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Por:   •  25/11/2013  •  3.540 Palavras (15 Páginas)  •  246 Visualizações

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AULA-TEMA: Introdução a Economia

Taxa de câmbio

No Brasil, a política cambial foi uma das formas que o governo encontrou para amenizar os problemas econômicos que assolaram os países desenvolvidos durante a crise. Assim, mesmo com o declínio da atividade econômica e das consequências devastadoras para a indústria nacional, os brasileiros não sentiram os reflexos da turbulência econômica em seus empregos ou renda tão fortemente.

Mas, o que é a taxa de câmbio ? Como ela influencia a economia? O que causa as variações bruscas no preço do dólar? Quais as consequências dessas mudanças para a economia como um todo?

A taxa de câmbio é o preço de trocas entre a moeda de dois países. "Em economia internacional utilizamos o dólar como moeda de referência, então, no Brasil, a taxa de câmbio é a taxa de troca entre o Real e o Dólar", conta. Em outras palavras, a taxa de câmbio determina quantos reais são necessários para se obter um dólar no mercado.

A taxa de câmbio é tudo afeta principalmente a inflação e os preços dentro da economia nacional, e isso vale mesmo para bens de consumo feitos dentro do país ou pequenos produtores rurais. Isto porque, além da quantidade de bens de consumo importados aqui dentro, muitas máquinas e matérias primas tem seus preços cotados na moeda dos Estados Unidos.

Além desta presença massiva, há também o fato de que as matérias primas que são negociadas em todo o mundo, como petróleo, milho, soja, arroz, café, por exemplo, tem seus preços determinados em dólar. Ou seja, se há pouca oferta de algum destes produtos, o preço sobe internacionalmente e o supermercado brasileiro, mesmo que não afetado por esta queda na oferta, vai reajustar seus valores também.

Um dos setores que são mais afetados pela variação do câmbio é a indústria. Se o dólar sobe, os preços dos produtos nacionais ficam mais baratos e dos importados mais caros, beneficiando a indústria nacional. O contrário também é verdadeiro.Muita importação não é positivo, pois estamos colocando produtos de outras economias dentro do nosso país.

Pedro Paulo Bastos,enfatiza a importância de se ter e manter um parque industrial forte no país,

"O setor industrial é mais dinâmico e o emprego na indústria paga muito melhor. O mercado de trabalho brasileiro tem crescido pelo setor de serviços, onde há uma concentração do emprego que paga abaixo de mil, dois mil reais"

Menos dólares

Para evitar a entrada massiva de dólares e, assim, manter a indústria competitiva, o governo adotou, nos últimos anos, diversas medidas de controle de capitais, principalmente o aumento de impostos sobre a entrada de capitais estrangeiros de curto prazo. No entanto, uma das variáveis que mais afetam a taxa de câmbio de um país é a taxa básica de juros.

Atualmente no patamar histórico de 7,25%, as consecutivas derrubadas da Selic nos últimos anos (já chegou a 50%) tiveram como um de seus objetivos diminuir o fluxo de dólares que entram na economia. Se a taxa de juros que a gente pratica aqui é de 2% e a dos Estados Unidos de 0,25%, por exemplo, os investidores estrangeiros vão trazer todo o seu capital para cá, já que comprando títulos da dívida vão ser remunerados com juros muito mais altos.

Esta remuneração alta pode inclusive inibir o investimento, já que os investidores acabam optando pela remuneração à partir dos juros e não com o resultado de investimentos diretos em produção e inovação.

Porém, o dólar valorizado tem suas consequências pouco positivas, já que o aumento dos preços dos produtos importados acaba impactando na inflação e reduzindo o real poder de compra dos salários, que leva, a longo prazo, a uma pior distribuição de renda.

Taxa Selic

O que é taxa Selic?

A Taxa Selic é também conhecida como taxa básica de juros da economia brasileira. É a menor taxa de juros da economia brasileira e serve de referência para a economia brasileira. Ela é usada nos empréstimos feitos entre os bancos e também nas aplicações feitas por estas instituições bancárias em títulos públicos federais.

Como é definida?

A Selic é definida a cada 45 dias pelo COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil).

Para que serve?

Para definir o piso dos juros no país. É a partir da Selic que os bancos definem a remuneração de algumas aplicações financeiras feitas pelos clientes. A Selic também é usada como referência de juros para empréstimos e financiamentos. Vale ressaltar que a Taxa Selic não é a utilizada para empréstimos e financiamentos na ponta final (pessoas físicas e empresas). Os bancos tomam dinheiro emprestado pela Taxa Selic, porém ao emprestar para seus clientes a taxa de juros bancários é muito maior. Isto ocorre, pois os bancos embutem seu lucro, custos operacionais e riscos de não obter de volta o valor emprestado.

A Selic e a inflação

A Taxa Selic é um importante instrumento usado pelo Banco Central para controlar a inflação. Quando está alta, ela favorece a queda da inflação, pois desistimula o consumo, já que os juros cobrados nos financiamentos, empréstimos e cartões de crédito ficam mais altos. Por outro lado, quando está baixa, ela favorece o consumo, pois tomar dinheiro emprestado ou fazer financiamentos fica mais barato, já que os juros cobrados nestas operações ficam menores.

A Selic e o câmbio

Quando a Taxa Selic está muito alta, o valor do dólar tende a diminuir no país. Isso ocorre, pois muitos investidores externos fazem aplicações no Brasil atreladas aos juros. Entrando e circulando mais dólares na economia brasileira, esta moeda se desvaloriza, enquanto o real ganha força.

A Selic e o consumo

Como a alta da Selic encarece os financiamentos e aumenta os juros cobrados em cartões de crédito, fica mais caro comprar de forma parcelada. Logo, a Selic alta desestimula o consumo, reduzindo a venda de mercadorias e serviços. As empresas brasileiras e os consumidores acabam sendo prejudicados com este fator.

A Selic e a poupança

Quanto maior a taxa Selic, maior é o rendimento da poupança, pois esta taxa de juros é usada na definição deste tipo de aplicação financeira. A poupança, pelas regras atuais, garante

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