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As Ciências Permeiam Todo O Cotidiano Da Sociedade

Por:   •  30/3/2024  •  Pesquisas Acadêmicas  •  878 Palavras (4 Páginas)  •  53 Visualizações

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Laizes Johanson Prado – RGM: 35576812

        Atividade AP I:

As Ciências de uma maneira geral permeiam todo o cotidiano da sociedade. O conhecimento e domínio dessa área tem o potencial de afetar não apenas a qualidade de vida dos indivíduos, o meio ambiente, mas também o próprio desenvolvimento do país, uma vez que o produto de seu estudo corresponde diretamente a avanços tecnológicos e científicos.

Dentro desse contexto, o estudo de ciências deveria ser percebido por todos como área de grande importância, porque se constitui em necessária ferramenta com potencial tanto para benefício próprio diário quanto para o exercício pleno e consciente de cidadania (OLIVEIRA, 2010, p.25).

Entretanto, muitas vezes, os estudantes têm uma visão distorcida desse campo de estudo, considerando suas aulas como abstratas, de difícil compreensão, de pouca aplicabilidade no cotidiano e até mesmo desinteressantes (GUIMARÃES, 2010 apud BORGES & SILVA, 2011, p. 2).

No artigo “Ensino de Ciências: Críticas e Desafios”, Moreira (2021) expõe sua perspectiva de como é o ensino de ciências no século XXI da seguinte forma:

“ ● Centrado no docente, na aprendizagem mecânica de conteúdos desatualizados (...) ● Tradicional, baseado em aulas expositivas e exercícios repetitivos. (...) ● Basicamente do tipo ensino para a testagem, focado no treinamento para dar respostas corretas. Como foi dito, esse ensino é usado internacionalmente e é conhecido como teaching for testing. Desde os primeiros anos na escola os alunos começam a serem treinados para testes locais, nacionais e internacionais. As escolas cujos alunos alcançam altas pontuações nestes testes são consideradas as melhores escolas. Mas testes não avaliam, apenas medem. ● Segue o modelo da narrativa, ou seja, o professor narra, “dá a matéria” narrando. É comportamentalista, baseado em objetivos comportamentais, i.e., aquilo que o aluno deve ser “capaz de” e isso deve ser evidenciado em respostas corretas nas provas, sem entrar na questão do significado. Não usa laboratórios. Disciplinas científicas são ensinadas sem experiências de laboratório porque não existem nas escolas ou porque consomem muito tempo ou porque atividades práticas não “caem nas provas”. (...) ● Não utiliza situações que façam sentido para os alunos. (...) ● Não busca uma aprendizagem significativa crítica. (...) ● Não aborda as ciências como baseadas em perguntas, modelos, metáforas, aproximações. (...) ● Em geral é baseado em um único livro ou em uma apostila. (...) ● É desconectado da pesquisa em ensino de ciências. (...) ● Ao invés de buscar interfaces e integrações entre disciplinas, as compartimentaliza ou supõe que não existem. (...) Todos esses aspectos negativos do ensino de Ciências na contemporaneidade sugerem que este ensino, tanto na educação básica como na superior é, como disse, há poucos anos, Carl Wieman (Science, 2013, p.292), Nobel em Física, (...) é pior do que ineficaz, é anticientífico.” (MOREIRA, 2021, p 2-5)

A falta de contextualização no ensino de ciências gera resistência e demanda excessiva memorização, uma vez que o aluno não consegue visualizar como aquele conhecimento se relaciona com o seu mundo, encarando esta área científica apenas como uma barreira a ser transposta em sua jornada escolar.

Assim, é papel do professor de ciências transpor tais desafios, “buscando uma aprendizagem significativa de conteúdos, conceituais e procedimentais, científicos objetivando uma aprendizagem para a cidadania, não treinamento para provas” (MOREIRA, 2021, p. 8). Ainda considerando o caráter conturbado da sociedade atual, é possível afirmar que tal tarefa é de grande complexidade.

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