As Reflexões da Primeira Instrução

Reflexões sobre a Primeira Instrução

Amados irmãos, é com muita satisfação que apresento a esta Loja este trabalho fundamentado nas reflexões obtidas em minha primeira instrução.

A Maçonaria tem seus ensinamentos ministrados na compreensão de algumas simbologias e alegorias. Sua origem provem das antigas Fraternidades Iniciáticas do Egito que utilizavam de símbolos para facilitar o aprendizado a seus iniciados e dificultar a compreensão dos profanos.

Passo a compreender melhor a importância do estudo aprofundado dos segredos que permitem o desenvolvimento do respeito e da ética maçônica. Iniciei minha entrada no Templo com três importantes passos em busca da comunicação e revelação dos segredos.

Após ser reconhecido pelo S.’.T.’.P.’., fui apresentado a simbologia da Pedra Bruta sob a orientação do I.’. 1º. Vigilante. Compreendi que minha tarefa básica consiste em “desbastar e esquadrejar a pedra bruta” e iniciar meu aperfeiçoamento moral. Para tal feito fui apresentado aos instrumentos necessários a esta transformação:

O primeiro a régua de 24 PP.’., utilizada para delinear sobre a pedra bruta o corte a ser executado. Devemos preparar com precisão e planejar de forma clara e definida todo trabalho a ser executado durante as 24 horas do nosso dia, sabendo dividi-lo entre o lazer, a espiritualidade e o descanso. A lição das 24 polegadas nos permite planejar nossas ações, seguir regras, leis e padrões de conduta.

O segundo o Maço, utilizado para descarregar golpes e representa a energia e habilidade para executar o trabalho. Necessitamos que esta energia seja utilizada de forma racional na execução de nossas ações. É a razão sobre à emoção.

O terceira o Cinzel que através de um fio cortante e resistente abre caminhos na matéria. Aprendemos que através de repetidos esforços se adquire o habito da Virtude. Devemos manter foco e energia na obra final e não desviar do caminho traçado. É preciso ter paciência para alcançar os resultados esperados.

A utilização destes instrumentos nos permite polir a pedra bruta na busca por transforma-la em pedra polida. Devo como Apr.’.M. buscar todo conhecimento necessário no aperfeiçoamento moral e espiritual, vencer todas as dificuldades, extinguir as trevas da ignorância e espalhar a felicidade no caminho da vida.

Assim como a pedra bruta tenho formas imperfeitas com defeitos, fraquezas, deslizes e vaidades. Tenho consciência do longo caminho a ser percorrido para me tornar um construtor social.

A cada dia procurarei desbastar as arestas e asperezas que existem em mim, a fim de um dia me tornar útil à obra que a maçonaria compete construir.  Espontaneamente foi o meu juramento, portanto, para a preservação da minha honra e dignidade, juntarei todas as forças para jamais violá-lo e consequentemente trair os presentes irmãos.