Atividade Avaliativa
Ensaios: Atividade Avaliativa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 2013paulo2014 • 1/9/2014 • 1.192 Palavras (5 Páginas) • 357 Visualizações
Análise Crítica: Teoria de Piaget
"A Teoria de Piaget e sua contribuição para o ensino"
Daniela Bueno Gomes de Melo RA: 119283
Desde pequeno, Jean Piaget (1896-1980) já se interessava pelas ciências. Seu interesse abrangia o campo da religião, da filosofia, da biologia e da sociologia e mais tarde o campo da psicologia, no qual, possui participação fundamental por contribuir na área da educação. Quando entrou para o ramo da psicologia no início do século XIX, Piaget passou a investigar as estruturas e a gênese do conhecimento, desenvolvendo a teoria da Epistemologia Genética. Um estudo, portanto, da construção do conhecimento e da inteligência humana, dos estados simples até o mais complexo, no qual, pode ser considerado muito importante para as implicações educacionais nas escolas, principalmente para o nível infantil, pois entendendo como o desenvolvimento se dá é possível se adaptar às práticas mais adequadas para promover a educação.
Piaget não concordava com as teorias que estavam em vigor: o apriorismo, que coloca a inteligência como algo pronto dentro do sujeito e com o empirismo, onde o conhecimento se encontra no meio em que o sujeito vive, ou seja, fora do mesmo. A partir disso, ele cria o paradigma interacionista, que apresenta o conhecimento entre o sujeito e o meio, no qual, o sujeito precisa agir com o meio para desenvolver a inteligência. Tal visão interacionista pode explicar de maneira convincente o porquê das crianças desenvolverem o conhecimento de formas distintas, já que as mesmas interagem com tipos diferentes de meio, de acordo com o ambiente escolar, familiar e cultural. Um exemplo disso seria uma criança com uma condição financeira melhor, que tem acesso a brinquedos e jogos que estimulam sua aprendizagem, portanto obteria um conhecimento mais rápido se comparada a uma criança que vive em condições precárias e por isso, não tem acesso a esses meios de interação.
Para desenvolver o conhecimento, segundo Piaget, o ser humano percorre por quatro estágios, sendo que todos passam por esses e ninguém os pula, no máximo, há aceleração das fases. O interessante da teoria de Piaget é que ele usou a experimentação para defini-la e não apenas descreveu os processos, nesse caso, para organizar os estágios, ele observou seus próprios filhos e realizou um estudo detalhado. Tais estágios são classificados abaixo de forma sucinta: (MOREIRA, 1995):
1º Estágio - Sensório motor (0 a 2 anos): A criança é considerada como egocêntrica, pois acredita que tudo existe em função dela, não conseguindo diferenciar o seu eu dos objetos, além disso, ela vai percebendo o mundo através de seus reflexos e imita atitudes adultas
2º Estágio - Pré-operacional (2 a 7 anos): A criança ainda se encontra egocêntrica, pois ela tenta explicar as situações através de suas experiências. Seu pensamento está mais organizado em virtude da linguagem, mas não é reversível.
3º Estágio - Operacional Concreto (7 a 12 anos): Há uma descentralização do egocentrismo e a criança é capaz de ter pensamentos reversíveis, mas ainda não utiliza hipóteses para raciocinar e sim, acontecimentos e objetos concretos do momento.
4º Estágio - Operatório formal (12 anos em diante) “O adolescente torna-se capaz de fazer raciocínios hipotético-dedutivos. [...] ele passa a buscar hipóteses gerais que possam explicar fatos observáveis que tenham ocorrido.” (MOREIRA, 1995). Além disso, manifesta um tipo de egocentrismo, pois acredita estar sempre certo em suas opiniões, atribuindo grande poder ao seu pensamento, como cita Moreira.
Os conceitos que Piaget utiliza nas definições dos estágios, como o egocentrismo, são relevantes para a compreensão das atitudes das crianças e dos adolescentes no seu crescimento, pois ajuda os educadores e até mesmos os pais a tomarem uma iniciativa que tente fazer
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