Atps Analise De Investimento
Pesquisas Acadêmicas: Atps Analise De Investimento. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Ennylla • 23/9/2013 • 4.228 Palavras (17 Páginas) • 268 Visualizações
Etapa 1
Passo 1
Nos últimos anos, disparou no Brasil a quantidade de investidores interessados em buscar maior rentabilidade, tentando mudar sua alocação de recursos para além dos investimentos tradicionais, como a poupança, por exemplo. Depois da descoberta da "mina de ouro" no mercado acionário, muita gente passou a investir em ações. Agora, porém, a crise que afeta o setor --a primeira mais séria depois do "boom" do mercado de capitais brasileiro, em 2005-- faz com que os investidores busquem outras opções mais estáveis.
O próprio mercado criou diversas opções de investimento, satisfazendo desde o investidor mais cauteloso até o mais agressivo. Algumas dessas opções já existem há muitos anos, mas só agora ganham importância no cenário em que cada vez mais gente se dispõe a guardar dinheiro e planejar o futuro.
Quando uma pessoa resolve fazer um investimento, ela deve atentar a três principais aspectos, presentes em qualquer modalidade: o risco, a rentabilidade e a liquidez, que é a velocidade pelo qual o investidor pode se desfazer de seu investimento.
Tipos de Investimentos
Ações: É um título pelo qual o investidor passa a deter parte de uma determinada empresa, podendo ter direito a voto (ações ordinárias) ou não (ações preferenciais). Seu rendimento vem de duas formas: compra e venda conforme o desempenho da ação na bolsa de valores --local em que ela é negociada-- ou através dos dividendos (repartição dos lucros e benefícios dados pela empresa em questão).
Investir em ações pode ser feito diretamente --através do chamado home broker (operação em casa) ou usando uma corretora como intermediadora-- ou através de fundos de ações (veja abaixo).
Dentro desses papéis há vários níveis de risco e liquidez. Ações de grandes empresas, por exemplo, costumam ter um desempenho mais linear porque há muita gente comprando e vendendo ao mesmo tempo --ou seja, tem mais liquidez. Já ações de pequenas empresas (chamadas de "small caps") não possuem grande liquidez e variam mais, o que dá mais possibilidades de ganho (e de perda) com a compra e venda dos papéis.
Quem investe em ação precisa saber que as oscilações são comuns, e que dez entre dez consultores recomendam a modalidade para quem tem "sangue frio" e sabe esperar uma crise passar. Assim, recomenda-se que o dinheiro investido em ações seja um montante com que o dono não precise contar no curto prazo. Com isso, fica mais fácil esperar a recuperação da queda de uma ação, por exemplo.
Fundos de Ações: Trata-se da associação de vários investidores, o que dá mais "poder de fogo" nos investimentos, já que há mais dinheiro disponível para se investir. Normalmente são organizados por corretoras e geridos por profissionais de mercado. Podem tanto investir em apenas um tipo de ação como em "cestas" --ações de várias empresas de um determinado setor ou tamanho, por exemplo.
O tipo de fundo de ações mais comum é o atrelado ao Ibovespa --principal indicador da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). O Ibovespa é uma "cesta" composta pelas ações mais negociadas na Bovespa, com uma proporção equivalente a estas negociações. O ganho do investidor, no caso, é o mesmo da variação do Ibovespa no período em que o recurso esteve aplicado.
Derivativos: É um investimento pouco recomendado para pessoas com pouca familiaridade com o assunto. São ativos financeiros que derivam, integral ou parcialmente, do valor de outro ativo financeiro ou mercadoria. Sua variação é muito alta, fazendo com que o investidor ganhe e perca toda a aplicação em pouco tempo.
Investimentos deste tipo são realizados através de corretoras associadas à BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), onde são operados esses tipos de negócios.
Seus tipos mais comuns são os mercados de opções (onde o investidor compra uma opção de compra de algum ativo em um determinado dia, onde pode ganhar com a diferença entre o preço combinado e o preço real ou, no caso de não exercer a opção, perder o recurso pago para ter direito à compra) e o mercado de futuros (compra de um ativo dentro de um determinado período por um preço pré-fixado).
Um exemplo: no mercado de futuros, o investidor pode fechar um contrato de compra de laranjas por um determinado valor daqui, por exemplo, um mês. O ganho ocorrerá se, por motivos diversos, o preço da laranja disparar no mercado (consumo em alta, geadas em áreas produtoras, etc.), já que o investidor comprará pelo preço previamente combinado. Em compensação, pode perder dinheiro se o preço do produto no mercado cair.
Este expediente é usado como proteção pelo produtor --afinal, independente do que ocorrer no mercado, ele receberá pelo preço já acordado.
Títulos de Renda Fixa: Papéis onde sabe-se antecipadamente qual será o retorno (pré-fixado) ou com ganho atrelado a um índice --como o CDB (Certificado de Depósito Bancário), RDB (Recibo de Depósito Bancário) ou a taxa básica de juros, a Selic (pós-fixados). Eles podem ser privados - emitidos tanto por empresas de capital aberto como pelas instituições financeiras - e públicas --emitidos pelos governos federal, estadual e municipal.
O investimento nesses títulos pode ser feito através de instituições financeiras ou diretamente, no caso dos títulos públicos, através do Tesouro Direto.
Os títulos de dívida (debêntures, notas promissórias e recebíveis, no caso das empresas; e títulos de dívida pública, no caso do poder público) e os atrelados ao CDB e ao RDB são os mais comuns papéis de renda fixa.
Sua liquidez é relativa, dependendo de seus prazos. Mas, no mercado, é comum a negociação desses papéis enquanto eles não vencem, o que lhe dá maior liquidez. Seu rendimento também depende a quem está atrelado, mas normalmente a possibilidade de ganho é menor do que em investimentos de renda variável.
São fundos cujo recurso aplicado é usado para investimentos em títulos de renda fixa. São feitos através de instituições financeiras, que normalmente usam o recurso em aplicações mais arriscadas, tomando para si os lucros ou perdas resultantes dessa operação.
Fundos Multimercado: São fundos onde a idéia é alocar recursos em diferentes tipos de investimento --buscando, assim, maior rentabilidade sem se expor tanto ao risco. Também são feitos através de bancos e corretoras.
Fundos de private equity: São fundos que realizam compra e venda de empresas. O objetivo desses fundos é comprar empresas familiares ou que não possuem capital
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