De Vida No Ambiente Escolar: Algumas Considerações
Trabalho Universitário: Artigo Sobre Qualidade De Vida No Ambiente Escolar: Algumas Considerações. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marcelonead • 11/10/2013 • 3.923 Palavras (16 Páginas) • 1.221 Visualizações
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo despertar na comunidade escolar (pais, profissionais da educação e alunos) a importância da prática de atividades físicas para se ter uma melhor qualidade de vida. Julgou-se importante discutir esse assunto, tendo em vista que a temática sobre qualidade de vida tem vindo a tona em todas as esferas da sociedade.
Utilizou-se a metodologia qualitativa e a pesquisa bibliográfica, tendo amparo nas obras de Couvreur (2001), Fleck (2000) e Meneses (2005).
Após a realização dos estudos, tem-se a considerar que realmente a prática de atividades físicas contribui muito numa melhor qualidade de vida dos alunos e de toda a comunidade escolar.
Palavras-Chave: Qualidade, Vida, Escola.
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos tem havido um elevado interesse em discutir sobre o assunto qualidade de vida, tanto no meio científico como no cotidiano das pessoas (senso comum). Tendo em vista que o referido assunto está diretamente ligado à melhoria das condições de vida das pessoas, contribuindo para isso as politicas adaptadas na melhoria dos cuidados de saúde, organizacional, social e familiar.
Assim, mediante a isso, a temática apresentada nesse artigo é “Qualidade de Vida no Ambiente Escolar: algumas considerações”. Com o objetivo de despertar na comunidade escolar (pais, profissionais da educação e alunos) quanto a prática de atividades físicas para se ter uma melhor qualidade de vida.
1 A QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE ESCOLAR, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
1.1 Aspectos históricos sobre Qualidade de Vida - QDV
A primeira pessoa a utilizar a termo qualidade de vida foi o presidente dos E.U.A., Lyndon Johnson em 1964, conforme Who (1998) apud Fleck (2000, p. 37), ao declarar: “os objetivos não podem ser medidos através do balanço do banco. Eles só podem ser medidos através da qualidade de vida que proporcionam às pessoas.”
Em meio da década de 70, Campbell (1976) apud Fleck (2000, p. 38) tentou explicar as grandes dificuldades que havia na altura em definir QDV em que refere “qualidade de vida é uma vaga e etérea entidade, algo sobre a qual muita gente fala, mas que ninguém sabe claramente o que é”. A partir desta afirmação muitos anos passaram, contudo, a definição que gerasse um consenso na comunidade científica ainda não aconteceu, apenas conseguem convergir em alguns pontos
Depois de certo “adormecimento” em relação a essa temática, nos últimos anos começou a haver uma “preocupação” na vida das pessoas de todas as faixas etárias, de todas as culturas, de níveis socioeconómicos e de localizações geográficas diferentes em relação à QDV, segundo GASPAR & MATOS (2009), apudf FLECK (2000, p. 43).
A QDV é um termo utilizado em duas vertentes, ou seja, a primeira vertente na linguagem quotidiana, pela população em geral, desde jornalistas ao político e numa segunda vertente, no contexto de pesquisa científica, abrangendo várias áreas do saber, tais como a economia, sociologia, educação, psicologia, entre outras, de acordo com SEIDI & ZANNON (2004) apud MENESES (2005, P. 31)
Segundo Ribeiro (2005) apud Meneses (2005, p. 32) a evolução do conceito de QDV na saúde não é só a dimensão do funcionamento físico, recomendando o uso de medidas que tentem ser mais abrangentes, mais concretamente na escolha do tratamento paliativo em doentes com cancro e por outro lado, a avaliação de QDV deveria refletir o ponto de vista do doente.
Foi a partir dos anos 90 que começou a haver um consenso entre os investigadores sobre dois aspectos importantes no conceito de qualidade de vida, por um lado a subjetividade, ou seja, cada indivíduo tem uma percepção diferente sobre o assunto e por outro lado a multidimensionalidade, em que o indivíduo para ter qualidade de vida terá de ter uma relação com a sociedade a vários níveis, segundo SEIDI & ZANNON (2009) apud FLECK (2010, p. 21).
Segundo esses autores, a QDV está associada a 7 (sete) dimensões sociais, conforme abaixo descritas:
1ª. Saúde física – Estado e processo de aquisição de bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência de doença;
2ª. Nível de independência – Física, mental, monetária e profissional;
3ª. Relações sociais – Família, amigos, namorados, colegas;
4ª. Relação com o meio em que está inserido – País, escola/emprego, cidade, horários;
5ª. A percepção subjetiva de satisfação ou felicidade com a vida em domínios importantes para o individuo;
6ª. A diferença entre as expectativas do individuo e a sua experiência atual;
7ª. A percepção do indivíduo face à sua posição na vida, em termos do contexto cultural e do sistema de valores a que pertence, aos seus objetivos, expectativas e preocupações.
A ideia que o individuo tem do seu estado de saúde chama-se qualidade de vida relacionada com a saúde e faz parte de uma das dimensões de QDV, segundo MENESES (2005, p. 45).
Com o avançar dos anos a ciência começou a interessar-se mais pela QDV, não só na doença, mas também com indivíduos saudáveis.
Bullinger e cols (1993) apud Couvreur (2001, p. 37) consideram que o conceito QDV é mais amplo e inclui uma maior dimensionalidade de condições que podem afetar a percepção do indivíduo, os seus sentimentos e comportamentos relacionados com o seu dia-a-dia, e em que inclui mas não se limita à sua condição de saúde e às intervenções médicas, segundo WHOQOL (1998) apud FLECK (2000, p. 23).
O crescente interesse pela qualidade de vida pode ser explicado pelo aumento de conhecimento dos investigadores e intercâmbio entre eles, conforme SEIDI & ZANNON (2004) apud MENESES (2005, P. 46).
Foi no início da década de 90 que começou a aparecer publicações sobre essa temática. Surgindo o periódico chamado de “Quality of Life Researchy, editado pela International Society for Quality of Life Research”, no qual foi editado trabalhos científicos sobre QDV de várias áreas do conhecimento, conforme afirmam SEIDI & ZANNON (2004) apud MENESES (2005, p. 53).
Em 1993, a OMS (Organização Mundial de Saúde) apud Meneses (2005, p. 22), propôs como definição para QDV, a seguinte:
“[…]
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