Atuação Do Professor De Educação física
Trabalho Escolar: Atuação Do Professor De Educação física. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Roselimendonca • 22/9/2014 • 1.131 Palavras (5 Páginas) • 277 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Educação Inclusiva é o tema do momento, muitas discussões, pesquisas e estudos são realizados. No entanto, muitas vezes o semblante do profissional dessa área decai ao relatar as experiências traumáticas com esse tipo de prática pedagógica. Seja pela falta de qualificação profissional, seja pela falta de recursos e até mesmo falta de apoio, as causas do desânimo são diversas.
Sabe-se que os portadores de necessidades especiais são parte do universo dinâmico, diverso da educação, eles são a sociedade, seus construtores, e dessa maneira a demanda diante deles é inclusão saudável, eficaz, igualitária. Entretanto, pergunta-se a esses profissionais que atuam na área: que metodologias são aplicadas para rotular essas pessoas? Possuem tais metodologias critérios científicos de mensuração?
Diante do grande desafio, a esperança cresce quando relatos de esforços de profissionais dedicados demonstram que a caminhada rumo a prática pedagógica inclusiva na Educação Física são possíveis e oferecem respaldo positivo. Como é o caso de professores de Educação Física de uma escola municipal no Vale do Jequitinhonha se desafiam a promover na instituição de ensino, práticas inclusivas. A proposta é voltada para aulas de dança onde se encontram presentes crianças surdas-mudas, a dificuldade está na escassez de recursos. O início do trabalho de inclusão exigiu dinâmica, sensibilidade e persistência por parte dos profissionais que perceberam necessitar mais do que um intérprete de libras, mas também de estratégias eficazes para promoção da liberdade dos alunos especiais nas aulas. As crianças tinham que observar o intérprete e acompanhar o grupo ao mesmo tempo, isso causava problemas com a execução das atividades. Mas não foi esse o impasse que impediria os profissionais de alcançarem sua meta de honra, que era incluir esses alunos nas atividades. A partir daí os professores, após discussões sobre arte-educação, resolveram pedir aos alunos que trouxessem imagens de dança e então juntos construíram uma caixa com as imagens, durante as aulas, todas as crianças retiravam imagens da caixa e reproduziam o movimento, independentemente de haver musica no ambiente ou não. Essa atividade simples alcançou objetivos importantíssimos, visto que os professores notaram avanços na expressão corporal dos alunos especiais e isso reflete não apenas na aula de educação física, mas na construção individual das histórias desses alunos.
2 DESENVOLVIMENTO
O artigo Educação Física: Caminho para uma prática inclusiva, de Ivan Carlos Hort e Dra Julianne Fischer traz reflexões a cerca das metodologias utilizadas nas escolas, nas aulas de Educação Física. O enfoque está na preocupação em que esses métodos de ensino não sejam discriminadores e impeçam a Educação Física de cumprir seu papel. O texto enfatiza a Educação Física comprometida com o desenvolvimento humano, na realidade, deve promover o desenvolvimento afetivo, cognitivo, social e motor, com o compromisso de formar indivíduos críticos, politizados, criativos, que venham construir seu conhecimento, buscando aprender a aprender.
Para Moreira (1995) a Educação Física, tradicional disciplina curricular nas escolas, mostra que sua função deveria se esgotar no trato do corpo-objeto, melhorando seu rendimento, disciplinando seus gestos, adestrando suas ações, contribuindo para a eficácia da mecânica do movimento.
A grande questão é entender que as crianças aprendem umas com as outras, que as próprias ditas normais muito têm a crescer com aquelas portadoras de necessidades especiais. Considerando as potencialidades de cada indivíduo, entende-se que seu verdadeiro desenvolvimento depende das condições no contexto social, trata-se de um desenvolvimento contínuo, voltado ao acompanhamento do aluno durante toda a existência. Com certeza é possível a realização de atividades de Educação Física que envolvam todo o grupo, tendo em vista a importância de se respeitar o contexto, a história e o ritmo individual de cada educando e ainda considerar o tempo necessário compreendido a cada ser humano, inclusive ao portador de deficiência. Atitudes contrárias a essa são práticas não inclusivas, pois havendo portadores de deficiência inseridos na rede de ensino que não são contemplados com a aula, ou seja, que fazem atividades diferenciadas caracteriza uma prática excludente. Essa é uma questão muito importante que deve ser debatida com os familiares, com os docentes, com o pessoal de apoio e com os próprios educandos.
Ao demonstrar a importância da inclusão, o artigo questiona a metodologia utilizada nas aulas de Educação Física, quando isola as crianças portadoras de necessidades especiais das outras ditas normais, formando assim um quadro excludente. Mesmo havendo atividades voltadas para o primeiro grupo, se este estiver separado dos demais, haverá mais prejuízos que benefícios. Visto
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