Atps Responsabilidade Social E Meio Ambiente
Artigos Científicos: Atps Responsabilidade Social E Meio Ambiente. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Luanalucio • 24/9/2013 • 1.160 Palavras (5 Páginas) • 562 Visualizações
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL X ADMINISTRAÇÃO
No contexto da administração de empresas é interessante observar que até o surgimento da Revolução Industrial não existia ainda um contexto que evidenciasse claramente a existência de fábricas ou mesmo de indústrias.
Não existiam até aquele momento operários especializados e os produtos eram produzidos pelo artesão. É evidente, então, que havia problemas antes da Revolução: os produtos, em sua maioria, ao serem produzidos artesanalmente traziam custos evidentes, pois, por mais que se quisesse, era difícil o estabelecimento de um critério produtivo igual.
Um par de sandálias, por exemplo, que compramos hoje em dia em qualquer supermercado, cujas peças são iguais: escolhemos um modelo e tecnicamente temos a garantia de que teremos produtos iguais. Antes da Revolução Industrial, isto não poderia acontecer. Imaginemos que tecnicamente este produto, ao ser comprado antes da Revolução Industrial, traria diferenças significativas por ter sido efetuado sem padrões de produção, e, mais ainda, por pessoas diferentes. E mesmo que fosse feito pela mesma pessoa, por se tratar de um trabalho artesanal os custos eram diferentes, além de também haver diferenças significativas de um par de sandálias para outro.
Em suma, para produzir uma sandália um artesão poderia usar 300g de borracha, enquanto que outro artesão poderia usar talvez 400g da mesma matéria-prima.
É neste momento da história que surge o operário especializado. Especialização esta que passará a permitir que as organizações comecem a desenvolver um planejamento e controle mais efetivo dos seus processos produtivos.
Além disto, é com a Revolução Industrial que começam a surgir as fábricas que, aliás, impulsionam a Revolução Industrial juntamente com a máquina a vapor, que surge no mesmo momento.
Com o advento das fábricas e, automaticamente, do trabalho assalariado, as cidades tendem a crescer, o que desencadeia um processo social que afeta a vida das pessoas, impulsionando o governo a tomar providências para sanar problemas referentes a novas necessidades desta sociedade, como moradia, saúde, educação, etc. Automaticamente a Revolução Industrial desencadeia uma nova tendência, que se dará via desenvolvimento de novos aspectos da administração pública.
É ainda com a Revolução Industrial, através da mudança da fabricação artesanal para empregados assalariados, que surgem os sindicatos, como forma de oposição ao tratamento dispensado aos funcionários por parte dos patrões.
É neste momento que a administração de empresas começa a se consolidar como área do conhecimento, passível de estudos e de análises aprofundadas dos modelos utilizados, suas reformulações e aprimoramentos.
A Inglaterra é considerada como o berço da Revolução Industrial.
Foi, por exemplo, o primeiro país a efetuar o que alguns autores denominam de fabricação para fora. Na realidade, esta modalidade produtiva consistia no seguinte:
Os capitalistas, detentores do poderio econômico, emprestavam máquinas às famílias para a produção têxtil, bem como a própria matéria-prima, e efetuavam o pagamento por peça produzida.
Este modelo produtivo trazia diversos problemas para o detentor do capital, pois automaticamente ele permanecia nas mãos dos artesãos, visto que de nada adiantava ser o detentor do capital produtivo e não ter nenhum controle sobre a produção efetuada.
Vale a pena observar então que tecnicamente, e não obstante a Revolução Industrial, conforme visto, advir com o surgimento das indústrias, estes problemas narrados no parágrafo anterior fazem com que os comerciantes busquem reunir em galpões estes trabalhadores para poderem então exercer sobre eles uma forte pressão e principalmente controle sobre seus desempenhos.
Por mais que fique evidente que a indústria fabril tenha sido talvez a primeira a surgir enquanto fábrica, a Revolução Industrial é marcada pelo surgimento das máquinas. Mais ainda, na realidade a Revolução Industrial receberá esta denominação em função da utilização das máquinas no processo produtivo, dentro dos galpões, com forte controle sobre os empregados.
Ainda acima, explicou-se que a Revolução Industrial desencadeou um processo de crescimento das cidades, visto que essas fábricas arregimentavam empregados na zona rural, o que gerou o que se conhece por processo migratório, fazendo crescer as cidades e as necessidades da própria sociedade.
Mas, para entender a Revolução Industrial, e a posteriori as escolas da Administração, é preciso buscar informações acerca das condições de trabalho e dos sindicatos neste período. Basicamente não existiam direitos para os trabalhadores e, para que se tenha uma idéia, abaixo serão apresentados alguns pontos que demonstram os direitos dos trabalhadores, ou mesmo a falta deles:
- Trabalhadores sem direito a reclamar de salários;
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