As Questões Sociais E Os Tempos Moderno
Ensaios: As Questões Sociais E Os Tempos Moderno. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: karla_komk • 24/11/2013 • 1.487 Palavras (6 Páginas) • 443 Visualizações
As Questões Sociais e os Tempos modernos
A depressão de 1929 foi um período de queda significativa da economia e que se estendeu pela década de 1930. Os Estados Unidos já estava sofrendo com a crise econômica, e a depressão foi sentida em todo o mundo. Nesta mesma década Charles Chaplin produziu o filme “Tempos Modernos” o qual fala sobre as grandes dificuldades decorrentes da crise econômica, tratando dos temas que mais afligiam a sociedade, como a miséria, a fome, o desemprego. A força do capitalismo parecia se esgotar mesmo no país o qual era símbolo da democracia moderna. Este filme nos leva a uma análise da sociedade em vários aspectos como; trabalho, segurança, liberdade, democracia, desigualdade, violência entre outros. O homem em seu trabalho sofrendo a pressão e exploração a ponto de fantasiar uma fuga em busca um lugar calmo, vai para o campo onde vive em uma casa simples, com alimentos á disposição um verdadeiro paraíso, mas na realidade essa ideia está totalmente distante da realidade, pois o campo foi o primeiro lugar a sentir a crise em 1929. O relógio mostra as diversas situações vividas por Carlitos a todo o tempo, na fábrica, Carlito trabalha apertando porcas, como se fosse parte da engrenagem da máquina, com movimentos ritmados, rápidos e repetitivos, posto totalmente de lado a condição humana para se obtiver uma maior produção, e em um certo momento o operário sente os efeitos da desumanização do ser humano e tem um colapso nervoso, os horários de intervalos feito pelo funcionário é descontado de seu salário como também as idas ao banheiro, este controle é feito pelo cartão de ponto que tem que ser batido nestas ocasiões, pois a empresa só paga o funcionário quando ele está na linha de produção. Homens tratados como máquinas, sem sentimentos e emoções, apenas parte do maquinário para gerar lucro para a indústria. Além de homens automatizados, Chaplin também critica a ganância e a busca a qualquer preço do lucro, onde se deixa de lado sentimentos como compaixão e respeito, tornando as pessoas insensíveis à figura do ser humano. Em certo momento do filme a máquina engole o homem, retratando assim, como a ganancia da indústria engolia a dignidade, a sanidade, a saúde e até a vontade de viver de operários que era em quase escravos. Reforçando a ideia da busca pela felicidade, o filme mostra em sua última cena, uma garota desiludida e triste que é estimulada por seu companheiro a prosseguir e depois mostra os dois caminhando por uma estrada, o que nos dá a expectativa de dias melhores, mais positivos com perspectiva de uma sociedade melhor.
Atualmente, vemos que as questões sociais já sofreram grandes satisfatórias mudanças desde seu início lá na década de 30.
A vinda da população do campo para o Distrito Federal que naquela época se situava no estado do Rio de Janeiro, em busca de emprego, por causa da desestruturação agrícola, tendo em vista que a aceleração da industrialização também necessitava do contingente de mão de obra, deixou à cidade populosa. Nesta transição do Brasil de agroexportador para indústria, houve grande demanda de infraestrutura como, suprimentos de energia e abertura de estradas entre outros. Havia grande carência de mão de obra, porém esta mão de obra teria que ser disciplinada para o trabalho, e com este intuito o Estado, entre estratégias institucionais e ideológicas, teve no Serviço Social e no Assistente Social uma ferramenta útil para e realizar este processo.
O Serviço Social no Brasil é originário dos movimentos sociais feitos pela Igreja Católica no país com o intuito de catequizar a população. Com o aumento da população em decorrência da industrialização, o Estado, para ter o controle de massa passa atender algumas reinvenções trabalhistas, de saúde, moradia e alimentação, atendendo as bases da cidadania, com políticas sociais e salariais. Tais atitudes vinham para proteger os interesses do Estado e das classes dominantes podendo assim ter fácil manipulação da massa. O Serviço social tinha como atuação a reprodução dos processos sociais, auxiliando e subsidiando o controle social além de reforçar as ideologias das classes dominantes às classes operárias.
No período da ditadura do Estado Novo (1937 a 1945) houve a criação de instituições sociais no Brasil como: LBA (Legião Brasileira de Assistência), a LBA tinha como foco atender as famílias de convocados da segunda guerra mundial, e mesmo tendo técnicos preparados, a instituição era conduzida pelas primeiras damas, afirmando assim o caráter filantrópico a serviço do governo; CNSS (conselho Nacional de Serviço Social) era utilizada para centralizar obras assistenciais públicas e privadas, usado para apoio político além, manipulação de verba pública.
Com caráter de controle social e político, o serviço social e a assistência social atuam também na permanência do sistema de produção por fatores econômicos, e na redução dos conflitos sociais.
Em 1946 a 1964 não houve mudanças significativas, sendo ainda o serviço social objeto a ser usado no contexto eleitoral. Neste período foram criadas: Fundação Leão XIII, criada para atuar ajudando moradores de favelas, nascendo aí às articulações entre Estado e Igreja, e SESI (Serviço Social da Indústria) criada para promover qualidade de vida ao trabalhador da indústria, entrando o empresariado na esfera da política e controle social, para defender seus interesses.
No Governo de Juscelino Kubitschek, década de 50, a assistência social tornou-se totalmente assistencialista. E em 1964 com a mudança do regime político, e com a ditadura militar, os investimentos nas instituições caem com justificativas de aumentar a economia do país, porém há um aumento significativo
...