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As Organizações Na Sociedade Atual

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Por:   •  4/12/2013  •  758 Palavras (4 Páginas)  •  284 Visualizações

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AS ORGANIZAÇÕES NA SOCIEDADE ATUAL

Podemos perceber atualmente nas sociedades um movimento de revalorização do papel das empresas. Esse movimento se deve, em grande medida, à “confirmação” do capitalismo como a “única” via capaz de promover o desenvolvimento econômico e a crescente legitimação da ideologia, em que o econômico assume o papel predominante e subordina todas as demais esferas da vida social.

Quanto mais as referências culturais e religiosas, tradicionais, se quebram, mais os indivíduos e grupos se mostram receptivos a acatar mensagens e líderes que lhes possam oferecer uma resposta que traduza um pouco mais de certeza e lhes permita o reconhecimento de um caminho, de um sentido para a vida. Numa sociedade em que é exaltada a importância da imagem, da aparência, do consumo, da superficialidade, as organizações atuais encontram facilidade para se posicionarem como o grande referente que propõe uma forma de vida de sucesso e uma missão nobre a realizar. O Estado falido e desacreditado deve se restringir a oferecer as condições necessárias de infra-estrutura e deixar que as empresas se ocupem do que garante o emprego, a competitividade dos mercados e a potência da nação neste mundo globalizado.

Investidas como o novo ciclo da legitimação social e como o lugar que pode responder pelo esfacelamento dos vínculos sociais e pelas questões igualitárias, as organizações modernas com ênfase nas grandes empresas constroem para e de si uma auto-imagem grandiosa, que vai enraizar-se num imaginário próprio, que é repassado não apenas para os seus membros internos, mas também para a sociedade no seu conjunto.

É importante reconhecer que as empresas têm exercido no desenvolvimento econômico das sociedades atuais, mas essa relevante função não altera a sua finalidade básica: a de produzir com lucros bens e serviços destinados a um mercado. A crise econômica contribui para reforçar o seu papel, porém não é suficiente para modificar a sua essência. O conceito de cidadania é de uma outra natureza e implica, necessariamente, a superação de interesses particulares, a consciência do bem comum, a noção de igualdade e liberdade, de respeito pelos direitos do outro.

As empresas falam em seus nomes e em nome de seus interesses, dos quais não perder é um dos mais fortes. Falam em nome das categorias e dos setores econômicos que representam, defendendo, portanto, interesses parciais e legítimos.

As organizações modernas parecem ter conseguido não apenas romper as barreiras do espaço geográfico, multiplicando-se em um mercado sem limites, mas também ter derrubado as barreiras do tempo. Ainda que a evolução tecnológica tenha nisso um grande papel e suporte, é a mentalidade que fornece o núcleo e o motor da ação renovada sempre, num tempo que só existe como relações múltiplas no presente.

Ainda é verdade que ficar mais velho é aproximar-se mais da morte que da sabedoria. As empresas, porém, capitalizam a idade de uma outra forma. Ela é sinal de dinamismo, de sucesso, de potência, de reversão das dificuldades a seu favor, de poder mergulhar na fonte da juventude, via incorporação de novas técnicas, novos processos e novas práticas.

É quase como se as empresas tivessem descoberto a fórmula da imortalidade. É preciso negar a morte, é preciso ser jovem sempre. É

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