Atps Economia
Artigo: Atps Economia. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: bonzaum123 • 27/9/2013 • 4.911 Palavras (20 Páginas) • 286 Visualizações
SUMARIO
1 – INTRODUÇÃO
2 – CONCLUSÃO
3 – BIBLIOGRAFIA
4 – ANEXOS
1 – INTRODUÇÃO
Como uma das últimas fronteiras de ocupação terrestre, a Amazônia atraiu a atenção do mundo com a riqueza de sua diversidade biológica, grupos indígenas, recursos minerais e matéria-prima. Na última década, as atenções têm-se voltado não somente para a pecuária e conflitos de terra, mas também, de forma crescente, para as dinâmicas da exploração madeireira e seus papéis na economia da fronteira de. Embora seja apenas uma das atividades extrativistas praticadas na fronteira de ocupação, a exploração madeireira, além de ser a mais visível, possui o potencial de catalisar a transformação da paisagem.
O rápido crescimento da exploração madeireira e a grande aquisição de terras pelas empresas asiáticas podem ocasionar, nas próximas décadas, a liquidação indiscriminada de parte dos 80 bilhões de metros cúbicos de madeira estimados na bacia amazônica.
Os resultados deste estudo fornecem uma visão geral da dinâmica da fronteira de ocupação. Mesmo num curto período de cinco anos, esses resultados podem sugerir como a indústria desenvolver-se à medida que cresce e se espalha pela bacia amazônica.
Mostra também o comportamento histórico das séries de produção e comercialização de madeira no mercado paraense, considerando quantidade, preço e valor exportado de madeiras serrada, compensada, laminada e artefatos, para os mercados local, nacional e internacional. No mercado local, observou-se que a produção de madeira em tora registrada pelo IBGE é superior ao volume informado pela SEMA, o que revela o grau da extração ilegal. Os preços da madeira em tora são mais altos no polo do Baixo Amazonas comportamento histórico das séries de produção e comercialização de madeira no mercado paraense, considerando quantidade, preço e valor exportado de madeiras serrada, compensada, laminada e artefatos, para os mercados local, nacional e internacional.
Ramo de Atividade: Indústria Madeireira
A indústria madeireira no estado do Pará ainda é um ramo de atividade muito promissor para os próximos 10 anos, devido aos projetos de sustentabilidade e ações do governo coibindo o desmatamento ilegal e de forma desordenada.
O Estado é um bom indicador para analisar a expansão da indústria madeireira ao longo da bacia Amazônica, uma vez que abriga mais de um quarto do total da área florestada restante na Amazônia.
No Pará a exploração da madeira é sazonal. De dezembro a maio que é a estação chuvosa praticamente imobiliza a exploração em terra firme. De modo inverso, a exploração de espécies de madeiras leves nas áreas do estuário (ou várzeas) ocorre principalmente na estação chuvosa, quando as toras podem ser transportadas boiando das florestas ribeirinhas inundadas.
A madeira é comprada em tora medida em metros cúbicos e vendida em cortes de vários tamanhos em metros cúbicos, o seu valor de venda e compra varia de essência para essência, exemplos de madeiras nativas: Tauri, massarandura, angelim vermelho, ipé, muracatiara, guajara e outras mais.
O preço médio ponderado da madeira em tora posta no pátio na Amazônia foi de R$ 220/m³ em janeiro de 2011. A Praça Belém foi a que apresentou o maior preço médio, R$ 416/m³. O preço médio da madeira em tora nas praças paraenses foi o maior dos estados da Amazônia, R$ 249/m³. As duas praças de Mato Grosso apresentaram preços médios entre R$ 199 a R$ 371/m³, com média geral de R$ 241/m³. Em Rondônia, Vilhena possui o maior preço médio geral de madeira em tora (R$ 200/m³), apesar de Cujubim e Costa Marques apresentarem preços maiores na classe de Alto Valor (R$ 350 e R$ 317/m³, respectivamente) sendo que a mesma é vendida ao preço de 800,00/ m³ serrado.
Em 2011, foram identificadas 2.227 empresas na Amazônia Legal. Para este estudo foram entrevistadas 846, o que representa 39% de todos os empreendimentos em funcionamento na região, este valor não inclui as empresas clandestinas operando em área remota da região.
Juntas, estas empresas consumiram 14,2 milhões de metros cúbicos de madeira em tora (o equivalente a cerca de 3,5 milhões de árvores) resultando na produção de 5,8 milhões de metros cúbicos de madeira processada. A maioria (72%) era madeira serrada com baixo valor agregado (ripas, caibros, tábuas e similares). Outros 15% foram transformados em madeira beneficiada com algum nível de agregação tecnológica (pisos, esquadrias, madeira aparelhada etc); e o restante (13%) era madeira laminada e compensada.
A estimativa da receita bruta do setor foi cerca de R$ 4,94 bilhões. Dessa receita, o Estado do Pará participou com 43%, seguido de Mato Grosso com 33% e Rondônia com 15%.
As 40 empresas associadas à AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará) são responsáveis, hoje, por 80% da exportação de produtos serrados e manufaturados do Pará, caracterizando-o como o maior centro produtor e exportador de madeira tropical do Brasil. Os principais produtos da pauta de exportação são a madeira serrada, a madeira aparelhada e o piso de madeira com 29%, 26% e 22%, respectivamente, tendo como principais beneficiados os Estados Unidos, com 27% do mercado e a Europa, com 28%.
Estes dados estão presentes no resultado final da pesquisa de avaliação que a diretoria da Aimex realizou sobre seus associados. Os números revelam, ainda, que as empresas que fazem parte da associação destinam 35% de suas atividades para a exportação e 29% para o beneficiamento da madeira. Além disso, elas têm uma preocupação a mais: 38% de suas atividades ambientais e sociais são destinadas à elaboração e execução de projetos sociais e 30% para o reflorestamento
Segundo o Diretor-Executivo da Aimex, Justiniano Netto, o objetivo principal da pesquisa é traçar o perfil das empresas associadas, conhecendo suas demandas e suas expectativas – “Um bom diagnóstico é fundamental para que a entidade possa trabalhar em sintonia com a classe produtiva”, destaca Netto.
A pesquisa detectou, também, que o principal problema do setor madeireiro é, sem dúvida, o fundiário. O Estado do Pará ainda não tem regras definidas para delimitar quem são os proprietários das terras propícias
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