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As Vanguardas

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Por:   •  14/5/2014  •  3.595 Palavras (15 Páginas)  •  739 Visualizações

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As Vanguardas

As vanguardas europeias foram movimentos culturais que surgiram na Europa durante as duas primeiras décadas do século XX, quando ocorria a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Revolução Russa (1917), a Belle Époque e uma crise financeira na Europa. As vanguardas eram um conjunto de tendências que se opunham as tendências vingentes da época. As principais características delas eram:

• Enfoque na euforia e no pessimismo;

• Irracionalismo;

• Negação das formas fixas e do academicismo;

• Crítica às convenções burguesas.

Nas três primeiras décadas do século XX, o cenário artístico europeu vivia um momento de grande agitação. Diferentes movimentos artísticos, denominados vanguardas, surgiram para estabelecer novas referências para a pintura, a literatura, a música e a escultura.

O novo século precisava criar as próprias referências estéticas. É nesse contexto histórico-cultural que nascem os vários “ismos”: Cubismo, Futurismo, Expressionismo, Dadaísmo e Surrealismo.

Praticamente todas as vanguardas lançaram manifestos. Esses manifestos eram textos que divulgavam as propostas das novas formas de expressão artística e definiam estratégias formais para alcançá-las.

Cada uma das vanguardas que surgem no início do século XX apresenta um projeto próprio, mas todas elas têm uma intenção em comum: romper radicalmente com os princípios que orientavam a produção artística do século XIX. Podemos, então, resumir o projeto artístico das vanguardas como um movimento ousado que quer libertar a arte da necessidade de representar a realidade de modo figurativo e linear.

O desafio enfrentado pelos novos artistas é claro: encontrar uma nova linguagem capaz de expressar a ideia de velocidade, capturar a essência transformadora da eletricidade, o dinamismo dos automóveis. Por esse motivo, toda a produção artística de vanguarda terá um caráter de ruptura, de choque e de abertura. A ruptura se dá com os valores e princípios do passado; o choque, com as expectativas do público. A abertura é marcada pela busca de novos modos de olhar e interpretar a realidade em permanente estado de transformação.

Manifestações Artísticas

Futurismo: O futurismo foi um movimento literário e artístico iniciado em 1909. Foi Felippo Marinetti, poeta italiano, quem começou este movimento com a publicação do Manifesto Futurista. Ele fez parte da primeira vanguarda futurista.

Características:

- Desvalorização da tradição e do moralismo;

- Valorização do desenvolvimento industrial e tecnológico;

- Propaganda como principal forma de comunicação;

- Uso de onomatopeias (palavras com sonoridade que imitam ruídos, vozes, sons de objetos) nas poesias;

- Poesias com uso de frases fragmentadas para passar a ideia de velocidade;

- Pinturas com uso de cores vivas e contrastes. Sobreposição de imagens, traços e pequenas deformações para passar a ideia de movimento e dinamismo;

ARTES PLÁSTICAS: As obras refletem o mesmo ritmo e espírito da sociedade industrial. Para expressar velocidade na pintura, os artistas recorrem à

repetição dos traços das figuras. Se querem mostrar muitos acontecimentos ao mesmo tempo, adaptam técnicas do cubismo. Na escultura, os futuristas

fazem trabalhos experimentais com vidro e papel e seu expoente é o pintor e escultor italiano Umberto Boccioni. Sua escultura Formas Únicas na

Continuidade do Espaço (1913) – interseção de inúmeros volumes distorcidos – é uma das obras emblemáticas do futurismo. Nela se capta a idéia de

movimento e de força.

LITERATURA: Os futuristas navegavam pelas vertentes dos jogos, do idioma puro, do rompimento das regras tipográficas convencionais, optando pelo recurso às onomatopéias, figuras de linguagem com as quais é possível simular sonoridades através de um fonema ou de uma palavra. Esses meios explorados pelo futurismo reverberaram, posteriormente, em movimentos como o dadaísta, o concretista, bem como na tipografia dos tempos modernos e no design gráfico típico da pós-modernidade.

CINEMA: O cinema era visto como o lugar privilegiado de educação da nova sensibilidade e da força inovadora indispensável às novas gerações, pois nele se encontravam os elementos e as possibilidades mais autenticamente futuristas : as analogias, a simultaneidade, a interpenetração espaciotemporal ; a ele caberia criar a “sinfonia poliexpressiva” (resultado da somatória de todas as outras artes). Educada pelo cinema, a nova sensibilidade deveria ser alógica, impressionista, feita de intuições rápidas, sintonizada com as palavras em liberdade da nova poesia, com o novo espaço pictórico simultaneísta, com a configuração de estímulos do contexto urbano.

TEATRO: O criador e principal defensor do teatro era futurista Filippo Tommaso Marinetti, que já é o personagem principal de todo o movimento, o que ele viu no teatro um importante meio de comunicação e fenômeno artístico, onde era mais possível a aplicação dos princípios de dinamismo e de subversão da moralidade comum já defendida no Manifesto do Futurismo, descrição sucinta dos objetivos dos futuristas, publicado no jornal francês Le Figaro, 20 de fevereiro de 1909.

Expressionismo: Em oposição ao Impressionismo, o Expressionismo surge no final do século XIX com características que ressaltam a subjetividade. Neste movimento, a intenção do artista é de recriar o mundo e não apenas a de absorvê-lo da mesma forma que é visto. Aqui ele se opõe à objetividade da imagem, destacando, em contrapartida, o subjetivismo da expressão.

Seu marco ocorreu na Alemanha, onde atingiu vários pintores num momento em que o país atravessava um período de guerra. As obras de arte expressionistas mostram o estado psicológico e as denúncias sociais de uma sociedade que se considerava doente e na carência de um mundo melhor. Pode-se dizer que o Expressionismo foi mais que uma forma de expressão, ele foi uma atitude em prol dos valores humanos num momento em que politicamente isto era o que menos interessava.

Além de sua forte manifestação na pintura, o expressionismo foi marcante também em outras manifestações artísticas,

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