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Vanguardas Europeias

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Por:   •  19/11/2013  •  1.719 Palavras (7 Páginas)  •  890 Visualizações

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COLÉGIO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

MATHEUS PAUZER

VANGUARDAS EUROPEIAS

PONTA GROSSA

2012

INTRODUÇÃO

Neste trabalho tem-se como objetivo esclarecer e aprimorar nossos conhecimentos sobre vanguardas europeias, a palavra “vanguarda”, do francês avant-garde, significa “batalhão militar que marcha à frente da tropa”. Em sentido mais amplo, refere-se aquilo que está à frente de seu tempo. No inicio do século XX designou os movimentos que propunham práticas e tendências inovadoras nas artes.

VANGUARDAS EUROPEIAS

Na Europa, a Belle Époque dos cabarés, dos aeroplanos, dos automóveis, dos produtos em série, das discussões filosóficas e artísticas foi surpreendida pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Futurismo, Cubismo, Expressionismo, Dadaísmo e Surrealismo apareciam como os principais movimentos de vanguarda que proporiam uma nova forma de representação artística de um mundo estilhaçado.

As vanguardas europeias ou os movimentos europeus de vanguarda eram aqueles que, segundo seus próprios autores, guiavam a cultura de seus tempos, estando de certa forma à frente deles. Muitos destes movimentos acabaram por assumir um comportamento próximo ao dos movimentos políticos: possuíam militantes, lançavam manifestos e acreditavam que a verdade encontrava-se com eles.

Muitos outros artistas e movimentos artísticos, posteriores, por sua atitude semelhante a das vanguardas europeias canônicas, poderiam ser referidos pelo termo vanguarda, sendo usual, porém, utilizarmos o termo somente para os artistas participantes daquelas, especialmente para fins didáticos.

 EXPRESSIONISMO: O Expressionismo surge em 1910, na Alemanha, como um modo de contradizer a maneira da arte impressionista expressar a realidade, a qual valorizava a pintura com traços e efeitos da luz do sol sob a imagem e a valorização das cores obtidas através da exposição solar. Já a pintura expressionista busca a manifestação do mundo interior através das feições, é a materialização do sentimento do artista a respeito de algo vivenciado, sem a preocupação em embelezar a imagem.

As pinturas de Van Gogh foram precursoras deste movimento de expressão nítida da visão do artista ao perceber uma realidade. A exteriorização de sua reflexão refletida no seu modo peculiar do uso das cores foi fonte de inspirações para os pintores expressionistas alemães e austríacos, e até mesmo aos artistas do século XX, como Jackson Pollock. Outro artista precursor do Expressionismo que deixou um marco através de sua obra “O grito” é Edvard Munch. Neste quadro vemos a expressão de medo, de dor, de angústia em relação ao conturbado final do século XIX em junção com sua própria vida.

O declínio desta estética, mais fundamentada na pintura, ocorre a partir de 1933 com a ascensão de Hitler na Alemanha. Desde então, a arte passa a seguir a tendência da “arte pura” em paralelo com a ideologia da busca da “raça pura” instituída por Hitler ao povo germânico.

A autora Anita Malfatti, em 1912, foi à Alemanha, onde teve contato com o Expressionismo alemão, o qual influenciou as obras da artista. Em 1917, após duas exposições, Anita gera diversos rebuliços na arte, os quais culminam na mostra de arte moderna, a qual deu início ao movimento modernista em 1922.

 CUBISMO: O Cubismo surge com o pintor francês Paul Cézanne que introduziu em suas obras a distorção nas formas e os formatos bidimensionais. Mas é em 1907, que o Cubismo é retratado com maior ênfase nas pinturas do principal representante deste movimento: Pablo Picasso, ao lado de Georges Braque. O quadro de Picasso intitulado pelo autor de “Demoiselles d’Avignon” retrata e prenuncia as características cubistas: formatos geométricos, sensação de pintura escultural e a superposição de partes de um objeto sob um mesmo plano.

A pintura cubista destaca as formas geométricas como meio de expressão: cones, cilindros, esferas, pirâmide, prismas. Os formatos embasados na matemática geométrica possibilitam ao espectador a visualização espacial da imagem, ou seja, o objeto pode ser visto por ângulos diferentes. A visão cubista tem a função de ilustrar na arte a decomposição, fragmentação e recomposição da realidade através das estruturas geométricas. Os artistas cubistas trazem uma ruptura com a perspectiva de visualizar o mundo sob um só ângulo, uma só perspectiva. Então, o usufruto de colagens, montagens, a superposição de figuras, a simultaneidade são características marcantes dos cubistas.

A literatura no Cubismo também retratou a fragmentação e a geometrização da realidade por meio da linguagem: as palavras são soltas e são dispostas no papel a fim de conceber uma imagem.

O Cubismo surgiu nos meios literários com o manifesto-síntese de Guillaume Apollinaire, em 1913. Apollinaire apoiava a destruição da sintaxe, assim como a vanguarda anterior (Futurismo) era a favor da invenção de palavras e de seu uso sem preocupações com normas, do verso livre e da abolição do lirismo (estrofe e rima). No Brasil, o Cubismo exerceu influência na década de 20 com Oswald de Andrade e na década de 60 com o Concretismo.

 DADAÍSMO: O movimento Dadá (Dada) ou Dadaísmo foi um movimento artístico da chamada vanguarda artística moderna iniciado em Zurique, em 1916 durante a Primeira Guerra Mundial, no chamado Cabaré Voltaire. Formado por um grupo de escritores, poetas e artistas plásticos, dois deles desertores do serviço militar alemão, liderados por Tristan Tzara, Hugo Ball e Hans Arp.

Embora a palavra dada em francês signifique cavalo de madeira, sua utilização marca o non-sense ou falta de sentido que pode ter a linguagem (como na fala de um bebê). Para reforçar esta ideia foi estabelecido o mito de que o nome foi escolhido aleatoriamente, desta forma, abrindo-se uma página de um dicionário e inserindo-se um estilete sobre ela. Isso foi feito para simbolizar o caráter antirracional do movimento, claramente contrário à Primeira Guerra Mundial e aos padrões da arte estabelecida na época. Em poucos anos o movimento alcançou, além de Zurique, as cidades de Barcelona,

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