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As 15 Regras Da Competência

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Por:   •  26/9/2014  •  4.416 Palavras (18 Páginas)  •  154 Visualizações

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Ensaio abordando 15 importantes competências para o sucesso profissional

PROF. Tom Coelho

“Há apenas duas maneiras de obter sucesso neste mundo:pelas próprias habilidades ou pela incompetência alheia.”

(Jean de La Bruyère) – escritor francês

José é um profissional dedicado. Trabalhador, como se diz por aí. Levanta-se cedo e segue para o trabalho, subindo e descendo de ônibus diversos. “Boa-praça”, sempre está disponível para um bate-papo e uma cerveja gelada com os amigos. Modesto em seus trajes, simples em seu vocabulário, sua abordagem está calcada em seu carisma, mais do que em seu conhecimento. Faltam-lhe respostas, sobram-lhe dúvidas. Chega tarde em casa, cansado, quase sem tempo para sua família. Ganha o suficiente para mantê-la com dignidade, mas a dificuldade está presente em sua vida. Porém, acredita que “com a ajuda de Deus, as coisas vão melhorar”.

João é um profissional igualmente dedicado. Bem-sucedido, como se diz por aí. Levanta-se e com tranquilidade toma seu café da manhã na presença da esposa e filhos. Leva-os à escola, em seu carro recém-adquirido, saindo em visita aos seus clientes e fornecedores, previamente agendados. Carrega em seu notebook amplas informações sobre sua empresa, apenas para uma eventual consulta. Seus contatos contemplam a objetividade inerente aos negócios associada à descontração do diálogo sobre os mais variados assuntos, de política e futebol aos acontecimentos da novela na noite anterior. Em casa, janta em companhia da família, auxilia as crianças nos deveres escolares e planeja com a companheira o roteiro da próxima viagem de férias.

Um olhar sobre dois homens que podem guardar consigo apenas a similaridade de suas profissões. Duas versões da vida delineadas por caminhos opostos traçados por um único aspecto: competência.

À luz dos estudos do psicólogo de Harvard, David McClelland, em associação com minha experiência e estudos, apresento a seguir um conjunto formado por 15 características inerentes ao comportamento de um profissional de destaque, diferenciado ante a “linha de montagem” comoditizada pelo mercado de trabalho a partir dos anos de 1990.

Veja qual sua posição relativa e aproveite este roteiro para promover seu autodesenvolvimento.

1. Iniciativa e acabativa

“Antes de iniciares a tarefa de mudar o mundo,

dá três voltas na tua própria casa.”

(Provérbio chinês)

Representa a capacidade de identificar e buscar oportunidades de negócios. Está associada ao comportamento proativo e, por conseguinte, em oposição imediata à hesitação (será mesmo que devo fazer?) e à procrastinação (será que posso fazer amanhã?).

O profissional dotado de iniciativa antecipa-se aos fatos, realizando atividades antes de ser solicitado ou forçado pelas circunstâncias. Conjuga os verbos “fazer”, “agir” e “executar”. Também sabe retirar-se de um negócio em decadência no momento certo, preservando os ganhos auferidos ou minimizando as perdas.

Por estar conectado com o mundo e sempre municiado de informações, aproveita situações conjunturais para atender com rapidez novas demandas ou nichos. Como pioneiro, obtém resultados concretos e mais significativos antes aos demais. Surpreende, empolga, contagia, encanta.

Porém, a iniciativa hoje não viceja sozinha, mas deve estar acompanhada de seu par, a acabativa, neologismo para simbolizar a habilidade de finalizar tarefas iniciadas. Muitos são aqueles que iniciam atividades e que não as concluem. Projetos arquivados, livros lidos pela metade, conversas interrompidas sem conclusão, sonhos de toda uma vida abandonados como se fossem de uma única noite de verão.

Iniciar é preciso. Mas algo só termina, quando acaba.

9. Planejamento e monitoramento

“Pessoas que falham em planejar estão planejando falhar.”

(George Hewell) – empresário americano

Papel, lápis e borracha. São estes os instrumentos que compõem o arsenal do planejador. Metas definidas devem compor um plano de ação. Tarefas de curto prazo precisam ser priorizadas. Tarefas de grande porte necessitam ser subdivididas em minitarefas.

Nesta fase, o tempo pode mostrar-se como fator crítico. É o momento no qual se decide delegar tarefas. O cuidado a se tomar é monitorar continuadamente a trajetória do delegado. Estar próximo, mostrar-se solícito a todo instante.

Os planos devem ser periodicamente revisados à luz dos resultados obtidos e das mudanças circunstanciais a que estão sujeitos. Ou você corrige a rota, ou você muda a rota.

2. Eficiência e eficácia

“Se respeitar as pessoas como elas são, você poderá

ser mais eficaz ajudando-as a se aperfeiçoarem.” (John Gardner) – crítico literário americano.

A eficiência pode ser definida como “fazer certo as coisas”. Está associada ao respeito às normas e padrões estabelecidos, à satisfação e à superação de expectativas. Um profissional com esta característica desenvolve maneiras de realizar uma atividade com menor custo e maior rapidez e qualidade superior. Seu oposto atende pelo nome de retrabalho, motivo pelo qual a eficiência implica fazer certo da primeira vez.

A eficácia, por sua vez, significa “fazer a coisa certa”. É uma medida vinculada ao resultado. Assim, um vendedor pode visitar uma dezena de clientes em um dia, mostrando-se muito eficiente. Porém, se não fechar negócio algum, terá sido ineficaz.

As organizações costumam estimular a busca da eficiência por um processo mecânico e protocolar: pesquisas efetuadas, tabulações processadas e relatórios preenchidos passam a impressão de que o trabalho foi feito. É comum vermos líderes (ou seriam pseudolíderes?) que solicitam aos membros de sua equipe informações variadas apenas para ocupar-lhes o tempo, sendo que o fruto daquele trabalho alimentará apenas pastas suspensas e arquivos mortos. Já a eficácia, quando tomada isoladamente e como único fim, gera o que poderíamos cunhar como “Síndrome de Romário”, ou seja, pessoas com foco exclusivo no objetivo e sem qualquer atenção para com os processos. De fato, conseguem auferir resultado com impacto positivo nas estatísticas, mas muitas

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